Escola de Condução Boavista
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Escola de Condução Boavista - Mau comportamento e discriminação por parte dos instrutores

Sem resolução
Joaquim Fernando Veiga Ribeiro Martins
Joaquim Martins apresentou a reclamação
21 de outubro 2017

ESCOLA DE CONDUÇÃO DA BOAVISTA - PORTO
Avenida da Boavista 579
4100 - 127
Porto


Maia, 15 de Outubro de 2017.



Caros Senhores!

Nesta carta descrevo um pouco da minha experiência na vossa Escola de Condução com dois dos vossos instrutores, que eu assumo estarem devidamente qualificados para realizarem o trabalho de instrução de condução de veículos automóveis mas que, na minha opinião e sobretudo pela experiência revoltante que eu tive me parecem carecer da devida formação moral e intelectual para ensinarem e lidarem com seres humanos no decurso do seu trabalho e, ainda mais me parece, no dia-a-dia da vida.
A minha experiência com dois de três instrutores que me foram disponibilizados pela escola - digo três porque o primeiro esteve de férias em Agosto, o segundo, que o veio substituir, esteve de férias em Setembro e o terceiro que o substituiu em duas aulas também em Setembro - foi algo de irreal, quase saído de um pesadelo. O primeiro instrutor, cujo nome não vou aqui referir porque considero que a Gerência da escola é a única responsável pelo seu comportamento aberrante, foi, em todas as aulas que tivemos, que começavam sempre com um telefonema que ele fazia para alguém, uma pessoa extremamente agressiva verbalmente, temperamental, incompetente e disposto a humilhar e a caluniar o aluno no ambiente exíguo de um automóvel. Além de estar constantemente a berrar também fazia travagens bruscas e arrancava-me o volante das mãos mesmo em situações de trânsito intenso como era usual encontrar na Avenida da Boavista. Numa das aulas ameaçou-me três vezes dizendo que caso eu tivesse um acidente ele diria que eu teria desobedecido a uma ordem dada por dele e, assim, seria eu o único responsável pelos danos causados nas viaturas envolvidas. Repetiu esta ameaça três vezes! Tanto este instrutor como o que o substituiu são pessoas que não toleram qualquer tipo de intervenção por parte do aluno, interpretando qualquer coisa que se diga, mesmo numa ligeira conversa informal, como um ataque à sua autoridade dentro do carro ou à sua sabedoria. São pessoas que se alheiam completamente de qualquer responsabilidade pelos maus resultados que um aluno possa ter. O primeiro instrutor chegou a dizer-me várias vezes: "Eu digo o que tem de fazer e você aprende ou não quer aprender!" ou " Vocês chumbam uma, duas, três, quatro vezes e quando a despesa começar a doer vocês passam!" ou " Lidar com seres humanos é muito difícil e só aprendem quando lhes pesa na carteira!". Estes e outros comentários misturados com uma verbalização agressiva e uma postura cínica e arrogante mostra que, especialmente este instrutor, não tem absolutamente receio de qualquer tipo de queixa que os alunos façam. Ele está habituado a trabalhar desta forma com impunidade. Parece-me que, por muito bem que alguém conduza, se temos do nosso lado direito alguém que nos humilha, ameaça, berra por tudo e por nada, que faz troça dos nossos erros em vez de ensinar e criar um ambiente calmo para a aprendizagem, nunca iremos manter um estado mental que permita uma condução segura. Pessoas como ele não criam ligações com os alunos mas antes criam obstáculos que não se podem transpor. Outra situação que me é extremamente desconcertante é o comportamento de todos os instrutores nos intervalos das aulas. Juntam-se numa roda e troçam abertamente dos erros que tal e tal aluno cometeram e riem abertamente como se fosse um comportamento digno de quem está num trabalho tão importante como aquele.

