Sou responsável pela manutenção da residência de familiar, na Freguesia de Arroios.
Nessa residência são recebidas mensalmente as facturas relativas ao fornecimento de luz, água, gás, etc. Como é comum em qualquer residência.
No passado mês de Novembro faltou a factura do gás. E só o facto de me manter atento a estas pequenas rotinas me permitiu entrar atempadamente em contacto com a empresa fornecedora, saber que efectivamente a factura já havia sido emitida, e efectuar o pagamento dentro do prazo. Por umas poucas horas livrei a família da penalização pelo pagamento fora de prazo.
Como já há meses havíamos passado por processo semelhante (desta feita com uma factura da electricidade), tentei entrar em contacto com os vizinhos desse meu familiar para saber se estas faltas eram habituais.
Fiquei a saber que sim. Demasiado habituais. Demasiado rotineiras. Os cenários descritos são de cartas colocadas nas caixas erradas. Pelo que após a passagem do carteiro os vizinhos procedem a uma "troca de correspondência" entre si! Cartas que vão parar a prédios do lado, que depois virão a aparecer com um "Nº 33!" escrito, como que a alertar o carteiro para o facto de ter errado o prédio... Correspondência rasgada e aberta (alguns só se apercebem demasiado tarde que acabam de receber correio alheio).
E este é o cenário mais tranquilo. Aquele em que os vizinhos se respeitam e perante uma carta extraviada que surge na sua caixa de correio, se preocupam em fazer chegá-la ao destino. Outras, pura e simplesmente, não chegam de todo... Como foi agora a carta da companhia do gás remetida ao meu familiar. E com as desagradáveis consequências que isso pode trazer.
Como é que isto se explica?! Falo de cartas emitidas por entidades que utilizam métodos automáticos e claros de emissão de documentos. Não de cartas manuscritas, de leitura difícil. O prédio em questão (como o resto da rua), tem os números bem assinalados. As caixas do correio correctamente indicadas. O que é que pode estar a correr mal? Apenas vejo uma resposta: o desempenho de algum (ou alguns) carteiro(s).
Todos estamos perfeitamente cientes da dureza da profissão. E do reconhecimento social que merece e nem sempre (ou nunca) é dado.
Mas haja consciência da responsabilidade exigida. Das consequências que advêm do extravio de correspondência. Dos prejuízos. Dos incómodos provocados.
Em suma: Senhores! Vejam o que se passa com o(s) carteiro(s) que exercem funções nas freguesias de Arroios/Penha de França.
Joaquim Silva
PS - O meu sincero obrigado para todos os profissionais dos CTT que executam exemplarmente o seu trabalho. Cliente que sou há décadas, tenho mais motivos de agradecimentos que de reclamações. Mas esta tinha que ser feita, visto que alguém aí está a destoar de um conjunto de funcionários excelentes.
Data de ocorrência: 5 de dezembro 2019
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