SU ELETRICIDADE - Cobrança de valores indevidos

Exmos. Senhores,

No passado dia 11 de março vendi a minha propriedade onde se encontrava o contrato em apreço. Posteriormente entrei em contacto com os vossos serviços via telefone que me informaram não ser possível pedir o cancelamento do contrato de qualquer outra forma que não fosse a presencial (no balcões das lojas). Retorqui com a impossibilidade de o fazer devido à pandemia e por ser de um grupo de risco, pedindo uma solução alternativa, o email por exemplo. Disseram-me não ser possível e que teria mesmo que conseguir à loja, instalações que entretanto encerraram devido ao estado de emergência.
A EDP SU Eletricidade NÃO arranjou uma alternativa para a efectivação do meu pedido até dia 05/06/2020, dia em que fui contactada pelos vossos serviços pela terceira vez para que procedesse ao pagamento das faturas de abril e maio, pois que na impossibilidade de pedir o cancelamento do contrato vi-me na contingência de cancelar o procedimento de débito direto com o qual era liquidada a fatura mensal de conta certa.
Nos momentos em que falei com os vossos serviços sempre me foi dito que só presencialmente poderia fazê-lo e hoje a vossa funcionária informa-me que também o poderia ter feito por carta(???? estado de emergência) e agora EXCEPCIONALMENTE por email. Nunca antes me foram dadas essas hipóteses.
Só no dia 05/06 me foi possível proceder ao pedido de cancelamento do contrato, com data a 12 de março de 2020 inclusive, pois a partir dessa altura já não era a proprietária nem consumidora dos vossos serviços no local. A factura de março até foi paga na íntegra, por isso ainda estão a ganhar alguns dias.
Face ao exposto, considero não haver lugar ao pagamento de qualquer custo inerente a esta situação pois não me foi dada qualquer alternativa para resolver o problema e não me cabe a mim arranjar soluções de desempenho e apoio ao cliente para as empresas prestadoras de serviços.
Desde essa data que venho a ser confrontada com telefonemas mais ou menos de coação para o pagamento e a última forma de pressão de que fui alvo, é uma carta do Dr. Rui Jaime Fernandes a solicitar o pagamento do valor de uma fatura que para além de valores de consumo que eu NÃO fiz, já tem juros de mora.
Sinto-me desrespeitada em todos os aspectos. Vendi uma propriedade, tentei cancelar um contrato e ainda me penalizam por ter feito tudo bem excepto não arranjar uma solução para o problema que a EDP SU Eletricidade arranjou. Provavelmente também teria que arranjar uma forma de entrar nas vossas instalações em pleno estado de emergência no meio de uma pandemia.
Esta situação já foi objeto de uma reclamação com o n.º 501437741527.
Mais uma vez, solicito que este meu esclarecimento seja tomado em consideração na vossa análise à situação e que seja atendida a minha pretensão e a justiça reposta. Não tenho qualquer dívida à Su Edp. Não utilizei os seus serviços nem efetuei qualquer consumo indevidamente.


Na expectativa da boa recepção deste meu pedido,

Subscrevo-me com consideração
Deolinda Flor

Caros Senhores,

A explicação que me foi enviada via email para justificar a vossa insistência no pagamento de um valor que eu NÃO devo, falta à verdade.
Afirmam que me foi dado conhecimento da alternativa para o cancelamento do contrato via email como alternativa excepcional devido à pandemia o que NÃO É VERDADE... REPITO NÃO, NÃO É VERDADE. Só no dia 05 de junho me foi dada essa alternativa em conversa telefónica com o apoio ao cliente.
Tendo eu entrado em contacto convosco para cancelar o contrato no dia 17 de março como é do vosso conhecimento se quiserem aceder à gravação PODEM CONFIRMAR a veracidade das minhas afirmações.
Face a esta incompetência dos vossos serviços recuso-me a ser penalizada por uma situação que NÃO fui eu que criei.
Mais uma vez relembro que NÃO consumi qualquer energia ou usei serviço vosso desde 11 de março, nem tão pouco tive acesso ao imóvel. Foi uma falha vossa NÃO minha. Basta de tanta injustiça. Eu sou uma pessoa de risco porque tenho problemas de saúde coronários. A vossa insistência e injustiça nesta situação está a trazer-me problemas vários. Também isto expliquei aos vossos colaboradores nos diversos contactos telefónicos e nem mesmo assim me apresentaram a alternativa do email senão eu tinha-o feito como fiz quando fui informada. Se preciso for apresento uma declaração médica do meu estado de saúde, porque para além do estado de emergência eu NÃO podia sair de casa. Tenho que continuar a ser penalizada e defraudada em mais 56 € quando a responsabilidade desta situação foi vossa?
Há limites para tudo, espero que os reconheçam e façam justiça. A Culpa não foi minha.

Cumprimentos
Deolinda Flor