O segundo instrutor que eu tive, que fui forçado a ter devido às férias do primeiro, é mais idoso mas tem os mesmos hábitos. Durante a aula parece que vai a morrer, dá as instruções num tom de voz muito baixo, não admite qualquer tipo de conversa e, por incrível que pareça, também não ensina nada. Limita-se a dizer por onde devo ir - o que eu ouço com muita dificuldade porque ele fala sempre num tom de voz muito baixo e nunca diz completamente o que realmente quer como se o aluno tivesse de ser telepata para lhe ler os pensamentos - e também não tem um grão de paciência para qualquer tipo de erro que se cometa. Na primeira aula que tive com ele reparei no painel de instrumentos que, sempre que o carro estava parado, um pequeno "A" entre ( ) piscava. Perguntei-lhe o que significava porque não conhecia aquela sinalética. A resposta foi literalmente esta: " Não é nada que lhe interesse!". Todas as suas respostas foram sempre neste tom seco e rude. Para quem lê isto pode parecer pouco mas, dentro de um carro em instrução de condução e a acontecer sucessivamente, acaba por transformar o ambiente em algo de muito desconfortável e até agressivo. O único instrutor que realmente levou o seu trabalho a sério e ensinava condução foi o terceiro que eu tive durante duas aulas, infelizmente. Se tivesse tido este instrutor desde o início certamente já teria a carta de condução. Este comportamento por parte dos instrutores parece-me ser algo que poderíamos chamar "a política da casa". Há outros casos de alunos que se queixam mas não se queixam na escola ou noutros meios e simplesmente mudam de escola suportando a carga financeira que isso implica.
De estes dois instrutores nunca lhes ouvi um palavrão, um insulto mas a forma como lidaram comigo, o uso de uma linguagem sarcástica destinada a humilhar e a culpabilizar o aluno e até para o desorientar de uma forma que eu não posso descrever senão como propositada, os comentários trocistas, a imposição da sua autoridade dentro do carro usando uma verbalização agressiva e, por várias vezes, violenta, foi o suficiente para me deixar incapaz de reagir devido ao insólito da situação. Eu nunca esperei encontrar este tipo de comportamento que não tem outro nome senão o de comportamento de rufia.

Além do espírito de desculpabilização perante os insucessos dos alunos - os alunos é que chumbam e a culpa é deles porque não se aplicam, não respeitam aquilo que os instrutores lhes dizem e apenas quando a carga financeira é muita, aí aprendem e passam - há também um espírito de segregação social dando a certos alunos que pertencem a determinados meios sociais vantagens e tratando com os pés outros que pertencem a meios sociais que, naquelas cabeças racistas, não são merecedoras de um tratamento adequado.

Eu acredito que para quem lê este relato, que podia ser muito mais longo, tudo pode parecer produto de uma mente mais sensível, não tão habituada a estes meios, etc. Na realidade eu tenho 44 anos de idade, sou Doutorado em Química, dou aulas na Faculdade de Ciências do Porto e trabalho há mais de treze anos em investigação na área dos Polímeros. Sei o que é dar aulas; sei o que é lidar com alunos difíceis e já tenho uma experiência de vida que me permite distinguir os diferentes tons que a coexistência humana pode adquirir. Eu não estava à espera de, em aulas de condução, com um carro nas mãos, ser-me dito que “nunca iria conseguir tirar a carta” , que “tinha muito jeito para conduzir mas que não o aproveitava e nunca iria a lado algum” , “que seria impossível alguma vez eu conduzir um carro” , “que parecia uma pessoa muito educada e simpática mas que era na realidade do mais reles que havia assim que pegava num carro” e muito mais sempre dito aos berros em longos sermões enquanto eu conduzia. Se alguém se acha capaz de conduzir nestas condições…

Tenham em consideração que escrevo esta carta em primeiro lugar para a Escola de Condução e que estou disponível para explicar à Gerência os detalhes desta experiência. No entanto podem estar certos de que vou dirigir-me às autoridades competentes e expor esta situação para que seja feita uma avaliação dos vossos instrutores pois, pelo menos dois, são absolutamente incompetentes para fazerem o trabalho de instrutor de condução. E se mais ninguém tem queixas deles talvez aconteça por cobardia pessoal dos alunos ou então ambos os instrutores acharam que eu seria um saco de pancada ideal.


Cumprimentos!

Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 21 de outubro 2017
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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