Sábado, dia 21 de maio de 2016, entrei no LeiriaShopping para passear um pouco em família. Quando subi o tapete rolante que dá acesso do piso -1 ao piso 0, combinei com o meu marido que ele e o meu pai ficariam com o meu filho de 3 anos e meio a brincar um bocadinho no Playground enquanto eu e a minha mãe íamos ao W.C.
Passaram talvez 5min. da nossa entrada no LeiriaShopping, quando vem o meu pai ao meu encontro ao W.C. dizer-me que o meu filho se tinha cortado no parque infantil (Playground) e que tinha de ir ao hospital.
Corri de imediato para o tapete rolante, pensando que o meu marido já havida descido até ao carro com o meu filho, as pessoas começam a desviar-se para eu passar e há uma senhora que grita do fundo do tapete: “o menino está com o pai na Parafarmácia em frente ao Playground.”
Corri para o que afinal não é uma Parafarmácia, mas sim uma Farmácia e encontro o meu filho ao colo do pai, com o rosto ensanguentado, bem como as mãos do pai, que com umas toalhitas de papel reciclado de limpar as mãos no W.C (que segundo parece incluem um ácido na sua composição), pressionava sobre o ferimento. Vi que o meu marido estava sozinho, sem qualquer farmacêutico a prestar-lhe auxílio.
É lamentável entrar numa farmácia com uma criança de 3 anos ensanguentada, pedir ajuda (auxilio) e não haver um farmacêutico para ajudar a estancar o sangue (enquanto cidadão comum ou como profissional de saúde que deveria ser...) ou pelo menos para me informar que é procedimento interno contactar a Central de Seguranças e reportar pedido de auxilio para se prestarem primeiros socorros no local.
Nada! Nada foi feito!...
Pergunto, eu enquanto cidadão comum tenho como dever de solidariedade e de conduta ético moral prestar auxílio se vir um acidentado na estrada, e um farmacêutico, considerado à partida um profissional de saúde, pode violar o art.º 200 do Código Penal (Omissão de Auxílio)?
Não houve uma compressa, uma gaze, um saco de gelo, nada, nem ninguém perto do meu filho para lhe prestar um primeiro auxílio antes de me deslocar ao hospital, após a entrada do meu marido na farmácia a pedir ajuda. Também ninguém nos informou se havia um posto de socorro dentro do Shopping (o que à partida deve ser obrigatório, num espaço daquela dimensão), nem como agir numa situação destas.
As lojas são obrigadas por lei a terem um Kit (bolsa de primeiros socorros), pergunto, onde estava o da Farmácia Maio, quando o meu marido pediu ajuda?
Que profissionais de saúde gerem a Farmácia Maio no LeiriaShopping, que vêm uma criança de 3 anos ferida e não são capazes de lhe prestar um primeiro socorro?
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