Passeio Temático Porto – Cultural – 22 e 23 de Setembro 2018
Este passeio foi no mínimo uma vergonha para uma Instituição com o conhecimento e experiência da Instituição Inatel.
Não conhecendo a cidade do Porto, e tendo disponibilidade muito limitada, ao ver a informação deste passeio achei interessante e uma forma de ter uma vista geral da cidade e dos pontos mais emblemáticos. Assim o demonstrava a propaganda á data em que contratei o passeio e que passo a transcrever.
“1ª dia – Partida em direção ao Porto. Panorâmica pela cidade, com passagem pelos principais pontos turísticos. Paragem junto á Sé Catedral para visita. Almoço em restaurante. De tarde, visita guiada ao Palácio da Bolsa. Após visita, continuação do passeio pedonal até aos Aliados Check-in em hotel em Matosinhos. ….Embarque em cruzeiro pelas 6 pontes com jantar bordo.
Não foi prestada qualquer informação sobre horários e apenas o da partida nos foi indicado aquando do pagamento final. 7 horas da manhã.
De Setúbal partimos antes da hora. Todos foram pontuais.
O primeiro percalço acontece em Santarém. O motorista não sai na auto-estrada e fizemos alguns Km até poder voltar atrás, recolher as pessoas e continuar.
Segundo percalço acontece em Coimbra. A mesma situação. Engano na saída, voltamos atrás, mais tempo perdido.
Em face deste atraso é-nos sugerido almoçar, visitar o Palácio da Bolsa e seguir directamente para Gaia para o passeio e jantar a bordo. Logicamente não foi aceite.
Com cerca de uma hora de atraso, a chegada prevista para as 12.30 acontece perto das 14 directamente para o restaurante, aqui ressalvo que o horário de almoço nos foi referido no início da viagem. Uma refeição que já aguardara mais que o tempo normal, comida á pressa, a maioria dos cafés tomados no corredor a caminho da saída.
Havia pressa para cumprir o horário de visita ao Palácio da Bolsa.
No percurso do Palácio da Bolsa para o hotel deveríamos, de acordo com o segundo programa, ter uma “vista panorâmica” de Matosinhos. A viagem foi rápida, por auto-estrada e com grandes chamadas de atenção para as horas, mais uma vez. Até ao momento todos tínhamos cumprido escrupulosamente e nenhum atraso tinha sido da nossa responsabilidade.
Refiro aqui segundo programa porque entretanto percebemos que o programa que serviu de base á nossa reserva tinha sido alterado. Já tinha sido eliminado a “vista panorâmica” do Porto e o passeio a pé.
A chegada ao cais de Gaia foi, segundo me pareceu, no horário que estava previsto. E para quê? Para passarmos 3 HORAS para trás e para a frente, de noite, num percurso debaixo das seis pontes. Algo que poderia ter sido reduzido permitindo assim o tal passeio a pé.
Segundo dia:
Mais uma vez muita pressão para nos despacharmos.
Tínhamos visita agendada á Fundação Serralves e não podia haver atrasos.
O passeio panorâmico prometido no dia anterior estava esquecido.
Chegámos á porta da Fundação às 9.20 para constatar que íamos esperar 40 minutos ao portão. Só abria às 10.
Finda a visita e o almoço que se seguiu deduzimos que a tarde livre mencionada no programa nos permitia alguma margem para ver algo mais.
Não foi assim.
A “guia” informa-nos (nem sabíamos qual o percurso seguinte) que não podíamos passar nos Aliados e que por isso iriamos parar próximo ao café Majestic, que iriamos a pé até lá espreitávamos pela janela e voltávamos por não haver tempo para mais.
Estava o Porto cultural visto.
Fica uma sensação de constante corrida, sem informação, os poucos pontos de interesse foram-me indicados por colegas de viagem. A guia raramente informa sobre os mesmos e, quando chamada á atenção mostrava-se incomodada.
No regresso a casa não houve enganos no caminho.
Ainda assim restavam-nos mais algumas surpresas. Ao aproximar de Lisboa a guia “sugere” vários locais de paragem para deixar os colegas de Lisboa em locais mais acessíveis. Chegados ao Colombo – ultima paragem de Lisboa – ouvimos no ar que teríamos uma paragem de meia hora, imperativos legais para o condutor que compreendemos.
O que não compreendemos é porque se é do conhecimento do Inatel que existem estes imperativos, não foram tomadas medidas para não prejudicar as pessoas que partiram de Setúbal e que foram as mais prejudicadas neste passeio. Não só pelas alterações verificadas no programa como nas impostas no percurso e maior tempo de viagem.
Somos informados em Lisboa que o programa não era exequível e daí os cortes nos passeios e que só com dois motoristas poderíamos fazer a viagem sem paragem e ainda (esta informação foi dada pelo motorista enquanto esperávamos passar a meia hora, a guia já tinha partido) que ele sugeriu fazer essa pausa de meia hora em Santarém em zona comercial e com sanitários mas foi a mesma recusada pelas pessoas de Lisboa que pretendiam chegar mais rápido a casa.
Queremos assim demonstrar o nosso total desagrado pela forma como fomos tratados pelo Inatel nesta visita demasiado cara para a qualidade da mesma.
O Inatel tem o dever moral de ressarcir estas pessoas porque:
Organizou um passeio que não era exequível mesmo com as alterações, segundo palavras da guia e que facilmente ficou comprovado.
Foi mal programado e mal preparado.
As pessoas foram enganadas, pagaram uma viagem de autocarro por um preço exorbitante, pouco mais tiveram que isso.
Deste passeio fica a pouca ou nenhuma vontade de repetir algo associado ao Inatel em passeios deste género.
Data de ocorrência: 26 de setembro 2018
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