Conforama - Reclamaçao serviço pós venda

A 28 de Dezembro de 2019 adquiri uma casa remodelada, a qual apenas comecei a usufruir dia 7 de Fevereiro ( nada a ver convosco, apenas para referir que o tempo de uso do artigo em questão foi curto).
A casa vinha equipada com conjunto JPK4EV20150, de placa vitroceramica e forno encastrado da marca JOCEL.
Dia 13 de Março de 2020 à hora do jantar o referido forno simplesmente "explodiu" o vidro de dentro e os botões e pegas ficaram imensamente quentes impossibilitando quase tocar e desligar. Os vidros ficaram espalhados pela cozinha. De referir, que tenho duas crianças pequenas 2 e 8 anos que além do susto (pelo barulho ensurdecedor), podiam estar na cozinha. Felizmente não estavam, se não o problema tinha sido muito maior. Dia 15 de Março de 2020 reportamos o sucedido à Conforama por via telefonica e por e-mail. Demoramos mais porque aguardamos fatura do antigo proprietário da casa que também, adquiriu o forno.
Na primeira fase disseram que tinha de ser o antigo proprietário pela fatura estar em nome dele (proteção de dados), o mesmo prontamente entrou em contacto com vocês. Mas,a situação continuou igual. Entretanto, como temos a escritura da casa conseguimos provar que o forno a partir do momento que compramos a casa passa a ser nossa propriedade também.
Após várias chamadas a situacão continua igual e, estamos há quase dois meses sem forno, primeiro ainda compreendemos devido ao estado de emergência, contudo, continuam a vender online e sempre a mandar e-mails com promoções e afins e demoram 2 meses para resolver uma reclamação de uma situação que podia ter corrido muito pior.
Apenas queremos que nos troquem o artigo (que teve algum tipo de avaria ) por um igual, visto que o mesmo ainda está na garantia.

Boa tarde,
Não considero de todo que a minha reclamação esteja resolvida, visto que se comprei o artigo convosco, a fatura é vossa, a garantia tem de ser tratada por vocês. O contacto com os técnicos ou com marca em si tem de ser feita por vós. Não faz sentido nenhum ser o cliente a entrar em contacto com a marca que vocês vendem enquanto o artigo está na garantia e ainda nem um ano passou.
Concordo que deve vir o técnico e averiguar o que se passou, mas é a Conforama que tem de tratar dessa parte. Eu como cliente contacto a marca que me vendeu o artigo. É assim que deve funcionar, pela lei.

"Na Lei das Garantias (LG) - Decreto-Lei n.º 67/2003, de 8 de Abril, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 84/2008, de 21 de Maio -, a solução é claramente apresentada, impondo ao vendedor ou, se se quiser, ao fornecedor o cumprimento da sua obrigação, a começar, desde logo, pela entrega da coisa conforme com o contrato, sem qualquer vício.

Artigo 3.º n.º 1:
“O vendedor responde perante o consumidor por qualquer falta de conformidade que exista no momento em que o bem lhe é entregue.”

Significa isto que o vendedor, quando põe os bens à disposição do consumidor, tem o dever de o entregar em condições, em conformidade com o contrato, aferindo-se, portanto, a qualidade do bem no momento da entrega.

Artigo 2.º n.º 1:
“O vendedor tem o dever de entregar ao consumidor bens que sejam conformes com o contrato de compra e venda.”

Deste modo, caso exista qualquer falta de conformidade da coisa com o que foi realmente contratado, será, pois, perante o vendedor que, primeiramente, o consumidor deve denunciar as falhas, pois, nos termos legais, é o vendedor que assume a responsabilidade da garantia em primeira linha, que se encontra afecta aos bens, independentemente do momento em que foi detectada a não conformidade do bem, mas desde que se manifeste dentro do prazo legal estabelecido para o efeito:
- 2 anos para os bens móveis
- 5 anos para os bens imóveis

Sem que, todavia, deixe de exercer o seu direito de regresso, isto é, de ser pago de todas as despesas efectuadas com a satisfação da garantia, pelo produtor."

Obrigada e fico a aguardar, visto que já vou a caminho dos 3 meses sem forno .

Andreia Francisco