No dia 30 de Setembro de 2019 tive de ir à repartição de Finanças de Chaves. Eram 15h05 quando retirei a senha nº 77. Estava a ser atendido o detentor da 62. Acabei por só ser chamado às 16h09. Com eficiência e profissionalismo, o funcionário demorou 13 minutos a atender-me.
Durante muito tempo, os assuntos relacionados com a letra da minha senha foram atendidos por um único funcionário, ao que só a determinada altura se lhe juntou outro.
Gastei muito tempo inutilmente. E como eu muitos outros. Com a escassez de funcionários, o Estado prejudica o país.
Se considerarmos que em Portugal o custo médio da mão-de-obra, exceptuando agricultura e administração pública, é de 14,00 por hora (Lusa, 09 de Abril de 2018), o Estado, só em situações como esta, contribuiu para o prejuízo de algumas dezenas de milhões de euros num ano. 14,00€/h X 15 pessoas = 210,00€ X 5 horas de atendimento por dia = 1.050,00€. Se a situação se repetir em pelo menos metade das repartições do país (150), 1.050,00€ X 150 = 157.500,00€ X 22 dias úteis por mês = 3.465.000,00€ X 12 meses = 41.580.000,00€. Mais de 40.000.000 de euros de tempo perdido em esperas nas Finanças. Claro que mais um ou dois funcionários também teriam custos. Mas, obviamente, insignificantes perante o colossal absurdo que actualmente os cidadãos têm de aguentar. E pagar.
Data de ocorrência: 30 de setembro 2019
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