Bom Dia
Tenho um filho com 3, que é acompanhado pela intervenção precoce (ELI). Fiz a candidatura a vaga no Portal das matrículas, atempadamente. Moro numa zona calma (Magoito, Sintra), com 7 escolas com pré escolar a minha volta, inseridas no agrupamento do Alto dos Moinhos em Sintra.
Qual não foi o meu espanto quando percebo que o meu filho não estrou no pré-escolar. Estive na escola a aprofundar os motivos e circunstâncias do acontecido.
Qual não é o meu espanto, quando percebo que não entrou nenhum menino de 3 anos. Qual não foi o meu espanto quando percebo que provavelmente há meninos de outras áreas de residência a ocupar vagas associadas ao emprego dos pais. E esses meninos tem prioridade sobre o meu porque têm 5 anos.
Isto é moralmente questionável e não é correto.
Desde o inicio do mês que ando a ligar para todo o lado, IPSS, privados, e escolas de gente rica. Não há vagas na minha área de residência. Não existe resposta para as necessidades do meu filho, na minha área de residência.
Não moramos no meio do monte, é inadmissível, eu estar a justificar me, e a implorar por uma vaga, que vai permitir que o meu filho se desenvolva em convívio com os seus pares, que possa fazer as terapias da fala e de psicomotricidade.
Quando fiz a matrícula, enviei também o relatório da ELI, que comprova a condição do meu filho.
O que é suposto eu fazer? Ir viver as contas do estado, para poder ficar com ele em casa, porque quem devia precaver isto, deixa crianças como o meu filho, desprotegidas? Onde está a inclusão?
Estão neste momento, 45 crianças a espera de vagas no Agrupamento do Alto dos Moinhos. Crianças que ocupariam 2 turmas, e que dariam trabalho a mais pessoas.
Existem escolas fechadas nos Alvarinhos e em Odrinhas, que podiam responder as necessidades da população.
Eu pretendo que a resposta social seja adequada. Pretendo que me seja disponibilizada uma vaga na minha área de residência, para poder coordenar as terapias e para ele ficar inserido num grupo de crianças com continuidade.
Imaginem que era uma criança no ensino obrigatório, seria por a escola já não ter vagas que a criança ia ficar sem ir à escola?
Estão a limitar estas crianças no acesso a educação, mas vão ter de gerir o volume delas quando estiverem no ensino obrigatório.
Custa assim tanto fazer um planeamento? Aferir atempadamente o volume de crianças que nasceu num determinado ano e que ficou elegível para o acesso ao pré-escolar. Crianças com moradas comprovadas pelo cartão de cidadão. Isto é uma utopia, ou só falta de organização?
Meus caros, peço muita atenção e cuidado para com a situação do meu filho. Vai ser difícil gerir, gerir os cuidados médicos que o meu filho precisa, se não tiver uma escola atribuída e sem vagas em mais lado nenhum, terá de ficar em casa, o que irá comprometer o seu desenvolvimento.
Se for necessário também envio comprovativos, e relatórios da condição do meu filho.
Aguardo feedback
Data de ocorrência: 28 de julho 2022
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