Em 2015-10-08 foi celebrado um contrato com a EDP Comercial que, em princípio, deveria contemplar apenas o fornecimento de eletricidade. Todavia, o contrato veio a contemplar o produto Fatura Segura, produto esse "vendido" a uma cliente com mais de 70 anos, reformada, solteira, que mal sabe ler e escrever, configurando esta oferta, claramente, uma "venda abusiva", na medida em que o risco principal coberto pela apólice é a possibilidade do desemprego.
Para completar o painel, no passado dia 22 de fevereiro, a cliente apresentou-se num agente para solicitar a alteração da faturação de bimestral para mensal e, constata-se agora que o novo contrato (160800912047 impresso em 2018-03-22), inclui, além do Fatura Segura, também o Funciona.
Ora, para quem habira em condições altamente degradadas, numa casa sómente com cozinha e quarto, sem água canalizada nem esgotos no interior (o ponto de água, o esgoto e as instalações sanitárias estão num pequeno logradouro anexo à casa), com gás de botija e os eletrodomésticos básicos, faz todo o sentido subscrever o Funciona!!!.
Só a febril necessidade de apresentar resultados junto da entidade patronal justifica um comportamento destes da parte dos representantes da EDP Comercial.
Uma empresa como a EDP Comercial deveria acautelar procedimentos menos humanizados, visando apenas e só o lucro, sem o mínimo de preocupações socias para com os mais desfavorecidos que, como é o caso, vivem de reformas miseráveis, para os quais, qualquer gasto para além dos minímos necessários à sobrevivência, são dispensáveis e altamente penalizadores dos exíguos rendimentos (inclusivamente, da parte da empresa fornecedora, não ficaria nada mal se optasse por esclarecer este tipo de clientes sobre a Tarifa Social, em vez de lhe oferecer produtos que não fazem qualquer sentido).
Face ao exposto, e considerando que estamos em presença duma venda claramente abusiva, espera-se da parte da EDP Comercial uma revisão deste contrato.
A reclamação não foi aceita pela EDP, pelo facto do subscritor o estar a fazer em nome de terceiros, não tendo procuração para tal. E assim, a EDP deu a reclamação como concluída.
Voltaria a fazer negócio? Não
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