Para além de tudo o que referi nos e--mails anteriores, quero acrescentar o seguinte:
Se a transferência fraudulenta que ocorreu foi detectatada, em primeira mão, pelos serviços do Montepio, os quais, de imediato, me informaram, deveriam os mesmos ter ido mais longe na defesa dos interesses do seu cliente.
Ou seja: não se deveriam limitar a informar o cliente da fraude, mas (e tinham meios para isso) averiguar a favor de quem foi feita a transferência, o nº da conta creditada, a instituição bancária onde essa conta estava sediada, etc.
Essas diligências teriam sido, porventura, decisivas no sentido do apuramento completo dos factos e salvaguarda do património do lesado.
Imputo, desta forma, responsabilidade por negligência e laxismo aos serviços do banco Montepio no que toca à defesa dos interesses dos seus clientes.
Por este e pelos motivos antes apresentados, não me calarei, nem me pouparei a esforços para ser reposto o montante que me foi subtraído.
Cumprimentos,
Artur Cabugueira (RE: Reclamação de Cliente - N/Proc. 446/15/R e 641/15/R)
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Exmos Senhores,
Não tendo recebido qualquer “feedback” relativa ao exposto no e-mail que enviei a V. Exas, no passado dia 10 do corrente, relativamente a uma transferência fraudulenta (“phishing”), nas circunstâncias que então relatei (em anexo infra), venho, hoje, manifestar o meu desagrado por tal facto.
Primeiro: pela ausência de qualquer resposta;
Segundo: pelo facto do Montepio, do qual sou cliente há muitos anos, não manifestar a intenção de resolver a situação, ou seja, repor o montante que me foi subtraído, estando eu convicto de que a responsabilidade do que aconteceu não me cabe, já que todos os procedimentos de segurança usuais no referente a contas homebanking estavam tomados.
Trabalho com mais instituições na internet com as quais nunca tive qualquer problema, apenas ocorreu esta fraude no âmbito da V/ instituição.
A relação do banco com os seus clientes deve ser uma relação de confiança, compreensão e sempre orientada no sentido da resolução das suas dificuldades. Se esta relação se quebra, o cliente ganha a percepção de que instituição encara apenas o cliente na perspectiva do lucro desprovida de qualquer sentido minimamente pessoal.
Em consequência de tudo isto, o cliente deixa de sentir o banco como um “amigo” e é impelido a abandoná-lo.
Com os melhores cumprimentos,
Artur Cabugueira
Chaves, 23 de Fevereiro de 2015
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Exmos Senhores,
Tendo, hoje, dia 10 de Fevereiro, tomado conhecimento da resposta do Banco Montepio relativamente à minha exposição feita no passado dia 9, relacionada com uma transferência fraudulenta ocorrida na minha conta à ordem no NET24, venho, por esta forma, manifestar o meu desagrado e descontentamento com o teor e argumentos usados na mesma.
A minha discordância baseia-se nos seguintes pontos:
1. Utilizo o homebanking de algumas instituições bancárias, com uma certa regularidade, tomando sempre todas as precauções devidas e aconselhadas;
2. A transferência fraudulenta ocorrida no caso do Banco Montepio, não se pode imputar à falta de cuidado, negligência ou ausência de procedimentos de segurança da minha parte: o que aconteceu é que abrindo a página do Montepio, a partir da barra de endereços, surgiu, de imediato uma janela “informado que a sua chave de Segurança Montepio (Cartão Matriz) encontra-se expirada, e por medidas de segurança deve ser reativada, deste modo não ocorrendo problema de bloqueio aos canais de auto-atendimento. Caso a reactivação não seja realizada, será cobrado o valor de 50.00 € referente ao envio de uma nova Chave de Segurança (Cartão Matriz) ”.
Portanto, não efectuando a reactivação do cartão matriz, não era possível passar a qualquer outra fase, ou seja, não era possível realizar mais qualquer operação;
3. De sublinhar que tomei conhecimento desta transferência fraudulenta e me foi comunicada, em primeira mão, via telemóvel, pelos serviços do Montepio, ou seja, foi detectada pela própria Instituição.
Perante o exposto, estou convicto que caberia ao banco Montepio, do qual sou cliente e associado, resolver esta situação através da regularização da transferência indevida, dado que a responsabilidade do que aconteceu não foi da minha parte. Mais a mais, não é remetendo o assunto para resolução por parte das autoridades policiais me parece ser a melhor forma de proceder eticamente. Para além disso, as instituições bancárias (empresas) contemplam, através duma rubrica própria, nos seus balanços, com os custos derivados destas situações e outras afins.
Agradeço e espero que V. Exas revejam a posição assumida perante este caso e perante um fiel cliente que gostaria de o continuar a ser no futuro.
Com os melhores cumprimentos,
Artur Carlos Crespo Martins Cabugueira
Chaves, 11 de Fevereiro de 2015
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