Águas de Cascais - Corte de água por motivo incrédulo

No passado mês de Junho, dia19, contactei telefonicamente as águas de cascais, com o intuito de conhecer os procedimentos a adoptar para proceder à alteração do titular de contrato da habitação que pretendia arrendar. Fui atendida por uma operadora que me esclareceu sobre os procedimentos necessários para o efeito. Após indicação da minha parte, a respectiva senhora procedeu à elaboração do novo contrato, tendo-me informado que para a conclusão do processo, iria ser enviado à minha pessoa, via correio postal, uma carta com dois exemplares do contrato, à qual eu deveria responder, devolvendo o original do respectivo documento, devidamente assinado, bem como a cópia dos documentos previstos para a celebração do mesmo, cito, contrato de arrendamento da habitação e cartão de cidadão. No caso de não atender a este procedimento, seria considerado nula esta intenção de contrato.
No dia 26 de Junho recebi uma carta das aguas de cascais, via correio postal, sem aviso de recepção, com documentos que comunicavam que deveria proceder ao envio da documentação anteriormente citada, tal qual como informado pela operadora, acrescentando ainda que este envio deveria ocorrer no prazo de 5 dias úteis a contar da data deste contrato, sob consequência de ser anulado o novo contrato e interrompido o fornecimento de água. Ao analisar o contrato e o ofício recebidos, verifiquei que ambos se encontravam datados de 19 de Junho de 2014, permitindo confirmar imediatamente, que o prazo inscrito findava no próprio dia da recepção da respectiva carta, cito 26 de Junho. Todavia, procedi de imediato ao envio da respectiva carta com os elementos solicitados e aguardei um contacto da parte dos vossos serviços, o que não veio a acontecer.
No dia 8 de Julho fui notificada pelas águas de cascais (via correio postal) que o meu fornecimento de água tinha sido interrompido por se encontrarem documentos em dívida e que para o fornecimento ser restabelecido, deveria regularizar esses valores, acrescendo os demais encargos aplicáveis. Surpreendida com as declarações inscritas na respectiva notificação, interroguei-me sobre quais teriam sido os documentos facturados que estariam em incumprimento, o que me levou a realizar um contacto telefónico para os vossos serviços. Fui atendida por outra operadora que após a minha identificação, esclareceu que as informações inscritas no respectivo documento, não se referiam a documentos de facturação, mas sim a documentos que não haviam sido recepcionados no âmbito de um processo de celebração de contrato, no qual estava envolvida.
Informei a respectiva senhora que o envio da documentação havia sido efectuado, tal como indicado pela operadora inicial e que por essa razão, me surpreendia o procedimento adoptado. Foi, na minha opinião, de forma arrogante e insensível entre outras características que considero desadequadas para quem desempenha uma função de atendimento ao público, que esta senhora operadora me transmitiu que se pretendia regularizar o meu fornecimento de água, deveria proceder ao pagamento dos encargos aplicáveis, pois não reunia provas efectivas em como a carta que afirmava ter sido enviada para as águas de cascais, o teria sido.
Sentida com a situação, expliquei à senhora que as razões pela qual a carta não foi recepcionada me eram desconhecidas e certamente estaria perante um extravio dos serviços de correio, acrescentando ainda que procedi de acordo com as indicações expressas no ofício recebido previamente dos vossos serviços, que previa o envio dos documentos através de envelope pré-pago que disponibilizavam. Informei ainda que quando recepccionei a carta proveniente dos serviços das Águas de Cascais a solicitar os elementos para concluir a celebração do contrato, a mesma não foi sujeita a aviso de recepção, não confirmando por isso também que a mesma chegaria ao destino. Por essa razão confiei e segui o mesmo procedimento, segura de que se algo não decorresse conforme previsto, os vossos serviços empregariam um procedimento adequado e justo para resolver a situação.
Mais uma vez, na minha opinião foi de forma incompreensível que esta senhora reagiu aos argumentos pela minha pessoa apresentados, usando de um tom de voz desadequado, para quem deve estar receptivo ao atendimento ao público, designadamente em situações que apelem à resolução de problemas semelhantes ao relatado.
Questionei ainda uma operadora da filial de Carcavelos (local onde me dirigi de seguida para proceder à resolução da situação) sobre que provas formalizadas reunia as Águas de Cascais, uma vez que a recepção dos documentos solicitados para a celebração de contrato não havia sido confirmada, para proceder à interrupção do fornecimento de água a “alguém”, proprietário da habitação, que era ainda o titular do contrato actual e que não estava envolvido neste processo, confrontando-a com as possibilidades diversas de burla que um procedimento destes acarreta, lesando inevitavelmente qualquer cliente inocente.
Na discórdia com os procedimentos aplicados, mas na certeza do inevitável fornecimento de água, obriguei-me a pagar o montante pecuniário imposto, no valor de 66,32 euros para regularizar a situação, activando o abastecimento de água e confirmando a data de celebração de um novo contrato, do qual assumia titularidade.
Considerando portanto que a situação injusta na qual me vi envolvida estaria resolvida, fui surpreendida com a informação de que a partir do dia 19 de Junho (data em que contactei as Águas de Cascais para pedir esclarecimentos sobre a alteração do contrato) em diante iria receber facturação em meu nome, que deveria regularizar dentro dos prazos estabelecidos. Mais uma vez interroguei a senhora operadora da filial de Carcavelos, sobre que direito assistia às águas de cascais que lhe permitia facturar um serviço “àqueles” com os quais não reúne evidências de serem seus clientes, por não ter um serviço com eles contratado. Recordo que, se a não recepção dos documentos pela minha pessoa enviados via correio postal foi confirmada, a fim de celebrar um novo contrato de fornecimento de água, como se justifica a facturação de um serviço em nome dessa pessoa sem ter sido estabelecido um contrato com a mesma. Não sendo considerada cliente durante o período compreendido de 19 de Junho a 7 de Julho, motivo pela qual fui compelida a pagar o montante pecuniário supracitado para regularizar a situação descrita, considero inadequado que a facturação apresentada nesse período tenha sido apresentada em meu nome.

Por tudo isto considero lamentável a forma de trabalhar de empresas públicas, que deveriam dar o exemplo do bom funcionamento.