Esquema pirâmidal GetEasy faz cerca de 300 mil vítimas

Empresa portuguesa suspeita de praticar fraude piramidal em vários países está na mira das autoridades nacionais, mas ainda sem conclusões.

Esquema pirâmidal GetEasy faz cerca de 300 mil vítimas

O Ministério Público confirmou hoje que está a investigar as actividades da Get Easy, mas ainda sem um desfecho. "Confirma-se a existência de investigações", afirmou ao Económico fonte oficial da Procuradoria Geral da República. A mesma recusou-se a prestar mais esclarecimentos, por o processo estar abrangido pelo segredo de justiça.

A GetEasy, um esquema em pirâmide com operação sedeada em Portugal, lesou cerca de 300 mil pessoas no mundo, entre as quais dezenas de milhares em França, avança o jornal Nice Matin, citado por vários jornais franceses, entre os quais Le Figaro. Segundo o jornal, a GetEasy fez "dezenas de milhares de vítimas em França". O esquema actuava sobretudo no sul do país, onde já estão a decorrer inquéritos judiciais e a ser constituídas acções colectivas.

A Get Easy - cujos sites continuam em funcionamento - assentava formalmente num aluguer operacional de equipamentos, como localizadores automóveis, e em serviços de escuta de música. Na verdade, segundo várias das queixas, as receitas da empresa vinham exclusivamente da entrada de novos clientes, utilizando os pagamentos dos novos participantes para pagar os rendimentos prometidos aos membros mais antigos. Como em qualquer esquema piramidal, quem já lá está tem um sistema de incentivos multiplataformas para trazer mais investidores. O problema é quando deixa de entrar gente; nesse momento, deixa de haver dinheiro para pagar a quem ainda não retirou o dinheiro.

A empresa com sede fiscal em Macau, tinha o escritório operacional em Portugal, e o director-executivo era Tiago Fontoura, posteriormente substituído por Antonio Loios. A empresa, que utilizava a venda de geo-localizadores para justificar a sua actividade, prometia rendimentos mensais garantidos aos participantes, que tinham que realizar um pagamento inicial mínimo de 360 euros e recrutar novos membros para a "pirâmide".
 
Há na internet vários fóruns sobre a empresa, só no Portal da Queixa registaram-se 14 reclamações contra a entidade (ver aqui), uns a promover a actividade e outros com alertas e queixas de investidores. A Get Easy terá falido há poucos meses, mudando de nome, deixando várias contas por pagar. Segundo alguns desses fóruns, os responsáveis da empresa já terão criado várias outras novas, com o mesmo objectivo.

 

 

 

Fonte:

http://economico.sapo.pt/noticias/ministerio-publico-confirma-investigacao-a-get-easy_216779.html

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/detalhe/esquema_piramidal_geteasy_faz_cerca_de_30_mil_vitimas.html


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