Câmara Municipal de Sintra
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Câmara Municipal de Sintra - Pombos aniquilados

Sem resolução
Maria Luisa Simões Guedes
Maria Guedes apresentou a reclamação
6 de maio 2019
Numa sociedade cada vez mais desumanizada, onde o ser humano está gradualmente a perder os seus valores e onde o que incomoda se abafa, com atitudes cobardes onde todos somos heróis quando se trata dos seres mais frágeis e silenciosos. Naturalmente refiro-me às crianças, aos velhos e aos animais. E é relativamente a estes últimos que me manifesto e aos quais gostaria de dar voz.
A minha filha mora no Bairro da Coopalme – Massamá, ali existem alguns espaços ajardinados, muito agradáveis à vista e também ao usufruto. Quando a visito regularmente é um regalo ver os pombinhos a “pastar” naqueles pedaços de relva, e acabo por comparar com o que vejo em Lisboa, os seus semelhante todos deficientes com os patas em cotos e “passados a ferro” no alcatrão das estradas, consequência dos plásticos e perigos citadinos.
Eis senão, o que é bonito dura pouco, incomoda os ignorantes. No passado sábado dia 27 de abril de manhã surge um cenário de chacina com a relva pejada de pombos bonitos, saudáveis, mas mortos, vitimas de envenenamento, com animais a deambular agonizando durante horas e dias. Segundo habitantes com quem conversei e vivem nesta área à anos, sabe-se quem é o autor deste “genocídio”, dizem tratar-se de um funcionário da Câmara da Amadora que utilizou veneno trazido desta edilidade para cometer este acto. A policia veio de imediato fazer a recolha dos corpos, não fosse alguém ficar afectado com a imagem. Diz-se que ultrapassou largamente a CENTENA de animais. Pergunto, qual o direito deste ser humano desprezível que aniquila todas estas vidas de forma arbitrária e sai impune? Por coisas tão pequenas e banais se abrem processos de investigação e se aplicam penas, pergunto, não valerá a pena fazê-lo neste caso? Sou tentada a pensar que quem faz estas coisa também pode fazer outras. Tentei durante dias estabelecer contacto com a União das Freguesias de Massamá e Monte Abraão para tentar saber o que se poderia fazer quanto ao sucedido mas sem resultado.
Tenho pena que as instituições públicas não tenham mais sensibilidade para estas causas, gasta-se tanto dinheiro em coisas inúteis, porque não sensibilizar as gerações mais novas para este tipo de causas visto serem os adultos do futuro e talvez consigam ainda fazer algo que salve o que as gerações anteriores destruíram com a sua ganância cega e desenfreada.
Antigamente os pombos faziam parte das nossas vidas citadinas e eram parte integrante dos ex-librís das cidades, quando se vendiam saquinhos de milho para as crianças lhes atirarem. Hoje em dia são considerados PRAGAS. Com as gaivotas acontece o mesmo, já ninguém se lembra do clássico Fernão Capelo Gaivota, onde a beleza destas aves era um cartão de visita. Hoje em dia são considerados PRAGAS.
Só por curiosidade, ontem voltei a visitar a minha filha e, não vi um único pombo.
Esta pequena e singela, mas sentida manifestação, é apenas um grão de areia numa imensidão de injustiças, mas relativamente aos animais de uma forma geral quando percebermos finalmente que somos nós, os ditos animais racionais, que dependemos deles e não eles que dependem de nós, será certamente tarde demais.
Data de ocorrência: 6 de maio 2019
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários
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6 de maio 2019

A senhora está agarrada ao passado, quando os pombos eram poucos e não incomodavam, hoje em dia a situação mudou, uma vez que a inexistência de predadores naturais nas áreas urbanas, tais como répteis, aves de rapina e outros, leva a que os pombos, em vez de terem 2-3 ninhadas por ano (o habitual em habitat natural), passem a ter nas áreas urbanas 4-6 ninhadas por ano. O que torna insustentável a convivência pacífica nas grandes cidades entre humanos e pombos. Sabia que os pombos podem transmitir várias doenças e parasitas aos outros animais e também ao homem, nomeadamente, Tuberculose, Criptococose, Salmonelose, Histoplasmose, Ornitose, Dermatites, Gastroenterites, Toxoplasmose, Carraças, Pulgas, entre outras. Sabia que estragam e corroem fachadas de edifícios, pintura dos automóveis, etc., com as suas fezes, uma vez que cada um desses animais “produz” cerca de 15 quilos de fezes por ano? Pense nisso antes de ter uma visão lirica das pombinhas da Catrina.

