Como cidadã, vem por este meio mostrar a sua profunda indignação pela forma de como foi tratada pelo Dr.(...), numa junta médica realizada no passado dia 27 de julho. De referir que é a 2.ª vez que é proposta para junta médica e esta nada teve a ver com a primeira, onde não foi tratada com a dignidade que é exigida/merecida a qualquer cidadã(o) que ainda por cima se encontrava de baixa médica por ter Depressão Major, em consequência de ter sido vítima de violência doméstica, num período de 23 anos, e à qual pôs termo à mesma, enfrentando o agressor, que no dia 4 de fevereiro de 2018, tendo sido conduzida ao hospital, acompanhada pela filha menor, na altura com 12 anos de idade.
Nesta junta médica para além do Dr.(...), estava também presente a Dra. (...), da qual não tem absolutamente nada a apontar, dado que à medida que o Dr.(...), após a entrega do relatório médico circunstanciado e atualizado, falou com a doente num tom de voz acima do razoável e com alguma arrogância/exaltação, a ponto da mesma lhe pedir para falar mais baixo, uma vez que não era surda. A Dra. (...), sempre que se manifestou para esclarecer as dúvidas da doente, nomeadamente a de ter que ser observada em medicina do trabalho (para definição das limitações do desempenho profissional), fê-lo com um olhar digno de uma médica com valores éticos e cumpridores do juramento que fez a Hipócrates no final do seu percurso académico, de uma médica que está perante uma doente fragilizada pelos motivos óbvios da sua condição, que aliás ainda se arrasta no tribunal, contrariamente ao Dr. (...) que inclusivamente já num tom mais exaltado referiu, que todo o cidadão deve conhecer a lei, ao qual a cidadã retorquiu que na condição psicológica que se encontra não está em condições de se inteirar de todas as leis.
Não se reclama da alta médica que lhe foi atribuída, mas da falta de humanidade com que foi tratada pelo Dr. (...), qualquer cidadã(o) deve ser tratado com a dignidade que lhe é merecida, independentemente da sua condição de doença.
C.Raimundo
Data de ocorrência: 17 de agosto 2020
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