Exmos Srs.,
As zonas limítrofes ao negócio dos estacionamentos, estão por muitos relatos, sob uma enorme pressão. Não quero conjunturar mas todos estamos cientes das ligações que podem existir.
Mas chegar ao ponto de querer aterrorizar moradores que por acaso estão nessa fronteira, é própria dum responsável, pelo menos, mal informado pelos seus funcionários.
Não uso carro, para bem de todos, caminho ou uso bicicleta, mas tenho um remediado e para remediar.
Na última terça dia 15, depois de uma visita à minha mãe idosa, voltei no final do dia onde estou a morar no Lumiar.
Reparo sem surpresa, que tinha todos os meus concidadãos a fugirem ao cerco da EMEL e a sobrelotarem as possibilidades de estacionamento na minha zona, em cima dos passeios e a ocuparem a via, e falo numa área de 1Km, excluindo a parte sempre vazia, negociada pela EMEL, por exemplo acima da rua que fotografei.
São pessoas que trabalham, que até podem estar por ali por causa da carris ou metro, já que não se podem aproximar do centro do Lumiar e Alto de Santa Clara, tomado pela EMEL.
Agora o peculiar é que num estado civilizado há regras para se dar multa de estacionamento, e outras para se autuar e ainda mobilizar um carro reboque, acrescendo a deslocação para Sete Rios, que são 90 euros, e uma diária sem qualquer aviso! de quase 25 Euros.
Uma pessoa que não usa carro, e que lhe custa pôr comer na mesa, tem depois de se deparar com um agente que tem soluções como "e devem estar a ir lá outra vez", "Se quiser pode ir a um juiz" ou "não damos qualquer aviso". Perante a pergunta se podia pagar em prestações, o Agente da Polícia Municipal, nem pestanejou "não". Era quarta-feira, dia 16, pelas 17h, e como o carro tinha sido arrastado pelas 16h e pouco do dia anterior, já tinha de pagar mais um dia. Simples.
Foi uma sorte, ter passado por aquele lugar no dia seguinte, onde estão estacionados sempre carros, a arriscar uma multa, mas reboque porquê?
Todos sabemos que por lá poucos cidadãos passam, e logo acima, tem uma pedovia com rampa, confortável, e eu tenho amigos deficientes que é por lá que iriam para evitar declives, tremedeiras ou desníveis da calçada e outras razões (nomeadamente para usar a passadeira, fá-lo-iam sempre).
O que está a obstruir um veículo nesta rua? Está em cima do passeio, então quando fazem estas razias para pressionarem os moradores e outros concidadãos, neste caso, é multa que se dá. Certo?
E agora quem me devolve os quase 150 Euros, que não serão muito, para quem faz uma coisa destas?
Rui Miguel Gomes
Data de ocorrência: 21 de setembro 2020
Há mais de um ano à espera por uma única satisfação cabal. Olhem se os cidadãos também cobrassem juros.
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