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Domus Vitae - Ausência de informação

Sem resolução
Maria Mendonça
Maria Mendonça apresentou a reclamação
1 de outubro 2018

O meu pai, 89 anos de idade, deu entrada no lar Domus Aeminium a 24 de julho de 2017, na localidade de Lordemão, Coimbra. A escolha recaiu por uma necessidade premente na medida em que eu, filha estava numa situação de desespero com a mãe internada, o pai estava em casa, bem como a proximidade a Coimbra, local onde residimos. Após entrevista no lar com a suposta assistente social, prontamente me disse que arranjariam vaga. Pedi, no entanto, se seria possível que a sua entrada no lar fosse feita só após a saída da minha mãe do hospital. Ficou tudo acordado, fui então contatada na semana em que a minha mãe saiu, para confirmar entrada definitiva.
No dia marcado, levei o meu pai para a referida instituição. Foi feita a entrevista com uma Sr.ª Enfermeira e a Psicóloga da referida instituição. Novamente foi repetida toda a história de saúde do meu pai. Foram entregues relatórios de análises clinicas recentes e de consulta de Neurologia com a medicação reavaliada, recomendando que fizesse fisioterapia, pois estava muito parado. Segundo a médica de família a situação do meu pai era estável. Entreguei a medicação toda que o meu pai fazia devidamente registada. Li e assinei sozinha o contrato apresentado pois, a outra parte não assinou nem estava ninguém para o fazer. Ressalvo que até ao dia de hoje do contrato apresentado pela instituição e por mim assinado, não me foi entregue qualquer cópia do mesmo, apesar da minha insistência nesse pedido.
De imediato, no momento da assinatura, paguei a reserva da vaga (supostamente feita à data da primeira entrevista), tendo apenas conseguido o recibo porque, por acaso, quando efetuava o pagamento da última mensalidade referi que nem sequer o recibo da reserva me havia sido facultado.
O meu pai manteve-se no lar com algumas oscilações a nível de cuidados de assistência. Apesar de vários alertas da fragilidade em que o paciente em causa se encontrava (e que à data eram registados pela(s) responsáveis (enfermeiras)) por diversas vezes feitos (e.g. uso de meias, uso de camisas interiores, auxilio na alimentação/refeições, insistência para a ingestão de água,...) vezes sem conta deparei-me com situações contrárias às minhas instruções, inclusive a própria higiene oral tinha de ser por mim praticada sempre que o visitava dado o estado “sujo” em que a boca se encontrava. A todos estes reparos, no dia 8 de setembro, quando lhe colocava creme nas pernas deparei-me com dois ferimentos no joelho direito, um deles com penso. Nada me foi transmitido, e ninguém me soube dar qualquer tipo de explicação para os mesmos. O decaimento era visível e a prostração cada vez maior. Em vários momentos que o visitei pediu-me que o tirasse de lá (quando ele deu entrada no lar, disse ao meu pai que ia para uma clínica para fazer fisioterapia e recuperar alguma mobilidade).
No dia 9 de setembro de 2017, o meu irmão deu com ele totalmente prostrado e sem reação. Quando tentou abrir-lhe as pálpebras os olhos estavam “revirados”. Chamaram de imediato ajuda, mediram-lhe a glicémia que estava elevada. Tentaram minimizar a situação com insulina rápida. No dia seguinte, dia 10 de setembro às 12h telefona-me a Enfermeira de serviço do lar a informar que o meu pai iria seguir no Inem para o hospital pois continuava a fazer hipoglicémias e não estavam a conseguir controla-las. A ambulância chegou ao hospital por volta das 13h da tarde local onde eu já me encontrava. O meu pai deu entrada em coma hiperglicémico, desidratadíssimo e com os rins “lastimáveis” segundo informação médica ao fim do dia.
Ficou internado no serviço de endocrinologia dos HUC, piso 6, acamado com colchão anti-escaras, dado o estado de pré-coma em que se encontrava – estado extremo de desidratação e hiperglicémico. A reversão da situação foi lenta mas felizmente conseguiu recuperar. Voltou a falar, estava mais acordado, conhecia-nos e apresentava algum discurso coerente. No dia 18 de setembro de 2017, às 12:30h recebo uma chamada do hospital a dizer que o meu pai iria ter alta. Questionei se o lar já tinha sido avisado ao que me responderam afirmativamente. Ligue de imediato para o lar e informei que quem trataria do transporte para o mesmo seria eu, a filha e sem qualquer resposta desligaram-me o telefone na cara. Nesse dia consegui ir à hora de jantar, assistindo ao mesmo. Para meu espanto, a um paciente que vinha com alimentação pastosa, estava a ser ministrado arroz de tomate com douradinhos (???)
Questiono-me como foi possível a um doente acabado de chegar do hospital, que esteve a comida pastosa e que levou a mesma indicação do lar no dia em que deu entrada no serviço de urgência a administração uma refeição de douradinhos e arroz de tomate???? Quem são estas pessoas que estão a receber “horrores” de mensalidades, que mentem descaradamente nos documentos que remetem para o hospital bem como os omitem à família??? Como é que um doente que esteve acamado uma semana inteira, no dia seguinte a ter regressado ao lar, esteve o dia inteiro sentado na cadeira de rodas queixando-se para a filha e para uma neta que “está muito doente”???? Quem são estes cuidadores desumanos sem dó nem piedade, e pior que tudo sem qualquer tipo de preparação profissional???? Onde está a responsabilidade destas instituições e dos responsáveis que afinal não passam de irresponsáveis que chamam a si o encargo de serem cuidadores de quem precisa???
O meu pai faleceu dois dias depois, segundo o óbito do médico do lar, por paragem cardio-respiratória!
O meu Pai entrou de cadeira de rodas e 60 dias depois saiu numa urna de transporte.
Tudo isto é muito estranho e dá aso a muitas questões de ética quer a nível médico, a nível de gestão, nutricionista e de supostos cuidadores por que se tomam certas pessoas.
De referir que o meu pai viu-lhe suspensa a toma da insulina no lar (ninguém me informou quem assumiu essa responsabilidade) e que dias depois deu entrada nas urgências dos HUC em estado hiperglicémico, de pré-coma. Após esse internamento regressou com indicação de toma novamente de insulina, 8 unidades ao dia. Ainda durante o período de internamento, solicitei ao lar oralmente e por escrito os documentos de registo de todas as medições de insulina, das ementas que foram administradas ao meu pai e quem foi o responsável pela suspensão da toma de insulina e motivo por que o fez.
É lamentável que segundo a médica de família, um doente que era considerado estável tenha tido um desenlace tão rápido...... e esquisito. Como é que suspendem a insulina a um doente que a faz há mais de três anos e ainda fazem reforço alimentar????
...(a sopa tinha carne triturada e posso confirmar pois presenciei), acompanhando com banana...uma pessoa diabética. ?????

Agradecia se possível que me informassem se tenho ou não direito a uma cópia do “famoso” contrato que assinei a 24 Julho 2017, do qual apenas possuo “memória” visual, bem como esclarecimento das situações reportadas e à carta registada, enviada por advogado a qual não se dignaram a assinar para ser levantada.

Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 1 de outubro 2018
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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