Uma pessoa nem sempre age bem em determinadas situações, seja pelo stress ou pela falta de experiência a lidar com elas. Ligar para um número de emergência por algum motivo deveria servir para tentar resolver um problema e não gerar ainda mais stress que prejudica quem está a tentar comunicar uma situação.
Vinha a caminho de casa na noite de domingo dia 20.01.2019 quando me deparo com 2 animais (cães) na via pública, numa reta estreita e sem iluminação, completamente desorientados e em vias de ser atropelados, quase provocando um acidente. Parei, tentei evitar que fossem atropelados por causa dos carros que circulam ali a grande velocidade e agarrei um dos cães mas o outro não se deixava apanhar e seguiu trajecto desorientado pelo meio da estrada. Outro condutor parou e tentou ajudar. Um soldado dos comandos também ofereceu ajuda mas rapidamente desistimos.
Agi mal, consequência do stress e falta de experiência a lidar com situações destas, sobretudo num Domingo à noite, sem saber qual a atitude mais correcta. Por isso, peguei no cão que consegui agarrar, afastei-o do local e ligámos para a Polícia Municipal, que após uma conversa recomendou ligarmos para o 112 nestas situações, sobretudo com animais em via pública.
Por descargo de consciência, pensando no outro cão que não foi possível ajudar, assim fiz, esperando que contactassem alguma entidade competente. Maior erro que poderia ter feito. Fui atendido por um funcionário de nome João (?) que não me deixou sequer explicar a situação, stressando-me ainda mais com o constante interromper do diálogo, sobrepondo a minha tentativa de explicação com perguntas. Apesar de ter referido que foi na recta dos Comandos ao pé de Mira Sintra (que qualquer entidade local sabe onde é) perguntou-me pelo nome da rua. Só tive tempo de responder que não sabia e fui logo bombardeado com "então se não sabe o nome da rua como é que quer que diga às autoridades onde devem ir?". Fiquei ainda mais stressado mas rapidamente me desligaram o telefone. A indignação juntou-se à desorientação que já tinha.
Tratava-se só de um cão que muito provavelmente já morreu atropelado e ninguém quer saber disso, presumo que tenha sido esse o motivo do mau atendimento. Espero que não atendam assim alguém que queira reportar alguma situação mesmo grave.
Data de ocorrência: 20 de janeiro 2019
Para quem ainda não sabe, quando se liga para o 112, quem atende é um agente da polícia.
Este só precisa de saber o nome de quem está a ligar, o local exato onde se encontra (rua, nº [se possível], e localidade), e o que pretende: ambulância, bombeiros ou polícia. O agente reencaminha então a chamada para o serviço pretendido.
Não saber deste protocolo, dá azo a reclamações como esta, infelizmente.
Tardavam os comentários de algum superentendido. Não conheço nem me interessa conhecer, pretendia reportar uma situação, indiquei o meu nome e expliquei o que se passava, indiquei a estrada e o local, tudo isto mal e e porcamente porque não me deixavam falar sequer. Não sei quem trata de cães num Domingo à noite, se a polícia, se o canil, se o veterinário municipal, se a protecção civil se os bombeiros. Nem me interessa saber porque não voltarei a ligar. Não sei se quem atende é um agente ou um call center, nem tão pouco me recordo de se ter apresentado como "Agente João". E mais: já tinha ligado para o 112 em situações anteriores e nunca passei por este atendimento tão deplorável. Não tenho culpa da má educação e falta de paciência da parte de quem está por detrás do telefone numa linha de emergência que nem quer sequer saber qual é o motivo. Mas aprende-se com a experiência e para a próxima não se liga para lado nenhum.
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