Basicamente, transformaram a minha conta num buraco negro pior que em caso de penhora antes sequer de entrar em incumprimento - um sonho de banco tornado realidade!
Começando pelo início: em 2010 entrei na Universidade e pedi um empréstimo ao Banif de 10 000 euros, que receberia em pequenas parcelas, mensalmente, ao longo de 5 anos (apesar do curso durar 6 anos). Ora, durante esses 5 anos, paguei, como acordado, os juros relativos ao empréstimo e dei uso ao ano de carência, tendo continuado a pagar os juros durante esse 6º ano. Para o fazer, arranjei um part-time, pois pedir mais empréstimos estava fora de questão. Mantenho esse part-time até hoje, dia em que, a meio de um restaurante, vejo-me impossibilitada de pagar a conta porque, apesar de ter acabado de receber o ordenado + subsidio de natal, o Santander achou moralmente aceitável e completamente legal retirar todo o dinheiro que tinha na conta. Todo. Nem um cêntimo ficou para testemunhar a barbaridade. Nunca passei semelhante vergonha e humilhação. Ora, estamos em pleno feriado, com todos os balcões fechados, com um banco com uma linha de apoio 24horas que pouco ou (e, no meu caso) nada pode fazer - e eu, a meio da rua, sem dinheiro algum (pior: com 9200 e tal euros a negativo - um sonho!). É impossível compreender este ato. NÃO ESTOU EM INCUMPRIMENTO para com nada estipulado no contrato que assinei há anos atrás no Banif. Não autorizei este débito (e estou muito bem informada em relação aos meus direitos de consumidor - só podem tirar dinheiro da conta do cliente com o seu consentimento formal prévio, lembram-se?) Sempre paguei as prestações a tempo e horas (todos os 1ºs dias de cada mês). No contrato, está estipulado que o valor da dívida deve ser pago em 6 a 10 anos - portanto, não na totalidade no mês imediatamente após o término do período de carência, como me fizeram. Só amanhã poderei resolver a situação e estou completamente dependente de terceiros para me dirigir a um balcão. Estamos a falar da aquisição da totalidade de um ordenado, deixando-me impossibilitada de pagar casa, água, luz, comida durante um mês inteiro. Estou a falar de DANOS MORAIS - desde a humilhação inicial à que se avizinha caso isto não seja prontamente resolvido amanhã. Estou a falar de atos ilegais - se nem devedores em incumprimento passam por isto, como podem fazer semelhante coisa a clientes recém-chegados que ainda se estão a habituar à ideia de que sois, agora, quem gere o seu dinheiro? É esse o vosso protocolo face a este tipo de empréstimo? Trabalham à luz da legalidade ou têm por hábito jogar ao euromilhões do "vamos ver se este cliente conhece os seus direitos"? Pois bem, neste caso, estão perante alguém que tem plena noção das suas responsabilidades/deveres como de toda a ilegalidade e imoralidade desta situação. Foi a última vez que entrou um ordenado meu no vosso banco. No máximo, poderiam ter-me retirado apenas 200 e poucos euros (caso tivesse optado por pagar a dívida em 6 anos). Saldarei a minha dívida unicamente nos termos do contrato que assinei. A bem ou por via jurídica. Escolham vocês.
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