Hoje deparei-me com a precariedade do serviço nacional de emergência, 112, que não só demonstraram falta de interesse em ajudar, como , pelas 3 tentativas de chamada, uma foi ignorada, e outras concluiram-se com um "desligar na cara".
Encontrava-me eu numa situação que, de facto, não se trataria de uma emergência médica, mas, não deixaria de ser urgente. A porta do meu apartamento não abria por defeito, e, lá dentro, encontrava-se a minha cadela (já sozinha desde que saí para o local de trabalho). Horas passaram, e , por parte do Serviço do 112, nem um simples encaminhamento de chamada para os Bombeiros conseguiram fazer.
A minha preocupação começa a aumentar, a cadela já gania há algum tempo e começava-me a preocupar se ela iria ter água para as (não sabia quantas) horas iria esperar. Assim, como apenas quem tem telemóvel nesta sociedade é digno de receber ajuda, e a única cabine telefónica disponível não deixava fazer chamadas de custo, nada pude eu fazer senão deslocar-me até uma ambulância que vi na rua, ocupada a resgatar uma senhora. Claro, disseram-me para ligar para o 112....
Foi graças a um senhor vizinho, que nenhuma obrigação tinha de nos ajudar, ainda por cima a meio do seu dia de trabalho, que conseguimos aceder à casa e , finalmente, ajudar a nossa cadela que gania à horas (com o tempo que passara, já nem água tinha). É muito TRISTE o desinteresse por parte do Serviço Nacional de Emergência e dos seus colaboradores, que se limitavam a desligar na cara sem ouvir nenhum problema. É triste, que não se reconheça os direitos e necessidades não só da população local, como dos animais que nesta cidade habitam (sim, animais, dotados de sensibilidade).
Espero que seja única a quem isto tenha acontecido, pois poderia ter sido bem pior, já que o indivíduo que atendeu nem se preocupou em ouvir metade do que se passara.
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