CTT - Novo Procedimento para Desalfandegamento: Vamos lá ter brio profissional...

Caros Senhores,

Parece-me não ser necessário informá-los de que o novo procedimento para desalfandegamento de encomendas adotado a partir de 2017.06.01 NÃO FUNCIONA:
1) Os avisos para desalfandegamento são emitidos muito depois da sua receção internacional;
2) Na maioria das vezes, o campo ‘Conteúdo’ do aviso para desalfandegamento vem em branco, não permitindo ao cliente/cidadão reconhecer o objeto em questão;
3) A caixa de correio eletrónico disponibilizada para receber os documentos necessários ao desalfandegamento está muitas vezes cheia, de tal forma que a mensagem enviada volta ao cliente/cidadão;
4) A fatura do objeto parece ter menos importância do que um ‘print screen’ da compra realizada, pois é este o documento solicitado após ter sido enviada a fatura;
5) O Serviço perdeu o rosto: o único canal de comunicação disponível ao cliente/cidadão para entrar em contato com o Serviço de desalfandegamento é impessoal e pouco eficaz, pois as mensagens de e-mail são lidas ‘na diagonal’ e as respostas obtidas, apesar de muito cordiais, são padronizadas e falham em dar resposta aos problemas expostos. Por telefone, não se consegue resolver coisa alguma, remetendo o cliente/cidadão para o e-mail ou para o apartado.
6) É demasiado o tempo entre o envio da documentação necessária ao desalfandegamento e a sua análise/resposta/desalfandegamento.
7) Por vezes, são emitidos avisos para desalfandegamento de objetos cuja procedência é país da União Europeia (Netherland);
8) Duvido que o inquérito de satisfação que tem sido enviado aos clientes/cidadãos afira seja o que for, não passando de uma obrigação burocrática ou de um instrumento para argumentar que ‘está tudo bem com os Serviços’.
Pretendo dar a conhecer o que, especificamente a mim, vem acontecendo:
Compro, muitas vezes, artigos em sites da Internet (sobretudo no eBay), cuja entidade comercial está sediada no oriente. Algumas encomendas não são registadas na origem, devido ao seu baixo custo. Ao chegar em Portugal, é-lhe atribuído um número de registo (GF……PT). O aviso para desalfandegamento não refere o seu conteúdo. É-me impossível identificar o objeto em questão, visto não ter sido aquela a única compra realizada na mesma época. Quando solicito, por e-mail, que me facultem uma descrição sucinta da encomenda, recebo a seguinte resposta:
‘Informamos que os CTT não efetuam a abertura das embalagens e, por isso, não nos é possível obter mais informações que aquelas apresentadas no Aviso de Desalfandegamento.
Sugerimos o envio da documentação que lhe parecer mais adequada, referente a compras que tenha efetuado, ou objetos que esteja a aguardar provenientes de países estrangeiros.
A documentação deverá ser enviada o mais rapidamente possível sob pena do seu objeto ser devolvido ao remetente.
Ficamos a aguardar a documentação solicitada.’
Quando me desloco à estação dos correios para resolver a questão, informam-me que não existe forma de contatar pessoa alguma…
Tenham paciência: passem a mostrar a cara e a ter orgulho do que fazem.

Cara Sr.ª Tatiana Carina

Os problemas que descrevo não poderão ser resolvidos através do envio de mensagens pré-formatadas, como a que teve a amabilidade de me enviar, visto serem problemas da concepção do procedimento, que não funciona. Apesar de existirem situações específicas, para as quais os dados que me pede até poderiam desencadear um trabalho de averiguação, o grande problema a ser resolvido é estrutural e, a meu ver, o que foi escrito na reclamação já esgota o necessário para que os seus superiores (presumo que haja alguém com poder de decisão hierarquicamente superior à senhora) fiquem a saber que o procedimento que criaram não funciona.

Os recursos de que o cliente/cidadão dispõe para apresentar uma queixa (livro de reclamações, provedoria de justiça, Bispo etc) parecem não ser eficazes. A reclamação a que se refere este comentário já foi apresentada no livro de reclamações e a resposta obtida foi tristemente insatisfatória. Falei de alhos e responderam-me bugalhos.

Apresentei a queixa neste portal por ter a oportunidade de publicitá-la nas redes sociais, assim como vou fazer com outra queixa, que se debruça sobre o número 7 desta primeira, cuja resposta no livro de reclamações foi igualmente despropositada.

Cumprimentos,

José Carvalho Santos