NISS 11331238867
A degradação do Centro Nacional de Pensões/SS, que justificam ser por falta de recursos humanos e técnicos qualificados, está a gerar situações insustentáveis do ponto de vista humano aos requerentes das prestações sociais, culminando em situações dramáticas.
No meu caso, depois de ter entregue o pedido de reforma em Março de 2018 e tendo esgotado o subsídio de desemprego em Junho de 2018, fiquei desde essa data sem qualquer fonte de rendimento que me permita viver condignamente, depois de uma vida de implacáveis descontos.
As infindáveis deslocações aos serviços de atendimento e reclamações via Segurança Social Direta, resultaram numa mão cheia de nada. Ninguém sabe o que se passa e a recomendação é ter paciência.
É com sentimento de revolta e desespero, face à perda total de rendimentos, que cidadãos como eu esperam meses e anos pela atribuição da prestação social a que têm direito, agravado com a manifesta incapacidade de esclarecimentos por parte dos funcionários da Segurança Social.
Fico a aguardar uma rápida avaliação do meu processo e envio da carta com o valor proposto pelo CNP.
Data de ocorrência: 11 de abril 2019
O "desinvestimento" nos recursos do CNP não pode ser considerado acidental nem culpa do anterior governo como o atual governo quer fazer crer mas uma opção política dos últimos governos incluindo o atual que deixou agravar a situação durante uma legislatura inteira. Pode até pensar-se com toda a lógica que se não há dinheiro para novas pensões de nada servem os recursos do CNP.
É evidente que os tão celebrados sucessivos excedentes da SS são prioritariamente para tapar os buracos da banca (o próprio Ministro da Finanças o deixou entender numa recente entrevista com José Gomes Ferreira a propósito das novas necessidades do Novo Banco) e assim proporcionar as "contas certas" de que se ufana o Primeiro Ministro. O que fica claro é que os portugueses com direito a uma pensão estão a ser forçados a financiar as "contas certas" (com quem?) por muitos meses ou mesmo vários anos (no caso dos emigrantes) tenham ou não tenham dinheiro para comer.
O PM anda a prometer que os atrasos na atribuição das pensões ficarão resolvidos no primeiro semestre de 2019 (depois das eleições europeias e antes das legislativas) mas as queixas continuam a aumentar e não se percebe como é que essa promessa pode ser cumprida em tão pouco tempo.
Somos a "nova geração à rasca" e não vejo o que possamos fazer para o evitar além de (re)clamar no deserto. Talvez abstermo-nos ou votar em branco nas próximas eleições que é o que me ocorre neste momento uma vez que a abstenção prejudica principalmente os grandes partidos, aqueles que decidiram sacrificar-nos. Se o fizéssemos em massa talvez tivesse algum impacto.
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