Exmo. Senhor,
Muito bom dia,
Envio-lhes este email para relatar uma situação passada entre o dia 26MAR15 (quinta-feira) e o dia 01ABR15.
Faço-o, não porque tenha intenções de punir a outra parte, mas simplesmente por dever de consciência e sentido cívico.
Em virtude de me encontrar num serviço que não me garante a certeza e garantias necessárias para que saiba em concreto se possa vir a gozar férias numa determinada altura, utilizo a ferramenta que o Booking fornece aos clientes (cancelamento gratuito), para realizar o planeamento das minhas férias.
Neste caso em particular, marquei três hotéis - para além do "hotel" em apreço -, como possível escolha para os dias 30ABR a 03MAI15.
Fi-lo de acordo com alguns parâmetros: localização, pontuação comentários, capacidade de comportar o meu grupo (5-6 pessoas).
Um dos hóteis escolhidos foi a "Casa dos Cantoneiros".
Ora, no dia 26MAR15 recebo uma chamada do (representante/dono) do estabelecimento. Falou-me sempre de forma cordial, e explico-me ao que vinha.
Não sendo surpresa para mim, respondi-lhe que compreendia que essa ferramenta (cancelamento gratuito) lhe causasse transtorno - tanto mais num fim-de-semana prolongado. Expliquei-lhe a minha situação, que tinha marcado mais três locais mas, sem falta, que naquele mesmo dia (noite) ou no dia seguinte (sexta-feira, dia 27MAR15) lhe daria a confirmação, ou pelo contrário, cancelava a reserva e não mais comunicaria.
Efectivamente, enviei uma mensagem no dia 27MAR15 para o telemóvel exposto na página do hotel, a confirmar a nossa ida, conforme conversa anterior.
(Aqui deve ser feita a ressalva que o número ali exposto era o mesmo de onde o "responsável" me tinha contactado no dia anterior).
Não tendo dito mais nada (comecei a estranhar mas não me preocupei), recebi nova chamada ontem, dia 01ABR15).
Voltou a referir-se à mesma situação, e eu comuniquei-lhe que tinha enviado a sms, se não tinha recebido, e que confirmava a nossa marcação (efectuada em janeiro/fevereiro).
O "responsável" respondeu-me que tinha "percebido que tinha desmarcado", que iria averiguar se ainda tinham disponibilidade (cruzar com outras bases de dados, já poderiam existir outras marcações), mas que me diria alguma coisa.
O que se passou de seguida podia efectivamente ter sido apenas uma partida a fazer jus ao dia das mentiras. Não foi.
Qual não é o meu "espanto" e a minha "incredibilidade", quando me enviam um email, pelas 22H15, a explicar que, por terem interpretado a nossa anterior conversa (dia 26MAR15) como um cancelamento, e porque já tinham outras marcações (foi enviada sms a confirmar reserva no dia 27MAR15; a reserva nunca foi cancelada, etc), não lhes seria possível receber-nos naquela altura.
Ora, neste ponto, devo afirmar que já estava bem consciente daquilo que se passava.
No entanto, nunca me tendo acontecido, e sendo a pessoa em causa tão atenciosa e, aparentemente, tão bem intencionada, voltei a "não me ralar", e deixar que o desfecho se anunciasse sem qualquer oposição.
Aliás, deve ser dito que isto pouco me trouxe poucos constrangimentos (rapidamente arranjei outro local para efectuar as férias).
Ademais ninguém - para além da "casa dos Cantoneiros" -, fica lesada na sua imagem.
Esta carta, este email, esta "reclamação" é só feita meramente como resultado da consciência e do dever a que eu próprio me incuto, de forma a que o "responsável" não fique na impressão de que "o cliente não se importou" e "a minha conduta foi moral e eticamente válida".
Pelo contrário, foi uma atitude desleal e mal intencionada, tanto mais quando o cliente (eu) me demonstrei - desde o início - sincero, honesto e compreensível.
De resto, também já respondi ao "responsável", afirmando-lhe que da minha parte (família, amigos, conhecidos do mundo do turismo e etc), tudo farei (de forma omissa) para lhe garantir o retorno daquilo que foi uma atitude desproporcionalmente dantesca.
Por fim, não junto qualquer prova, sejam as sms, as reservas, a próprio comprovação de não exigiam qualquer % do valor total da reserva à altura da realização desta reserva, etc, porque não existe essa necessidade. Que isto sirva apenas como reclamação.
Envio para o email do turismo de Portugal,e para o serviço do booking, para o portal da queixa e para o site de reclamações.
Cordiais cumprimentos,
Daniel Martins
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