[Vídeo] Novo método de burla na compra de carros

Cheques roubados estão a ser usados para fazer os pagamentos. Quando o vendedor se apercebe, é tarde demais.

[Vídeo] Novo método de burla na compra de carros

 

Um novo método de burla de compra de carros está a ser investigado pelas autoridades e já terá lesado dezenas de pessoas. É acordado pagamento, mas, em vez de transferência bancária, os burlões usam cheques roubados. Os vendedores só se apercebem depois, quando o carro já está na posse do comprador.
 
Foi o que aconteceu a Hugo Moreira e à mãe. Em apenas três dias, um bom negócio transformou-se num pesadelo para esta família de Cristelo, Paredes. Hugo queria vender uma carrinha por 13 mil euros. Pôs um anúncio na Internet e surgiu um insuspeito comprador. Acordados os pormenores da venda, o homem iria de Lisboa recolher o carro em Campanhã, no Porto, e pagaria por transferência bancária.
 

    “Pedi à minha mãe para ir ao banco confirmar se a transferência tinha sido feita. A minha mãe foi ao banco, tirou um extrato bancário, o dinheiro aparecia como saldo contabilístico. Pensei, na minha boa-fé, que estava tudo bem feito e entreguei a chave ao senhor.”

 
O método da burla parece ser comum a outros casos que estão já a se investigados pelas autoridades. Na impossibilidade da transferência, há um depósito de um cheque. O saldo aparece na conta, mas afinal o cheque é roubado. E, nessa altura, já o carro desapareceu com o alegado comprador.
 
Neste tipo de vendas, todos os cuidados são poucos. Mas há formas de evitar ser vítima deste tipo de burlas. “Quem vende determinado bem, através de uma plataforma informática, antes de concluir a operação, tem de ter a certeza que o pagamento ocorreu. Para que o pagamento ocorra, ou a pessoa recebe em dinheiro ou, se for através de uma transferência ou depósito bancário, na conta bancária do vendedor, tem de aparecer a indicação de saldo disponível”, alerta o jurista Pedro Marinho Falcão.

 



Para evitar estas situações deverá ter em conta os seguintes conselhos:

Redes Sociais (Facebook)

Se encontrar uma página no facebook que se proponha a vender produtos que lhe interessam, deve antes de iniciar a compra verificar algumas regras básicas de segurança:

- Confirmar se a entidade é uma empresa ou um particular - para tal procure informações tais como morada, telefone fixo, site institucional ou loja online fora da rede social. Caso a transação corra mal, com este tipo de informações ainda poderá tentar contatar a entidade por outros meios;

- Exija sempre a fatura de compra, pois de outra forma não poderá exercer o seu direito à garantia do produto. Claro que neste caso já terá de ter verificado antes, se a entidade vendedora é mesmo uma empresa;

- Procure por comentários nos posts publicados pela página e desconfie se os mesmos mostrarem muitos comentários eliminados. Desconfie também se uma página não permitir efetuar comentários nos seus posts;

- Verifique se a página não é recente e se tem pelo menos 6 meses de existência. Normalmente as páginas fraudulentas têm um curto período de vida;

- Pesquise no Portal da Queixa e no Google informações e opiniões de outros consumidores acerca da entidade em causa;


Sites de classificados (OLX, CustoJusto, Standvirtual, etc)

- Faça a compra pessoalmente, encontrando-se com o interessado num local público, evite transacionar por correio;

- Preferencialmente, efectue o pagamento em dinheiro presencialmente ou em último caso através do Paypal, que possibilita o retorno do valor em caso de não cumprimento do acordo;

- Use a ferramenta das Imagens do Google – https://images.google.com – para tentar encontrar imagens iguais ou semelhantes. Desta forma é possível verificar se a imagem já foi utilizada noutros esquemas, se foi retirada de outro site ou se pertence a um banco de imagens;

- Solicite os detalhes relativamente ao artigo - é ideal verificar extensivamente a condição do produto antes de o adquirir, incluindo comprovativos de compra;

- Desconfie SEMPRE quando o preço de venda é muito abaixo do valor de mercado;


Sites de anúncios de emprego

- Nunca pague, seja que montante for, para lhe fornecerem ofertas de emprego exclusivas;

- Alguns burlões vendem certificados na Internet para as suas qualificações ou CV, isso não existe;

- Não envie SMS para lhe enviarem o seu CV para mil e uma empresas, isso nunca irá acontecer;

- Evite encontrar-se com pessoas em apartamentos. Tema pela sua segurança e apenas aceite entrevistas em locais públicos ou em empresas com mais pessoas ao seu redor;

- Não aceite empregos à experiência sem contrato. Será um passo para não ser remunerado pelo seu trabalho;

- Não aceite empregos à distância realizados a partir de casa, com promessas de três mil euros em troca de apenas três a quatro horas de trabalho/dia. Ao aceitar as condições, são solicitados dados bancários do utilizador, que estará a receber dinheiro roubado de outras contas bancárias por parte dos cibercriminosos.


Loja Recomendada: vendaslowcost
Visite em: http://pecas.vendaslowcost.com/

Os conselhos do Portal da Queixa:

- Pesquise sempre antes de comprar. Este pequeno gesto irá poupá-lo de muitas chatices e perdas financeiras;

- Em sites/lojas online que requerem registo, tente não apresentar informação pessoal como a morada completa, códigos de acesso à internet e muito menos digitalizar documentos identificativos;

- Evite fazer pagamentos com cartão de crédito, use o sistema de pagamento através do Paypal ou crie um MBNet. Em alternativa, caso ainda assim prefira usar o seu cartão de crédito, utilize só um para as compras online, com um ‘plafond’ pequeno e verifique o extrato com regularidade;

- Procure sempre lojas online com informações passíveis de serem confirmadas, tais como morada da empresa, designação social, número de contribuinte e telefone fixo;

- Tente sempre optar por lojas e/ou sites dentro da União Europeia, pois pode exercer o seu direito de livre resolução e possibilidade de recurso ao síte europeu do consumidor, mas se é um site fora da UE, o consumidor terá de reclamar sozinho ou constituir advogado, dificultando em muito a reclamação;


O que deve fazer se for burlado/a?

Apresente queixa num qualquer posto da Polícia de Segurança Pública ou através do site da Polícia Judiciária. Forneça o máximo de informações possível para que a autoridade possa investigar e questionar o site onde se candidatou, sobre mais informações do burlão. Se enviou dinheiro imprima essas transações e leve-as consigo ao posto da Polícia. Quanto mais cedo atuar nessas situações, mais facilmente poderá ter sucesso.


 


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