Performance da Marca
Índice de Satisfação nos últimos 12 meses.
Taxa de Resposta
95%
Tempo Médio de Resposta
82,3%
Taxa de Solução
9,1%
Média das Avaliações
41,3%
Taxa de Retenção de Clientes
43,8%
Ranking na categoria
  • 21 844 40 50
    Chamada para a rede fixa nacional
  • Av. Eng Arantes e Oliveira, N 15
    1900-221 Lisboa
  • antral@antral.pt

ANTRAL - Cobrança fraudulenta por motorista de táxi

Sem resolução
Bernardo Romão de Sousa
Bernardo Sousa apresentou a reclamação
1 de janeiro 2020
Caros responsáveis da Antral,

venho relatar uma situação que calculo, já tenham infelizmente lido vezes demais.
31 de Dezembro pelas 20:45, apanhámos um táxi no aeroporto de Lisboa com destino ao Lumiar. Sendo um grupo de 5 pessoas (incluindo uma senhora idosa com mobilidade reduzida) e várias malas, solicitámos um veículo maior e mais espaçoso, o que foi concedido pelo alocador no Aeroporto. Entrámos numa carrinha Mercedes, matrícula 30-LI-86. Junto à Rotunda do Aeroporto, apercebi-me de que não consegui visualizar o taxímetro em lado algum. Assumi que não estava visível do meu lugar. A meio da viagem, troquei de lugar e procurei o taxímetro sem nunca o conseguir visualizar.
Ao chegarmos ao destino final, questionei o motorista sobre qual o preço da viagem e este informou-me que seriam 15 €. Fiz-lhe ver que não tinha o taxímetro ligado e visível e que esta é uma situação irregular. Imediatamente, argumentou que se tinha desligado sem querer e a sua postura passou de neutra a claramente agressiva na linguagem e atitudes. Informei-o de que pretendia uma factura com o valor, não tendo obtido qualquer resposta do motorista, enquanto este retirava as malas com brusquidão da carrinha. Limitámo-nos a deixar o valor dentro do veículo e saímos, terminando ali qualquer tentativa de diálogo.
Infelizmente, esta não é a minha primeira experiência desagradável com motoristas de táxi que prestam serviço no Aeroporto. Sem dúvida que em todas as profissões, há elementos sem escrúpulos que mancham toda a classe profissional mas o discurso repetido da Antral de que mais não pode fazer e repetidamente apela à pedagogia para a formação dos condutores soa apenas a justificação pobre e sem vontade de fazer mais e melhor.
Desejo que o nível de profissionalismo da classe dos motoristas de táxi se eleve para novos padrões e apelo para que a Antral tenha um papel sério nesta tarefa. Se não o fizerem, os consumidores se encarregarão de o fazer por vós.
Próxima vez....Uber!
Data de ocorrência: 1 de janeiro 2020
ANTRAL
10 de janeiro 2020
Boa tarde,

