Centro Hospitalar Barreiro Montijo
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Centro Hospitalar Barreiro Montijo - Informação sobre os serviços médicos durante o internamento

Sem resolução
Clara Lopes
Clara Lopes apresentou a reclamação
25 de junho 2019

Bom dia,
A minha mãe foi internada no Hospital do Barreiro a 15 de fevereiro de 2019.
Em baixo envio o e-mail que enviei para saber em que situação a minha mãe se encontrava a 16 de fevereiro deste ano, visto a informação dada à minha sobrinha ser quase nula. O meu e-mail foi decerteza ignorado e não obtive qualquer resposta. Umas horas mais tarde recebi um telefonema a dar a notícia que aminha mãe tinha falecido. Venho por isso, de novo, tentar saber como foi tratada a minha mãe nas últimas horas de vida.
Alguém dos empregados deu a informação a familiares que ”há que fazer prioridades”. Para mim isto significa que deixam morrer alguns doentes para salvar outros. Como familiar ouvir uma resposta destas, deixa-nos a pensar que será melhor ficar em casa a morrer do que recorrer aos serviços médicos, insuficientes para todos os utentes, nesse hospital.
Como não estava presente, preciso de saber o que realmente se passou, visto ser filha. Espero que me deem resposta desta vez, como aliás, tenho direito a ter.
Embora a minha mãe tivesse morrido um dia antes de fazer os 89 anos, tinha todo o direito a ser tratada como qualquer outro paciente enquanto tivesse sinais de vida. Pelo que soube, por familiares, a minha mãe foi retirada do quarto onde recebia tratamento e abandonada num corredor sem o mínimo de apoio. Como é possível fazer uma barbaridade destas? Será que os veterinários fazem isto aos animais que ainda teem sinais de vida? Não acredito!
Perder um familiar é muito doloroso, mas saber que os serviços médicos “dão prioridade” a salvar pessoas, deixa uma mágoa que nunca mais desaparece.
Aguardo assim uma resposta verídica sobre tudo o que se passou com a minha mãe e espero que a frase “temos que fazer prioridades” tenha sido dita por alguma empregada sem ligação aos serviços médicos, (talvez tenha sido alguém ligado às limpezas), para poder manter alguma confiança nos serviços prestados no hospital do Barreiro.
Agradeço o envio dos apontamentos do médico responsável, para saber o que se passou nos últimos dias de vida da minha mãe, e o que causou a morte dela.
Esta informação vai também ser enviada para outras entidades de saúde.
Com os meus cumprimentos
Clara Lopes

Från: Clara Lopes [mailto:claralopes@bredband2.com]
Skickat: den 16 februari 2019 21:11
Till: 'admin@chbm.min-saude.pt'
Ämne: Informação sobre a minha mãe

Boa noite,

Este e-mail refere-se à minha mãe, N G C de 89 anos, (amanhã dia 17/2) residente no Barreiro, que se encontra internada no vosso estabelecimento hospitalar, no SO, cama 11 (actualmente foi mudada para outro sítio).

Soube pela minha sobrinha que a minha mãe foi diagnosticada com pneumonia quando deu entrada na segunda ou terça feira passada e pelo que sei foi posta a soro e antibiótica. Segundo a minha sobrinha, parecia haver uma pequena reação positiva, pois a minha mãe dava uns sinais de presença, embora fracos, quando a minha sobrinha falava com ela umas horas mais tarde.

No dia a seguir foi posta a morfina o que me deixou bastante preocupada, pois compreendi que estavam a prepará-la para um final próximo. Segundo a minha sobrinha, não tem havido possibilidades de falar com médicos nesse estabelecimento hospitalar nos últimos dias e ela está desesperada sem saber o que se passa com a avó. Temos tido contato várias vezes ao dia e estou cada vez mais preocupada com a situação.

Logo no segundo dia, a minha mãe foi tirada do quarto em que estava e está sem soro e antibiótica, pois segundo a pouca informação que foi dada, a minha mãe não teve os resultados esperados e foram-lhe tiradas todas as possibilidades de recuperação.

Tenho dificuldade em compreender a vossa decisão e preciso por isso de uma resposta escrita pelo médico responsável, para poder continuar a discutir o assunto com outras entidades. Isto é quase impossível compreender. Como é que se pode tirar o alimento e medicação a uma pobre pessoa que ainda respira por ela própria e com o coração a funcionar? Ela não está em coma. Custa-me a acreditar que isto esteja a acontecer num país desenvolvido como Portugal e espero que realmente não seja a realidade e que tenham outra versão para me contar sobre o que se está a passar.

Será que o soro e antibiótica custam uma fortuna para não poderem dar assistência a uma doente (apesar dos 89 anos) que tem mostrado tanta força e resistência? Se ela estivesse tão fraca e tão perto da morte não tinha resistido estes dias todos, mas claro está agora já poucas esperanças deve haver, depois desta interrupção no tratamento e a fraqueza em que ela se encontra.

Segundo opinião de uma enfermeira??? a minha mãe está a resistir porque está à espera de alguém. Nunca ouvi semelhante barbaridade. Ela tem resistido porque não estava doente de morte, ela precisava de assistência para melhorar o que lhe foi tirado apenas ao fim de umas horas.

Moro na Suécia e consegui uma viagem para segunda feira da próxima semana, é esta a razão porque ainda não tive possibilidade de visitar a minha mãe e ver com os meus próprios olhos a incrível situação que se está a passar.

Agradeço que enviem este e-mail ao médico responsável e espero que o próprio me responda às minhas perguntas. A situação de profunda amargura em que me encontro não me deixa compreender que a minha mãe esteja a morrer à fome! Não há direito duma situação destas. Isto vai chegar ao conhecimento do ministro da saúde, posso assegurar-vos, porque não acredito que esteja escrito em lei nenhuma que se tire a adequada medicação a uma pessoa com vida.

Com os meus cumprimentos aguardo a vossa resposta com a possível brevidade.

Clara Lopes
 

Data de ocorrência: 25 de junho 2019
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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