Associação Amiama - Não basta viver à conta de donativos...

Boa tarde, espero que a minha reclamação seja perceptivel.

Gostaria de relatar um episódio lamentável que se passou comigo, aquando da tentativa de colocar a minha cadela (raça labrador com 8 meses) na associação amiama para uma estadia de 2 dias.

No passado dia 20 de Junho 2014, pelas 17.30h, a poucas horas de ir 1 semana de férias para fora de Portugal, desloquei-me à associação amiama, já com o agendamento de estadia feito há uns dias atras. Ao fazer o “check-in” a pessoa presente – D. Bina – disse que não tinha qualquer registo de que a minha cadela fosse lá ficar, fiquei surpresa e disse que não seria possível, pois estava tudo agendado e confirmado, depois de alguma insistência a funcionária lá foi procurar aos registos (neste caso os registos são folhas A4, cheias de riscos, rabiscos e apontamentos vários) ao fim de algum tempo à procura lá se encontrou o registo da minha cadela, que estava erradamente registada como um cão.

Passada esta primeira situação, lá fomos nós ver as instalações/canil onde a minha cadela iria ficar. A primeira questão colocada pela D. Bina foi : “a cadela dá-se bem com outros cães?”, a minha resposta foi afirmativa, no entanto referi que nestes últimos dias ao passeá-la na rua os outros cães não a largavam e andavam sempre a cheirá-la. A D. Bina prontamente pergunta-me se ela está com o cio e eu respondo que não, ao que a D.Bina confirma fazendo o “teste da mão” e de forma ríspida me diz “uma cadela com esta idade já devia ter sido esterilizada, esta cadela já devia estar esterilizada”, fico a olhar para a funcionaria e incrédula com estes comentários continuo a andar.

Seguidamente a minha cadela foi colocada num canil, preparado o lugar com algumas coisas dela que levava num saco e também com um resto de ração que poderia ser necessário para a noite, que a D.Bina retira do saco e em tom de desdém diz “ah, é esta ração que lhe dão" (sim D. Bina a minha cadela come ração de frango e legumes do ALDI, infelizmente a mim ninguém me oferece ração Purina, pelo que tenho de ser eu a fazer a gestão conforme as minhas possibilidades).

Após a cadela estar instalada, a funcionaria sugeriu que se colocasse um cão de raça beagle juntamente com a cadela para que “não se sentisse só”, eu concordei…. Colocou-se o cão Beagle dentro do mesmo canil e passei os 5 minutos seguintes a assistir à minha cadela a fugir com o rabo entre as pernas e a ser montada pelo beagle e à D. Bina a dizer “estão a brincar, eles estão a brincar…”.

Depois de assistir a esta cena lamentável e sem palavras, consigo proferir “peço desculpa, mas não me sinto nada à vontade em deixar aqui a minha cadela” e a funcionaria sempre a referir “mas eles estão a brincar”, comecei a ficar um pouco alterada com a situação e disse à D. Bina “desculpe, mas desta forma brinco eu com o meu marido em casa…”, o que se passou de seguida foi absurdo, pois fui ofendida, posta fora das instalações e proibida de lá voltar, por esta senhora, que sinceramente não tem qualquer capacidade para lidar com pessoas, Deus queira que não seja igual para os animais. Ainda em gritos ameaçou que também ia por na rua outra senhora que estava de visita às instalações. Outros 2 funcionários que lá estavam, assistiram a tudo, mas não se atreveram a pronunciar palavra, possivelmente resultado do regime que se pratica naquelas instalações. A dita funcionaria, referiu ainda com desdém, que “até tinha um canil para a sua cadela ficar sozinha, mas agora já não vos quero aqui…”.

Não saí de lá sem referir que era lamentável ter assistido àquela situação deplorável e que o correcto seria juntar cão com cão e cadela com cadela, nunca uma situação daquelas. Ofendida, a funcionaria disse que eu não percebia nada de nada e que fosse ver as instalações para ver se os animais estavam mal tratados, e assim continuou com a sua imaginação fértil e ofensas à minha pessoa. Em véspera de ferias tive de mover céus e terra para deixar a minha cadela com alguém disponível, responsável e com condições para o efeito, que como poderão imaginar causou-me enorme desespero e transtorno.

Como conclusão, lamento a situação deplorável a que tive de assistir e lamento também que associações que estão habituadas a viver de patrocínios, ofertas, donativos, voluntários se possam dar ao luxo de expulsar e maltratar pessoas que pagam pelos serviços efectuados na associação. Creio que se houvesse mais organização e mais competência, pudessem com as próprias instalações e serviços, juntar o tão necessário dinheiro para prosperarem.
Mais refiro que não basta ser-se ou ter-se voluntarios, é preciso que as instituições formem os seus voluntários.