Em 2019, adquiri uma máquina de secar roupa da marca Bosch, na Rádio Popular.
Após alguma insistência por parte do colaborador, decidi efetuar uma "extensão" do seguro por mais um ano. Ou seja, até outubro de 2022, ainda tenho o equipamento coberto pelo seguro.
No início do ano, tentei ativar o seguro da Domestic & General, uma vez que o equipamento apresentava um problema: as dobradiças da porta são de plástico e com o uso frequente começaram a deteriorar-se. Conclusão: a porta não fechava corretamente. Decidi contactar a D&G que prontamente enviou um técnico "externo" da Bosch a minha casa para analisar o sinistro. O técnico referiu no próprio dia (verbalmente) que o problema iria ser resolvido pois tratava-se de desgaste do equipamento (coberto pelo seguro). Uns dias depois, o departamento da assistência técnica da Bosch, enviou um e-mail com o orçamento e a causa do problema: dano por ruptura, sendo portanto considerada uma avaria mecânica (incluindo desgaste por uso), coberta pelas condições do seguro.
Alguns dias depois, recebi um e-mail da assistência técnica da Bosch a indicar que o equipamento tinha sido reparado (imagine-se, sem ter saído da minha casa) e terminava com um questionário a perguntar como tinha sido a minha experiência.
Após os ter abordado, prontamente pediram desculpa, pois tinham enviado aquela mensagem por lapso.
Aguardei alguns dias e mais tarde recebi a resposta por parte da D&G. A seguradora não assumia a responsabilidade e decidiu declinar a ativação do seguro, salientando que se tratou de um dado causado por mau uso/dano acidental.
Não me conformei e decidi responder para o departamento de reclamações com alguns argumentos.
Foi-me uma enviada uma resposta novamente, declinando ativação do seguro para o sinistro.
Decidi recorrer para o Provedor do Cliente da D&G, o qual após algumas semanas de troca de mensagens, me veio a dar razão (abril de 2022), enviando uma mensagem de recomendação para mim e para a empresa em causa, referindo que a D&G certamente me iria contactar. No entanto, também sugeriram que eu próprio contactasse a D&G, no sentido de tentar saber o ponto de situação, o que eu acabei por fazer, passados uns dias.
Transcrevo excerto da recomendação: "... este Provedor de Cliente entende que, contrariamente ao que fez a D&G, não se pode retirar daquele relatório a conclusão simples e certa de que estamos perante um dano excluído da coberta da apólice.
Acresce que, também não se alcança de onde provém a descrição “dano por ruptura” constante
da decisão proferida pela D&G, descrição essa que é inexistente no relatório técnico.
Nessa medida, a recomendação deste Provedor do Cliente é no sentido da alteração da decisão
emitida pela D&G, devendo admitir-se, pela existência de uma dúvida verosímil e plausível, a
verificação de uma “avaria mecânica”, a qual se encontra abrangida pela apólice do contrato de
seguro. Consequentemente, a reparação do equipamento deve ser suportada pela D&G ao
abrigo do seguro contratado."
Até ao momento, a D&G não se dignou a responder às minhas mensagens nem a resolver o sinistro.
O Provedor do Cliente da D&G indicou que a sua intervenção cessou com a referida recomendação.
Ou seja, a razão está do meu lado mas não me serve de nada. A D&G pode muito bem ignorar a recomendação do Provedor do Cliente e as minhas mensagens, e tudo fica na mesma. Entretanto, o equipamento foi-se deteriorando ainda mais.
Resta saber para que servem as extensões de seguros...
Entretanto, outros consumidores continuam a pagar seguros que não servem de nada. Quando precisarem deles, empresas como a D&G vão alegar mau uso e danos acidentais.
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 22 de fevereiro 2022
Esta reclamação ficará ativa até a marca se dignar a resolver o problema.
Esta reclamação ficará ativa até a marca se dignar a resolver o problema.
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