Infelizmente ainda não fora inventadas estrelas negativas, caso contrário daria 5 buracos negros à Autoridade Tributária e Aduaneira. Antes de apresentar a minha infeliz experiência gostava de mencionar o quão terceiro mundista é receberem-se despachos sobre desalfandegamentos sem virem assinados por quem os emitiu, ninguém é responsável por coisa nenhuma, nem se consegue comunicar diretamente com alguém da alfandega, mas só com o atendimento dos CTT.
Enviei umas cartas colecionáveis minhas a uma empresa Americana com o propósito de as vender, caso eles tivessem interesse. Abriram o envelope, olharam para as cartas, viram não estarem escritas em Inglês, disseram que só compram cartas escritas em inglês, meteram as MINHAS cartas noutro envelope e reenviaram-nas para Portugal. No processo de desalfandegamento selecionei a vertente não comercial, visto não ter existido qualquer tipo de transação e os bens me pertencerem. Os excelentíssimos agentes anónimos da alfandega não concordaram, mudaram o envio para "comercial" e requerem sem falta a fatura e dados da transação, que não existiu, para me cobrarem 200€ de IVA por um item meu, não objeto de qualquer transação comercial. Tentei explicar que IVA é sobre valor comercial acrescentado, que me cobrarem impostos sobre uma coisa minha seria um imposto patrimonial, mas é como falar para uma parede, o desespero total. Como eu nunca vou descobrir quem é o funcionário, porque é que ele se há de dar ao trabalho de pensar muito sobre isso? É só atirar a encomenda para um canto e deixar aquilo lá a apodrecer. Que miséria de instituição.
Data de ocorrência: 29 de setembro 2022
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