Câmara Municipal de Lisboa - Barulho e desordem pública nocturna

Como é do vosso conhecimento, o comércio tradicional da Rua de São João da Mata, em Lisboa, desapareceu, dando lugar a bares que na sua maioria têm funcionamento a partir de horas de jantar (fim da tarde), e que prolongam a sua actividade para altas horas da madrugada, onde as Famílias residentes com filhos, muitos deles menores de idade e crianças de tenra de idade, sofrem, e veem-se confrontados com barulhos e gritarias inusitadas, parqueamento desordenado na via pública, toques de campainha ou batendo às várias portas, além de manifestações públicas desordeiras, mesmo após o fecho de tais bares dos seus utilizadores. É também uma rua bastante movimentada por outros tantos utentes, que proveem de outros bares e discotecas da vizinhança (zona de Santos e Av. 24 de Julho), e que circulam até de manhã, promovendo alteração da paz pública, arrastando caixotes de lixo, defecando e urinando, por vezes na rua ou junto às portas, deixando vasilhame pelas portas e promovendo gritaria e gargalhadas no suposto silêncio da noite. É pois uma situação que se está a tornar insustentável, e que se tornará pior, dado que existem muitos mais bares prestes a abrir nesta mesma rua, vindo a breve trecho criar maiores tensões entre habitantes da zona e utentes dos ditos bares e restaurantes, fazendo lembrar a caótica Rua das Janelas Verdes à uns anos atrás. Logo para quem tem de trabalhar, tem filhos, pequenos e grandes, para quem tem de se levantar cedo para levar filhos à escola e ir trabalhar, a situação não é minimamente racional e está a enveredar por caminhos travessos. Apela-se assim a um ordenamento racional e disciplinado, relativamente à quantidade de bares / restaurantes licenciados, e a licenciar, e horas de funcionamento e fecho a horas decentes, para além da observância da ordem pública, em função de fiscalização pelas entidades públicas pertinentes e envolvidas em tais processos. Espero resposta a estas preocupações e ter um eco construtivo da vossa parte. Sem mais de momento, o meu obrigado e melhores cumprimentos.