Boa tarde,
Acredito que não tenha sido nem um nem dois 2 taxistas, acredito que fosse mesmo uma dezena e todos perfilados a actuar em rede.
Mas o que não posso deixar de estranhar é que um consumidor ciente dos seus direitos não tenha de imediato ou tão logo lhe fosse possível alertar as autoridades, para a situação que acabou de presenciar.
Recordo que no aeroporto existe uma esquadra da PSP.
Quanto à expressão imagens, julguei, mas erradamente, pelos vistos, que o leitor entendia o que me parecia ser evidente, ou seja, tratar-se de uma metáfora.
Na verdade, na denúncia apresentada, onde refere, expressamente, que os taxistas da praça do aeroporto enganam os utentes, aliciando-os a utilizar o serviço mais caro, etc., parece claro que o denunciante pretende evocar uma determinada realidade …...
Não se trata de qualquer fotografia ou vídeo.
E a propósito de imagens, é certo que o aeroporto tem um sistema de videovigilância, ao qual, porém, a Antral não pode aceder nem consultar.
Recordo que as associações patronais não têm qualquer poder sancionatório sobre os motoristas de táxi.
A entidade sancionatória legítima e com total competência legal é o IMT (Instituto da Mobilidade e Transportes), com sede na Av. Forças Armadas, 40, 1649-022 Lisboa (imtt@imtt.pt ).
Assim, qualquer penalização dos infractores terá que que ser feita por esta entidade.
Infelizmente, a intervenção das associações limita-se, praticamente, a uma actuação pedagógica que exercemos quer junto dos empregadores quer junto dos motoristas, por forma a prevenir a ocorrência de situações como esta. A Antral sempre tem pugnado por um serviço de qualidade que assente numa boa formação aos motoristas e também aos empresários, mas sabemos que sem uma fiscalização eficaz e a punição das infracções cometidas, se cria um clima de impunidade que dificulta a prossecução daquele objectivo.
E nesse sentido temos vindo a pressionar não só o IMT como também a PSP e a GNR, com vista a ser intensificada a fiscalização, de modo a contribuir para prevenir a repetição de situações que dão azo às reclamações e acabar com o clima de impunidade que permite, cada vez mais, comportamentos lesivos dos interesses dos senhores passageiros.
Entretanto, ao afirmar que “a ANTRAL exige que quem denuncia a fraude produza prova nesta mesma plataforma”, acredito que só por distração tenha tirado essa conclusão pois o que afirmamos é que é necessário, repito necessário, mesmo absolutamente necessário, indicar a factualidade, ou seja indicar o facto ou factos concretos que terão ocorrido e que integrarão o ilícito.
Na verdade, não podemos afirmar, por exemplo, que todos os políticos são corruptos e esperar que o Ministério Público, perante esta denúncia, inicie qualquer investigação.
Por outro lado, custa a acreditar que considere gravíssimo e, ao mesmo tempo, lamentável que a Antral aconselhe os clientes a não acreditarem no que os motoristas afirmam, quando contrariam a informação divulgada pelos autocolantes, ao referir que utilização de certos táxis implica o pagamento de uma tarifa mais elevada do que a praticada nos táxis com lotação inferior.
Como dissemos, ao aceitar a informação prestada pelos motoristas, estamos a pactuar com uma situação da qual será difícil, a posteriori, reclamar.
Com efeito, por certo que, no final, o motorista negará ter dado a informação que a tarifa era igual e a circunstância de, no táxi em causa, veículo homologado para o transporte de mais de quatro passageiros, estar afixada de forma bem visível essa indicação, bem como a referência de que a sua utilização implica o pagamento de uma tarifa mais elevada do que a praticada nos táxis com lotação inferior, dificilmente levará o instrutor do IMT a propor qualquer penalização.
Recordo que esta afixação é feita, cumulativamente, no lado direito do para-brisas, e no vidro da porta traseira direita, sempre com leitura quer do interior quer do exterior.
A terminar, reconhecendo que, neste domínio, ainda há um longo caminho a percorrer, não posso deixar de reafirmar que a esmagadora maioria dos motoristas de táxi exerce a sua actividade profissional sem dar azo ao mínimo reparo.
Os meus cumprimentos.
José Domingos
Director
Por favor não deixe de contactar com: antral@antral.pt e imt@imt-ip.pt.
Obrigado, Patrícia. Da ANTRAL deixo ficar em seguida a resposta da ANTRAL e a minha resposta.
Boa tarde,
Não podemos deixar passar em claro uma acusação que assenta numa base demagógica, só com o intuito de difamar e ofender.
Não é verdade o que se afirma relativamente ao comportamento dos taxistas do aeroporto.
Recordamos que, em Lisboa, estão licenciados 3.500 táxis, todos potencialmente frequentadores da praça do aeroporto.
Diariamente, estes táxis transportam cerca de 100.000 passageiros, ou seja, mais de 30 milhões/ano.
Em mais de 7.000 motoristas de táxi, a exercer a actividade em Lisboa, a esmagadora maioria exerce a sua actividade profissional sem dar azo ao mínimo reparo.