Nem merece o meu comentário.

É realmente uma situação lamentável e muito triste as centenas de animais ás quais foram retiradas a vida devido ao facto de actualmente fazermos parte de uma sociedade que não respeita mais a natureza e os animais que nela integram.
É terrível as pessoas não se sensibilizarem com este tipo de acontecimentos e alegarem que tudo é justificável por serem consideradas pragas... Não deveria ser assim, neste caso, respondendo a Sofia Vieira, também nós humanos ficamos doentes e transmitimos doenças e não é por isso legal/justificável desatar a ceifar vidas.
Deveríamos sobretudo reflectir acerca do respeito, e apreender que o ser diferente de nós humanos tem direito à vida como nós.

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7 de maio 2019

Mas você ainda não percebeu que as pombas foram abatidas não por estarem doentes, não porque incomodavam o senhor vereador, ou quem passava, mas sim por questões de salubridade, por falta de higiene na cidade, que leva a propagação de doenças e epidemias . E não houve tão pouco um extermínio ou extinção de uma raça, apenas se tenta controlar a natalidade de uma espécie em total descontrole. Se a senhora está doente e transmite doenças porque não tem hábitos de higiene, não tem saneamento na sua casa e lá consigo, agora não queira abranger todos na mesma triste situação quando diz - "...também nós humanos ficamos doentes e transmitimos doenças..." já que os pombos contribuem para a infestação da cidade, colocando em perigo a saúde e o bem estar de todos nós, através das suas fezes. Só este argumento já seria válido, mas como referi anteriormente na minha exposição, infelizmente são vários. Sendo sim uma questão de Saúde Pública.

Na minha opinião, apenas não se justifica o acto tomado de forma leviana, quando já existem agentes contraceptivos que podem ser colocados na água onde bebem os pombos. Prática bastante efectuada por algumas câmaras, onde se verificam grandes aumentos populacionais destes animais.
No meu comentário apenas quis referir que existem outros meios para se controlarem aumentos populacionais deste tipo de espécies que tendem a incomodar os habitantes das cidades.
Quando diz: "as pombas foram abatidas não por estarem doentes, não porque incomodavam o senhor vereador, ou quem passava, mas sim por questões de salubridade, por falta de higiene na cidade, que leva a propagação de doenças e epidemias ." não justifica absolutamente em nada o triste incidente, até porque caso não se tenha apercebido em média, cada português produz 1,32 quilos de lixo por dia. Este foi o valor apurado em 2017, que corresponde, ao final de um ano, a cerca de 483 quilos de lixo por pessoa...
Trata-se da necessidade enorme de pessoas como a senhora entenderem que este mundo é de TODOS! O respeito deveria incidir em todos os seres vivos de forma igualitária.
Eu acredito em soluções menos drásticas para este tipo de problemáticas, nenhum argumento justifica a morte de mais de uma centena de qualquer ser vivo.
Homens evoluídos reflectem e procuram soluções justas.
Se fosse mais de uma centena de humanos seria notícia, haveria sensibilização, quando se trata de animais ou "pragas" como os nomeou, não importa.

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8 de maio 2019

Dona Micaela ninguém defendeu a morte de animais, nem venha colocar palavras na minha boca que nunca foram pronunciadas por mim, nunca eu, na minha argumentação escrevi "pragas" e nunca eu defendi a morte dos animais, defendo sim que a função reprodutiva seja urgentemente controlada, se por meios contraceptivos ou outros não causando dor aos animais, fantástico. É verdade que essas medidas da contracepção oral já estão a ser postas em prática desde 2007 em algumas câmaras, tanto em Portugal continental como nas ilhas, mas pelos vistos não estão a ter os resultados que se esperavam, pois a proliferação de nascimentos continua descontrolada. Eu sempre me referi aos fins desta questão, agora aos meios deixo ao cuidado dos veterinários da Câmara que são mais conhecedores do assunto do que qualquer uma de nós visando sempre o melhor para os animais. Com certeza que a Câmara tomou as medidas que tomou, foi com consentimento da Autoridade Sanitária Concelhia, com a qual os médicos veterinários municipais trabalham. Medidas urgentes têm que ser tomadas, para controlar uma população que já ultrapassou há muito o aceitável, numa convivência pacífica entre pombos e humanos.