Contactei o proprietário do táxi, que informou que na altura, o taxímetro avariou e, por isso se desligou.
Informou, ainda, que não pretendeu cobrar qualquer valor pelo serviço e que ficou surpreendido por ter encontrado 20,00 € no banco de trás. Ainda quis devolver-lhe esta importância mas já não o pôde fazer por o não ter encontrado.
Mantém, no entanto, o desejo de devolver esta quantia, pelo que agradeço que me indique como se deve processar esta devolução, entrega do numerário ou transferência bancária.
Como deve calcular, não podemos deixar de lamentar o ocorrido, mas permito-me salientar que a Antral sempre tem pugnado por um serviço de qualidade que assente numa boa formação aos motoristas e também aos empresários, mas sabemos que sem uma fiscalização eficaz e a punição das infracções cometidas, se cria um clima de impunidade que dificulta a prossecução daquele objectivo.
E nesse sentido temos vindo a pressionar não só o IMT como também a PSP e a GNR, com vista a ser intensificada a fiscalização, de modo a contribuir para prevenir a repetição de situaçãoes que dão azo às reclamações e acabar com o clima de impunidade que permite, cada vez mais, comportamentos lesivos dos interesses dos passageiros.
Por outro lado, como, aliás, é reconhecido, entendemos que não podemos, nem devemos, generalizar o comportamento de um agente para toda a classe, para todo um grupo.
É raro o dia em que não somos confrontados com comportamentos menos próprios de médicos que lesam em milhões de euros o SNS, de agentes da GNR e da PSP, de advogados, de banqueiros, contabilistas, etc.,etc., e estes factos não nos permitem generalizar estes comportamentos a toda a classe.
Em mais de 16.000 motoristas de táxi, a esmagadora maioria exerce a sua actividade profissional sem dar azo ao mínimo reparo.
Recordamos que, na área metropolitana de Lisboa, estão licenciados cerca de 4.500 táxis que transportam diariamente mais de 150.000 passageiros, ou seja à volta de quatro milhões e meio /mês e 54 milhões/ano.
Interessa, também, salientar que as associações patronais não têm qualquer poder sancionatório sobre os motoristas de táxi.
A entidade sancionatória é o IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes), com sede na Avenida das Forças Armadas, 40, 1649-022 Lisboa, ( imt@imt-ip.pt ).
Neste contexto, a intervenção das associações limita-se, praticamente, a uma actuação pedagógica que exercemos quer junto dos empregadores quer junto dos motoristas, por forma a prevenir a ocorrência de situações como esta.
Posso garantir que a Antral aproveita todas as oportunidades para sensibilizar os associados e respectivos trabalhadores nesse sentido.
Assim, quer nos cursos de formação para obtenção do certificado profissional de motorista de táxi quer nos cursos para a renovação do mesmo certificado, privilegiamos as componentes de formação sócio-cultural, como a comunicação e as relações interpessoais, visando o desenvolvimento pessoal, profissional e social.
Por outro lado, aproveitamos as inúmeras reuniões que efectuamos a nível distrital, concelhio ou outra, para prosseguir esta campanha de sensibilização do sector.
Por último, permito-me salientar que, segundo os últimos dados do Portal da Queixa, as reclamações dos serviços prestados pelas plataformas ultrapassam em muito as reclamações apresentadas por serviços de táxi.
Apresento os melhores cumprimentos.
José Domingos
Director
Bernardo Sousa
24 de janeiro 2020
Caro Sr. José Domingos,

agradeço a sua resposta que muito apreciei; percebo que o coloca numa posição difícil de ter de elaborar uma argumentação perante factos e circunstâncias que não o envolveram directamente.
Concordo consigo em que a maioria dos motoristas de táxi exerce a sua profissão de boa-fé e com respeito pelas regras e pelos seus clientes. A generalização de todo um grupo profissional apenas perante o exemplo desagradável e nocivo de um elemento não é justa. No entanto, custa-me a aceitar que a Antral nada mais possa fazer para disciplinar e punir os profissionais por si representados. Lamento dize-lo mas parece-me uma mera justificação burocrática de quem não tem vontade de chamar a si mais responsabilidade social. Gostaria de lhe deixar uma pergunta: supondo que, a breve prazo, tem conhecimento de uma queixa semelhante do mesmo motorista, o que se propõe a Antral fazer? Limita-se a acções pedagógicas e preventivas? Permite que um elemento nefasto à profissão continue a exerce-la?
Acrescento que igualmente reportei a situação ao IMT via e-mail, não obtendo até agora qualquer resposta.
Até hoje, apenas em 2 ocasiões viajei em táxis cujos taxímetros se desligaram inesperadamente (o que, imagino, não deva ser muito frequente). Curiosamente, ambas as viagens tiveram partida no aeroporto de Lisboa e em trajectos curtos. Enquanto que na primeira ocasião fiquei calado, senti que o mesmo agora não era aceitável nem cívico. Reforça a minha convicção o facto de, quando confrontado com a irregularidade, o motorista ter imediatamente assumido uma atitude agressiva, confrontacional e ignorando o meu pedido de emissão de factura. Supondo que o taxímetro se teria surpreendentemente avariado, penso que ele teria a obrigação de nos avisar imediatamente durante o trajecto ou, no final da viagem, assumir uma postura de humildade perante a falha que potencialmente prejudicaria os seus clientes.
Pode transmitir ao motorista que não aceitaremos qualquer devolução do valor que lhe pagámos e que se tal lhe pesa na consciência, poderá fazer um donativo voluntário a uma instituição de solidariedade social.
Com os melhores cumprimentos,

Bernardo Romão de Sousa
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários
Esta reclamação ainda não tem qualquer comentário.