Acabei de receber o meu vale postal da pensão de invalidez e verifico que o valor é de 343,90 €, ou seja, com um corte de 68,78€, que segundo informação vossa para regularização de um valor de subsídio de doença que recebi indevidamente.
E impressionante o modo de gestão das Instituições Publicas e a leveza ou desprezo de como se tratam os assuntos de pequena monta, isto para quem os analisa porque para os inquiridos como e o meu caso, vai ser uma situação insustentável. (Gostava de ver o decisor desta situação a viver com 345€ mensais).
Casos de governantes, administradores bancários e outros mais que aceitam subornos, autorizam subsídios indevidos, empréstimos duvidosos e desviam milhões acabam enrolando a justiça com grandes advogados e no fim nada pagam, acabando os prejuízos por ser suportados pelos impostos pagos pelos contribuintes.
Eu que tenho uma miserável reforma por invalidez de 412,68€ para sobreviver, veem-me cortar 68,78€ mensais que dizem ser para uma regularização de subsídios pagos indevidamente.
Será que é legal cortar um valor destes a quem não tem qualquer rendimento, a não ser uma reforma de 412,68€ mensais?
Tenho uma incapacidade de 68% desde Maio de 2003 que me levou ao descalabro da minha vida profissional, visto não ter capacidade para trabalhar e não ter qualquer meio de sustento a não ser a ajuda de amigos.
Quando tive alguém que me ajudou a elaborar o processo para pedido de reforma por invalidez e o fui entregar para analise, foi-me dito nos respetivos serviços que a minha incapacidade dava direito a ter um subsidio mas que agora já não valia a pena pois a analise do pedido levava o mesmo tempo que o do pedido de reforma e tendo reforma não teria subsidio.
Em resumo poderia ter estado a receber de há 15 anos para cá um subsídio mensal, que nunca usufrui e que teria sido muito superior aos valores que dizem ter recebido indevidamente.
É uma pena que não haja capacidade decisiva nessa Instituição para analise destes casos, fazendo a comparação do que a Instituição devia ter pago ao utente por direito e não pagou, com o utente recebeu por outra via considerada indevida.
Se o utente tem de pagar o que recebeu indevidamente, porque é que a Instituição não tem também de pagar o subsídio a que o utente teve direito e não recebeu?
Ambos fizeram erros, o utente não fez o pedido (por desconhecimento e que deveria ser esclarecido quando da atribuição da invalidez) e a Instituição não analisou devidamente a atribuição dos valores que posteriormente considerou indevidos.
Em Resumo:
- Tinha direito a subsídio desde Maio de 2003 e não usufrui por falta de pedido e esclarecimento da Instituição quando da atribuição da incapacidade.
- Recebi indevidamente determinados valores que desconhecia não ter direito aos mesmos, por falta de alguém na Instituição não ter feito as devidas validações.
- Alguém sem qualquer capacidade de analise ou de valores da vida decide que o utente recebeu em determinada altura valores a mais e com o mesmo agora recebe uma reforma de invalidez de 412,68€ mensais, exige-lhe um plano de pagamento de 68,78€ mensais, deixando-o com uns miseráveis 343,90€ para sobreviver, provavelmente serei mais um sem abrigo.
É de facto uma história que merece ser apresentada à comunicação social para que o Pais tenha conhecimento da maneira como são geridas as situações consideradas de menor importância, mas que poderão ter as piores consequências para o utente. Isto para mim é tirar o comer da boca as pessoas.
Sou um utente com valores de reforma insuficientes para a minha subsistência, só em farmácia em meses normais tenho uma despesa de +/- 40€, agora com este corte vou ter que abdicar de alguma coisa, ou deixo de comer ou de ir à farmácia. Assim solicito que a minha situação seja analisada por alguém isento e com capacidade de avaliar os erros de ambos os lados de modo a terminar com este corte que me empurra cada vez mais para uma miséria de vida.
A solução da empresa (CNP) foi dizer que iria encaminhar o processo para o respetivo departamento, mas nunca mais houve qualquer resposta ou resolução. Isto são as empresas do Estado, são as que mais incumprem, é uma verganha para nós cidadãos
Voltaria a fazer negócio? Não
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