Boa tarde,
No passado dia 23.08.2022 pelas 11h30, dirigi-me com o meu pai ao Hospital Senhora da Oliveira, Guimarães, como já é infelizmente uma prática frequente nos últimos tempos, para mais uma consulta. O meu pai é um doente oncológico, com visível limitação física, não só pela aparência debelitada que tem como também pelo facto de não se movimentar por muito tempo sem apoio.
Levava - o apoiado pelo braço a passo"de caracol" com receio que lhe faltessem as forças, quando chegados a porta da entrada, Edifício consultas externa 3, onde existe uma entrada "circulatória e outra com uma porta para pessoas com pouca mobilidade, que estava fechada. Bati, para que o segurança nos podesse ver e abrir. O senhor segurança apenas me faz um sinal brusco e apontou para a porta circulatória... Reagi e apontei para o meu pai e disse :"não vê que está limitado fisicamente?"
Se levasse o meu pai por aquela porta estava sujeito a cair e o senhor segurança estava ainda a dificultar o nosso trajeto..
Ele lá abriu a porta e disse" não vê que este aceso é apenas para pessoas limitadas fisicamente e para cadeiras de rodas! "
Eu muito estubefacta respondi: é difícil ver que o meu pai mal se segura em pé? E que não têm aqui neste momento cadeiras de rodas disponíveis!?
Apenas me respondeu :" Cale se maze não vem para aqui dar ordens... pouco barulho... Andamento"!!!
Mas o que vem a ser isto, meus senhores!?
Qual o papel de um segurança, e ainda pior a frente de uma instituição de saúde!??
Acomodei o meu pai logo numa cadeira à entrada e dirigi me ao segurança e questionei o sobre a sua função naquele local, virou me as costas, perguntei lhe então pela sua identificação : sem se virar para mim respondeu me :" é polícia!? Não sendo não tenho que lhe dar a minha identificação". Como se recusou, coloquei me à sua frente para poder ver o cartão profissional, de forma repentina colocou as duas mãos sobre o cartão impedindo que eu o visse e retirasse o numero do cartão!
E eu: como? Foi isso que o senhor aprendeu aquando da formação? Caso não saiba o senhor tem de ter a identificação visível a qualquer pessoa e não só aos órgãos polícias!
Questiono me o que o senhor segurança terá aprendido na formação e pior entristece me esta falta de sensibilidade e acima de tudo profissionalismo.
No momento da ocorrência não pedi o livro de reclamações apenas porque o meu pai além de doente oncológico é cardíaco e evitei ao máximo que ele se apercebesse do que se estava a passar.
É de lamentar este tipo de situações e é mesmo triste, para além de tudo o que os doentes estão a viver ainda serem submetidos a estes tratos por pessoas mal formadas ( talvez ja de berço).
Gostaria de ter a identificação do segurança e que o mesmo fosse repreendido.
Numa futura deslocação ao hospital, que infelizmente já será breve, espero não ter de passar novamente por esta situação. Não hesitarei em registar a ocorrência no livro de reclamações ou até mesmo chamar as autoridades ao local.
Relembro que o meu pai é doente oncológico (e cardíaco) com uma incapacidade Multiuso de 80%.
Aguardo respeitosamente resposta a esta minha reclamação.
Atentamente,
Manuela Marinho
Data de ocorrência: 23 de agosto 2022
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