Por outro lado, entendemos que não podemos, nem devemos, generalizar o comportamento de um agente para toda a classe, para todo um grupo.
É raro o dia em que não somos confrontados com comportamentos menos próprios de médicos que lesam em milhões de euros o SNS, de agentes da GNR e da PSP, de advogados, de banqueiros, contabilistas, etc.,etc., e estes factos não nos permitem generalizar estes comportamentos a toda a classe.
Entretanto, relativamente às acusações, esclareço o seguinte:
Quanto a aliciar os utentes a utilizar o serviço mais caro, recordo que todos os táxis licenciados para transporte de mais de 4 passageiros, têm obrigatoriamente de ter afixada, de forma bem visível, essa indicação, bem como a referência de que a sua utilização implica o pagamento de uma tarifa mais elevada do que a praticada nos táxis com lotação inferior. Essa afixação far-se-á, cumulativamente, no lado direito do para-brisas, e no vidro da porta traseira direita, sempre com leitura quer do interior quer do exterior.
Por outro lado, os táxis estão em fila e são tomados pela ordem de chegada, nada impedindo um passageiro, caso não pretenda apanhar um táxi para mais de 4 passageiros, esperar e tomar outro.
Nesta situação, não se antevê a hipótese de um taxista aliciar os clientes!!
Quanto ao preço, os taxistas não poderão afirmar que o preço é igual, pois as viaturas em causa ostentam dois autocolantes que dizem exactamente o contrário.
Por seu lado, quanto ao percurso, de acordo com os deveres de motorista este é obrigado a observar as orientações que o passageiro fornecer quanto ao itinerário e à velocidade, dentro dos limites em vigor, devendo, na falta de orientações expressas, adoptar o percurso mais curto;
Por fim, no que refere ao uso de máscara e à abertura de janelas, os motoristas em geral cumprem estritamente as regras dimanadas pela DGS, que, como devia saber, não obrigam àquela utilização.
Quanto à abertura das janelas, acredito que, se os passageiros o solicitarem, o motorista não os irá contrariar.
Na convicção de que não poderão restar dúvidas sobre o comportamento da generalidade dos motoristas de táxi, apresento os meus cumprimentos.
José Domingos
Director
MINHA RESPOSTA:
Chamar demagógica à minha denúncia, sem ter investigado os factos não só é caricato, como demonstra desinteresse em saber a verdade. Dizer que também haverá advogados, médicos, etc, desonestos não legitima a desonestidade dos taxistas de que falei. Os casos são obviamente individuais. Respostas do tipo "no geral..." são na verdade uma não-resposta. É querer esconder a cabeça como a avestruz. Se preferir seguir por esse caminho, não tenho mais nada a fazer, sendo que encaminhei a denúncia para outras autoridades. Se daí vai resultar alguma coisa, não sei. Acredito que a opinião que deixar noutras plataformas poderá ajudar futuros utentes. Em dois dias no mesmo mês aconteceu-me o mesmo. Tenho testemunhas.
Certo, nada impede que o passageiro escolha outro carro. Fiquei a saber disso depois. Independente dos dísticos que sejam afixados no carro, o chamamento que os taxistas fazem é absolutamente enganador. No meu caso, no segundo dia, mesmo que tenha retorquido que não queria um taxi grande porque era mais caro, eles diziam em coro que não, que o preço era igual. Por que motivo inventaria uma coisa destas? Difamar? Para quê? Com que objectivo? Nem sequer vou entrar para esse tipo de debate. O assunto está denunciado. Caberá à instituição dar o seguimento que entender correcto.
Atenciosamente
Gostaria de apresentar uma reclamação idêntica. No aeroporto um motorista indicou-me um veículo táxi grande, eu questionei-o motorista perguntando porque razão iria num carro tao grande. O motorista não respondeu, limitou-se a colocar a minha bagagem no porta mala e em seguir viagem. Quando cheguei ao destino apresentou-me uma conta de um valor que é o dobro do que costumo pagar. Eu perguntei porque, e ele respondeu que um carro maior é mais caro. Disse-me que há um papel de avião na porta e que eu não li porque não quis. Eu senti-me enganada, pois se tivesse sido informada da diferenca de preço nunca teria entrado naquele veículo. Perguntei ao senhor motorista porque razão não me avisou , tendo em conta que eu até comentei o tamanho do carro. Ao que ele respondeu “eu não sou obrigado a avisar ninguém. Se você me tivesse perguntado directamente se era mais caro eu teria dito, mas como não perguntou eu não disse nada”. Sinto que este comportamento é claramente a enganar as pessoas
Já enviei uma reclamação utilizando o email do IMT. Gostaria de saber o que pode ser feito para evitar que os taxistas aliciem os clientes sem correcta informação de preços .
Pois é, Inês Santiago. É uma fraude e ninguém faz nada...!!! Optam por fazer respostas "automáticas" para ocultar uma realidade conhecida por todos.
https://sol.sapo.pt/artigo/778135/mafias-controlam-taxis-nos-aeroportos
https://www.noticiasaominuto.com/pais/1940304/quatro-taxistas-detidos-por-especulacao-no-aeroporto-de-lisboa
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