Desilusão. Após anos a frequentar esta superfície, fui barrada à porta. Em tempos de estado de emergência, em que só nos podemos deslocar em caso de necessidade, fui ao supermercado comprar os bens essenciais para a minha casa e por uma questão de logística, aproveitei que o meu namorado também tinha que fazer compras para os pais dele, e fomos juntos, cada um com os seus sacos, com o seu carrinho de compras e com a sua lista. Tal não se sucedeu porque o dito "segurança" de nome Batista não nos deu hipótese. A única coisa que nos soube sugerir foi que um de nós só entrava quando o outro saísse. Como é óbvio, eu não preciso de ir para o supermercado conviver com o meu namorado e o objetivo era só um, cada um comprar as suas coisas. E esqueçam as regalias para os profissionais de saúde, porque eu sou, e nem isso me valeu nesta ida às compras, até pelo contrário. Após um dia de trabalho, só me fez perder tempo. Em contra partida, sugerimos que nos deixasse entrar e caso nos visse a falar lá dentro, aí sim.. tinha razão em nos convidar a sair. Mas ele foi intransigente e não cedeu! Na rua, vi um casal a sair e perguntei-lhes como é que tinham conseguido sair juntos e eles disseram que quando entraram "ele" estava distraído. Normal para uma pessoa que habitualmente só é responsável pela "chave" da casa de banho e que agora se acha poderoso por controlar as saídas e entradas. Respeito o trabalho de todos e ainda mais nos tempos que correm porque também trabalho e sei que há regras mas tem que haver bom senso! Acabamos por ir à concorrência, para o pingo doce e gastamos quase 300€. Entramos juntos! Cada um com os seus sacos, com o seu carrinho de compras e com a sua lista. Simples, sem complicações e sem infringir planos de contingência.
Data de ocorrência: 6 de abril 2020
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