Centro Hospitalar Universitário de Santo António
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Centro Materno Infantil do Norte - O parto foi horrivelmente inesquecível

Sem resolução
Maria Irene Cunha Oliveira Eiró
Maria Eiró apresentou a reclamação
8 de abril 2015

Eu quero alertar futuras mães e não assustar (ou alimentar mitos), mas evitar que o receio de um parto complicado se torne no mais temido terror de uma grávida, pois também infelizmente já me tinham informado de más experiências na Maternidade Júlio Dinis (Centro Materno Infantil do Norte), mães que após partos violentos até transfusão de sangue foram necessárias, bebés em sofrimento longas horas, sujeitos a manobras de reanimação, mas agora verifiquei que fui incrédula, e que é bom ter receios, pois eles encaminham-nos para o acautelamento, evitando riscos e traumas desnecessários.
O que para eles (documentado) ao longo de 24 horas, foi resumido a um parto distócico, cefálico de vértice, com apresentação do braço esquerdo do bebé, administração de oxitocina e recorrência a ventosa com necessidade de episiotomia, para mim foi um pesadelo que qualquer mãe receia tornado realidade durante 24 horas, através de um procedimento violento quer físico quer psicológico (preocupação constante com o bem-estar do bebé), resultando num trauma, uma castração psicológica, sem qualquer consentimento informado:
-rebentamento da bolsa de água com as mãos, pela Drª Elisabete, que logo de saída saiu dizendo "agora está em trabalho de parto";
-então fiquei numa cama impossibilitada de me movimentar, colocaram-me a soro e privada das necessidades fisiológicas-24 horas;
-inúmeros toques vaginais para a verificação da dilatação- infeção;
-febre durante a noite, tendo ficado muito débil;
-manobras manuais para recolocar a cabeça do bebé; recolocação várias da algália;
-realização de dois cortes "episiotomia" , numa grande extensão, sem verificar a eficácia da anestesia, pois disseram-me que não podiam administrar mais, senti tudo e depois a suturação indescritível, só vivenciado mas é impensável repetir ou sequer pensar que este procedimento de "mutilação" seja legal e permitido= "cesariana vaginal" sem anestesia;
-aplicação duas vezes da ventosa;
Nesse período de 24 horas, ninguém teve o cuidado de me dar uma explicação mínima, uma atenção para sossegar a minha aflição, quando apanhei uma das médicas a olhar para mim, supliquei que parasse com a tortura, mas ela disse "está tudo dentro de uma curva normal" e foi-se embora. Uma grávida, é um ser humano vivo, não "conjunto de tecido humano", que necessita de auxilio apropriado à sua situação, não comparável a um contentor de carga para ser estacionado nas ditas "BOX", violentada sem consentimento, em prol de taxas que ficam bem nos relatórios mensais para ninguém ser demitido, ou nos meios de comunicação social, não olhando a meios para atingir esse fim, usando a métodos destrutivos.
Para mim este procedimento não teve nada de natural, de humano, mas sim de violento, amplificando o sofrimento deliberadamente, pois eu entenderia se estivesse num sítio totalmente privado de meios que auxiliassem o meu corpo pela não sintonia na decorrência do parto de forma natural. A minha recuperação foi muito dolorosa, pior que da minha 1ª cesarina, não vi qualquer vantagem, um completo embuste que é melhor, demorei mais de um mês a recuperar ligeiramente. Fiquei impossibilitada de cuidar do bebé, o leite secou ao 2º dia. Estive quase um ano com tonturas e ainda agora tenho dores. FOI MELHOR?? OU FOI HORRIVELMENTE INESQUECÍVEL. E eu tive o cuidado logo no atendimento de referir que não concordava com partos induzidos, acho que foi pior, gozaram-me com este procedimento sem me informar. Depois é natural por ter sido "vaginal" 100% instrumentado (rebentamento da bolsa de água com as mãos, manobras manuais, oxitocina, episiotomia, ventosa).

. A sabedoria popular -"Parir não é dor é amor"

O cientista - "Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre o primeiro" - Albert Einstein

O Humanista -«Sete pecados sociais: política sem princípios, riqueza sem trabalho, prazer sem consciência, conhecimento sem caráter, comércio sem moralidade, ciência sem humanidade e culto sem sacrifício ...»
Mahatma Gandhi


Sorte e Felicidades para todas as mães,

Data de ocorrência: 8 de abril 2015
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários

Infelizmente é o país que temos...aconteceu-me algo semelhante mas para piorar a situação fizeram uma lesão na minha bebé que ainda hoje anda em fisioterapia (com quase 9 meses)...muita força e cabe-nos a nós divulgar este tipo de informações, não com o intuito de assustar ninguém, mas para informar o que se vai passando pelos nossos hospitais para que as próximas possam exigir algum respeito.

Isso, exigir respeito pela dignidade humana.

Sinto muito pelo que vivenciou... e revi-me nalgumas das coisas que descreveu. No nascimento do meu segundo filho, optei por um parto em casa, com ajuda de um parteiro e foi uma experiência vivida com muito mais serenidade e dignidade...

Infelizmente passei pelo mesmo a uma semana
Mariana a sua filha fez fisioterapia ?

21 de março 2021

Boa noite Daniela, mesmo com o decorrer do tempo nunca se esquece, no meu caso já passaram 7 anos. Nunca se espera esta falha do lado dos profissionais de saúde e que a sociedade ainda não despertou para esta questão.