Santander - Crédito habitação

No dia da reclamação (2 de fevereiro), fui confrontada com o aumento brusco das taxas de juro da prestação do meu crédito-habitação.
Atenção: o banco nunca se dignou conctar-me por escrito ou de outro modo para me comunicar o novo valor da prestação.
Ao longo do mês de janeiro fui recebendo algumas sms - repito, sms - do banco dizendo que não reunia as condições para renegociar o crédito habitação. De "surra", como se até fosse desejável que tais mensagens passagem ao lado.
Hoje fui confrontada com o débito da prestação. Simplesmente e apenas isso: com o débito. Nunca fui informada do valor da atualização.
Os consumidores/clientes têm direito à informação. A uma informação esclarecida, clara e precisa, por parte do banco. Não têm que tirar ilações pelo que é dito na comunicação social ou outros canais de comunicação.
Através de email ou netbanco nada foi dito.
Quando falei com um dos funcionários da minha agência ele respondeu apenas "a subida das taxas de juro é o seu drama e o de muitos portugueses..."
É verdade...
O drama dos portugueses...
No dia em que milhares de portugueses foram confrontados com esta situação, os jornais anunciavam um aumento de lucros do Santander na ordem de 568,5 milhões de euros em 2022, numa melhoria de 90% face ao ano anterior.
Portanto, o drama dos portugueses é viverem mal, precisarem de recorrer à banca, e ficarem sujeitos à ganância dos grandes.
Precisam e recorrem, são atraídos com facilidades e entram nos esquemas bancários como ovelhas no redil. E eis senão quando, mal se descuidam, fecham-lhes o portão. E é então que, sem dó nem piedade, começam a ser esfolados.
Termino pedindo mais sensibilidade social para os senhores que emprestam dinheiro, e vivem disso.
E pedindo mais respeito para com todos aqueles que, vivendo com recurso ao crédito, vos dão milhões e vos ajudam a viver.
E tenho dito.