Adm.Reg.de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)
No passado dia 17 de Maio tive uma consulta no Centro de Saúde de Alvalade com a minha médica, Dra. Filomena Ceita. A consulta estava marcada para as 16 horas, contudo só fui atendida perto das 17 horas, estive quase uma hora à espera. Quando chegou a minha vez, estive bastante tempo a aguardar no gabinete da médica, porque, segundo a Doutora, não tinha sistema para passar a receita. De facto, enquanto estive na sala de espera, presenciei a médica a "entrar e sair" do gabinete, em busca de auxílio por parte dos colegas, por não se entender com o dito sistema informático. Face ao sucedido, disse-me para me dirigir à secretaria, com o intuito de preencher um impresso a solicitar os medicamentos que necessitava, garantindo-me que me enviaria a receita eletrónica para o telemóvel , já que como trabalho, referi não ter disponibilidade para a ir buscar ao Centro de Saúde. Assim procedi, tendo a administrativa me dito que no prazo de 5 dias receberia a dita receita no telemóvel. O tempo passou e nada da receita, telefonei várias vezes, expliquei a situação aos administrativos que me atenderam, pois nunca consegui falar com a médica, disseram-me sempre que a Dra. Filomena Ceita não autorizava a transferência de chamada. Importa referir que aquando do pedido da receita, registei tanto o meu número de telemóvel como o meu e-mail, que aliás constam no sistema (base de dados). Da última vez que telefonei, esclareceram-me que uma administrativa falou com a médica e que esta comprometeu-se a enviar-me a receita para o telemóvel, mas afinal acabou por imprimir (em papel), obrigando-me então a ter que ir ao Centro de Saúde para a levantar.
Toda esta situação é de lamentar, a começar pela atitude da Dra. Filomena Ceita, que não tem competências nem conhecimentos informáticos, simplesmente não sabe trabalhar com o sistema, porque mesmo que não conseguisse passar a receita no dia da consulta, a sua obrigação seria enviá-la à posteriori, nos dias seguintes, ou para o telemóvel, ou para o e-mail. Não o soube fazer, nem se preocupou, limitou-se a imprimi-la. Se porventura eu precisasse da medicação, teria de fazer uma venda suspensa na farmácia, por não ter receita. Por acaso ainda tenho medicamentos, se não, tinha mais um problema. Agora tenho de ir ao Centro de Saúde, e oxalá que a receita esteja mesmo passada, não vá a administrativa me ter enganado só para me calar!
Entretanto, vou pedir para mudar de médico, não posso ser seguida por alguém que não se preocupa se tenho ou não medicação, e que não possui aptidões informáticas. Acresce a estes factos, a agravante de as análises clínicas que me prescreveu não incluírem a glicémia (quando lhe pedi análises completas), que para além de ser um parâmetro básico, é fundamental. Quando a questionei da razão para tal, referiu-me que se esqueceu, que ficaria para uma próxima oportunidade!
Resta-me apenas acrescentar que não sou propriamente leiga na matéria, sou farmacêutica, trabalho numa farmácia e todos os dias avio receitas, tanto em papel, como eletrónicas, sendo que estas ultimas pode ser acedidas através dos números de receitas, códigos de acesso e de opção disponibilizados em papel ou via telemóvel, e portanto, sei muito bem do que falo! Obviamente que perante estes factos, nunca ficaria sem medicamentos, porém é um direito meu ter comparticipação, e para tal, preciso de receita!
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