Fiz a reserva de um apartamento pelo período de 6 meses. Estou em Portugal para um pós-doutoramento e, com o agravamento da pandemia, achei mais seguro procurar apartamento pela internet, por isso escolhi o Airbnb. Entrei no apartamento e logo percebi que ele tinha alguns problemas estruturais. O principal deles é o facto de que não consigo utilizar dois equipamentos elétricos simultaneamente, pois a rede cai. Isso faz com que eu não possa cozinhar, pois não consigo ligar duas bocas do fogão, tampouco ligar o forno e o fogão ao mesmo tempo. Além disso, o boiler da casa de banho é muito pequeno, o que compromete o uso do duche depois de se ter lavado a loiça, por exemplo. Assim que percebi esses problemas contatei a empresa responsável pela gestão do apartamento e eles se comprometeram a corrigir os problemas. Alguns dias depois, entraram em contacto comigo para me dizer que não havia o que pudessem fazer, e que eu teria de me acostumar a fazer a gestão tanto da questão elétrica quanto da água quente. Entrei então em contacto com o airbnb, mas eles disseram que já não me poderiam auxiliar, pois deveria tê-los contatado nas primeiras 24 horas depois que entrei no apartamento. Eu não o fiz, pois a empresa me havia certificado de que poderia resolver o problema. No fim, acabei por ficar presa em um apartamento desfuncional, que não atende às minhas necessidades, pois tanto a empresa quanto o airbnb fogem da responsabilidade de corrigir o problema. Eu tenho 70 anos e preciso ficar em casa nesse período de quarentena, mas não tenho as condições mínimas para a hospedagem, pois não consigo cozinhar, por exemplo. Ainda assim não consigo ter apoio nem do airbnb nem da empresa responsável pela hospedagem para resolver os graves problemas do apartamento. Eles dizem que caso queira deixar o meu local de hospedagem devo fazer o cancelamento diretamente na plataforma, o que me faz perder todo o dinheiro pago pela reserva. Uma situação inimaginável quando se leva em consideração a ausência de condições mínimas de hospedagem do apartamento.
Data de ocorrência: 18 de janeiro 2021
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