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CivilriaN/A
Civilria, S.A.
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  • info@civilria.pt

Civilria - Recusou-se a devolver um depósito para guardar um apartamento injustamente

Sem resolução
Diogo Nascimento
Diogo Nascimento apresentou a reclamação
2 de fevereiro 2023
Trabalho para uma agência de relocalização. Temos clientes à procura de casa e ajudamo-los com o processo de mudança e compra/arrendamento. Uma das minhas clientes teve interesse num apartamento T0 perto da Estação de comboios de Aveiro, com renda mensal de 650€.

Na altura, a minha cliente teve muito interesse no apartamento, pois estava bem localizado e não tinha mau parecer. Teve tanto interesse que a agente imobiliária encarregue pelo mesmo nos pressionou a fazer um depósito para "guardar" o apartamento para que mais ninguém o pudesse arrendar enquanto se tratava do processo. Por ingenuidade e erro meu, transmiti essa informação à minha cliente e não a desaconselhei de o fazer.

Ela acabou por transferir 650€ à CivilRia, cuja agente me garantiu que tal quantia ficaria registada num contrato legal. Pressionei a CivilRia para me enviar o contrato que teria esse depósito registado para que pudesse saber dos termos para a sua devolução caso a minha cliente mudasse de ideias.

Quando mandaram o contrato, o mesmo estava repleto de ilegalidades e erros ortográficos. O nosso advogado reviu-o e acabou por sugerir mudanças para que o contrato ficasse em conformidade com a legislação em vigor. Naturalmente que este processo demorou, cerca de uma semana, mas a agente pressionou-nos constantemente e foi muito crassa na forma como falava sobre a minha cliente, acusando-a das coisas mais ridículas e desrespeitosas constantemente.

Por volta do dia 29 de Novembro, se bem me recordo, fui fazer a visita em nome da cliente e gravar imagens para lhe mandar. Reparei na altura que o apartamento estava a menos de 100 metros de um local de construção ativo, com mais terrenos à volta em processo de pré-construção.

A CivilRia nunca transmitiu este detalhe. Não o mencionou no anúncio nem no contrato, e a agente ignorou-o por completo durante a visita. Quando falei sobre o assunto com a minha cliente, naturalmente que ela ficou desapontada e perdeu interesse no apartamento. É uma senhora com quase 70 anos que se quer reformar e ter uma vida calma e pacífica em Aveiro, pelo que não estaria à vontade com o viver perto de uma potencial fonte de ruído constante e incomodativo.

Era dia 4 de Dezembro quando ela tomou esta decisão. No dia 5, informei a agente responsável de que a cliente tinha perdido o interesse e pedi-lhe a devolução do depósito de 650€, e até cheguei a mencionar que o podia fazer em parte para compensar os dias que o anúncio tinha ficado desativado.

A agente respondeu-me de forma bruta e quase desrespeitosa, sempre por SMS. Não respondeu bem quando tentei ser assertivo, coisa que até aqui nunca tinha sido (provavelmente foi o meu erro). Recusou-se a devolver o depósito à minha cliente por ter passado do primeiro dia do mês, algo que não está registado em lado nenhum e parece ter sido uma regra que ela inventou na altura ou que a CivilRia se calhar tem para injustamente ficar com o dinheiro de pessoas desinteressadas como castigo.

Foram 650€. Em qualquer parte do mundo, esta quantia de dinheiro não é ignorável. Recusaram-se sequer a devolvê-lo em parte. A minha cliente não é, de forma alguma, rica nem abastada. Este dinheiro faz-lhe muitíssima falta e a CivilRia, por 5 dias, ficou com um mês de renda inteiro.
Data de ocorrência: 15 de dezembro 2022
Civilria
10 de fevereiro 2023
Exmo. Senhor,

Analisada a situação que descreve, cumpre-nos esclarecer o seguinte:

A Civilria, na prossecução do seu objeto social, dedica-se à promoção imobiliária (essencialmente compra, venda, arrendamento de imóveis e desenvolvimento de projetos imobiliários).
A Civilria está no mercado há mais de 35 anos e é com orgulho que sabemos merecer a confiança dos nossos parceiros, fornecedores, investidores e colaboradores.

O apartamento referido na queixa apresentada não é um imóvel propriedade da Civilria. A Civilria promoveu a construção do empreendimento onde o mesmo se insere, constituiu o imóvel em frações autónomas e procedeu à sua venda. Contudo, dada a estreita relação que mantém com os seus clientes, e nem sempre dispondo de imóveis na sua carteira para satisfazer a procura registada, é habitual colaborar – de forma totalmente gratuita e sem qualquer outro interesse próprio – com os seus clientes, estabelecendo pontes entre os mesmos. Note, contudo, que a Civilria não é uma mediadora imobiliária, não agindo por isso, como tal.

Como V/ Exa poderá certamente confirmar, a transferência efetuada foi para a conta do proprietário do imóvel e não da Civilria. Da mesma forma, a relação contratual, formalizada ou não por escrito, (facto que desconhecemos e não temos de conhecer) foi estabelecida com o proprietário do imóvel e não com a Civilria. Pelo exposto, a decisão de devolução ou não do valor transferido cabe ao proprietário e não à Civilria, que é totalmente alheia ao negócio em causa.

Assim, só nos resta lamentar que as partes envolvidas não tenham chegado a acordo, contudo, qualquer reclamação deverá ser apresentada junto do proprietário do imóvel, e não perante a Civilria.

Melhores cumprimentos,

Paula Garrido
Diogo Nascimento
10 de fevereiro 2023
Compreendo que a empresa não seja em si a proprietária do imóvel em redor do qual esta questão surge. No entanto, nunca lidei com o proprietário. Lidei sempre com uma agente de imóveis que serviu, para todos os efeitos, como representante do proprietário efetivo.

Se a Civilria afirma que não presta serviços de mediação imobiliária, só me resta a mim questionar o que é que os seus anúncios fazem em sites de venda e arrendamento de imóveis, e porque é que tem agentes que atuam como representantes de proprietários de imóveis.

De qualquer forma, o que a Civilria é ou não é, não é o tópico da discussão. O tópico da discussão é que um depósito foi indevidamente guardado pelo proprietário do imóvel. Uma vez que nunca me foi dada a oportunidade de contactar o dito, eu vou tomar como garantido que a Civilria o representa totalmente, pelo menos no que cabe às negociações a respeito do apartamento em questão.

Infelizmente, esta decisão ter ou não sido feita pela Civilria não se mostra como um fator relevante. A nenhuma altura tive contacto com o proprietário. Quem me informou que o depósito não seria devolvido, nem sequer parcialmente, foi uma agente da Civilria. Também foi essa agente que esteve a poucas palavras de me insultar e à minha cliente só porque o processo não tinha corrido tão rápido como ela pretendia.

Seja como for, não tenho mais ninguém a quem dirigir esta queixa se não à Civilria. Isto porque a Civilria não foi um partido terceiro nesta questão, e sim um dos principais atores e, mais uma vez, o único com que entrei em contacto.
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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