Depois de um acidente em serviço tenho vindo a ser avaliada e tratada no Centro Hospitalar de S.Francisco- Leiria por queda com traumatismo do joelho direito.
No dia 12 de julho de 2022, em reunião com a junta médica da ADSE- Coimbra, recebi a ordem de regressar ao meu local de trabalho. Saliento que o meu médico assistente especialista em ortopedia não me deu alta e refere em relatório que ainda me encontrava em recuperação com fisioterapia semanal e possibilidade de encerramento do processo com atribuição de Incapacidade Permanente.
A junta médica não fundamentou os seus pareceres na observação clínica e no exame dos processos pois a reunião foi tão breve que com toda a certeza não deu tempo de fazer uma observação clínica com seriedade. Depois de eu ter chamado atenção para a minha problemática a junta acrescentou, fazendo ainda comentários despropositados, “Deve beneficiar de serviços moderados adaptados à sua situação pós traumática, nomeadamente. Evitar marcha prolongada e tarefas com carga sobre o membro inferior direito”. Será que a junta médica, que não são da especialidade, têm conhecimento para tomar uma decisão que pode pôr em causa a nossa saúde ou até agravar a nossa situação clínica?
Na primeira junta médica que fui, um dos elementos, depois de eu ter referido que tinha realizado uma ressonância magnética perguntou-me se eu depois de ter realizado o exame fiquei curada. É claro que não respondi! É preciso não esquecer quando vamos a uma junta médica estamos doentes, fragilizados e sinceramente não estamos para brincadeiras.
Neste momento fui obrigada a gozar as minhas férias estando eu ainda em recuperação de um acidente em serviço e aguardo consulta da Medicina do trabalho.
Uma vez que foi um acidente em serviço, e como existe a possibilidade de me encontrar em situação de incapacidade, talvez, a título definitivo, penso que deveria ter sido mais sensato esperar por uma avaliação definitiva pelo médico ortopedista e depois tomar uma decisão, e mais tarde ser sujeita à Junta Médica da Caixa Geral de Aposentações.
Tenho 32 anos de desconto para a ADSE e para CGA e neste momento de grande fragilidade sinto que não tenho garantia de proteção e apoio na doença. Sinto-me revoltada e acima de tudo humilhada!
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 13 de setembro 2022
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