112 - Número Europeu de Emergência - Recusa de apoio a emergência

A caminho do hospital de Coimbra a minha mãe sentiu-se mal, com sintomas de desmaio ou alterações de tensão. Eu mantive-me ao telefone com ela, que ia em alta voz e a falar com muita pouca capacidade. Eu pedi-lhe que apenas se mantivesse em linha comigo e dissesse as placas que via, para não se preocupar que eu iria ligar para o 112, para ela apenas parar o carro assim que possível.

Ouvia-se mal e quando voltei a tentar ligar a minha mãe já não atendia. Liguei assim para o 122 conforme lhe tinha prometido que faria, e para que ficasse quieta no carro a aguardar. A reposta do número de emergência foi que teria de estar ao lado da vitima ou ser a própria a ligar para activar o serviço. Tentei manter a calma e procurar uma solução, para o caso em que a vitima deixa de responder. Disseram-me que alguém a iria encontrar, acusaram-me de não estar a dificultar algo que é simples e acabaram por me desligar a chamada sem nunca perguntar detalhes sobre a minha mãe nem me ajudar a encontrar uma solução viável.

Eventualmente a minha mãe acordou e deixando o carro a trabalhar atravessou estradas até a um super mercado para procurar ajuda.

Compreendo perfeitamente que existam procedimentos base de triagem e tudo mais, no entanto não entendo como reporto um caso deste nível e não há qualquer esforço de encontrar uma solução em conjunto e a resolução de um sistema de emergência é desligar a chamada. Não me surpreende ouvir os relatos de casos com finais menos felizes que este.