Exmos. Senhores,
Venho por este meio reportar uma situação muito desagradável e vexante pela qual passei esta manhã, que passo a expor:
Dirigi-me, como habitualmente ao meu local de trabalho - Escola B/S Tenente-Coronel Adão Carrapatoso, de Vila Nova de Foz Côa (Guarda) e estacionei, como faço quotidianamente, em frente à escola. Quando sai do carro ouvi um apito estridente e olhei, na minha inocência, à minha volta. A alguma distância, perto dos semáforos e antes da passadeira que se encontra nas proximidades da escola, encontravam-se três guardas, estando um a olhar para mim e a gesticular. A custo tentei compreender se o apito me teria sido dirigido, bem como os gestos. Decidi, por precaução entrar, de novo, na minha viatura e procurar outro local para estacionar.
Ao entrar na escola, encontravam-se vários grupos de alunos, a rir-se divertidos da situação. Questionei-os acerca do motivo da proibição do estacionamento naquele local, não tendo conseguido obter esclarecimentos.
Mais tarde, em conversa, com algumas pessoas que tinham sido sujeitos ao mesmo tipo de procedimento, todos éramos unânimes, no desconhecimento do motivo pelo qual, se estaciona há muitos anos neste local e agora deixou de ser permitido. De alguns ouvi dizer que teriam falado como um dos agentes da autoridade e que este alegara “ordens superiores”, ouvi também a versão de que seria por ser via pública.
Não compreendo, se é uma via pública como é que uns metros atrás, antes da passadeira se pode estacionar? Se é por qualquer outro motivo, permaneço na ignorância… pese embora o facto de que não gosto de cometer infrações, se o fiz foi por desconhecimento e faço questão de compreender o motivo que justifica este tipo de procedimento.
Esta reclamação não tem como objetivo, por em causa a eventual infração cometida por todos os que estacionam em frente a este estabelecimento de ensino, mas questionar a atitude do agente da autoridade, que sem sequer se aproximar das pessoas e/ou tentar explicar o motivo da proibição, atuou de forma indevida. Por que motivo fui sujeita a ouvir um apito, de um agente que tão pouco se aproximou (ainda se encontrava a uns metros consideráveis) e/ou teve a delicadeza de explicar que não poderia estacionar naquele local? Não seria suposto exercer uma ação “educativa”/sensibilização, explicando às pessoas o motivo da infração, após tantos anos a cometê-la, por desconhecimento? Penso que não é a forma adequada de um agente da autoridade se comportar!
Refiro, ainda, que não me dirigi a qualquer dos agentes, dado que fiquei extremamente surpreendida com a ocorrência, tive que procurar outro lugar para estacionar e, ainda, em virtude de ter que ir trabalhar, todavia, gostava de ser esclarecida acerca dos motivos que deram origem ao assunto que expus.
Grata pela atenção ao assunto acima exposto, subscrevo-me, com os melhores cumprimentos,
Manuela Gomes
Data de ocorrência: 27 de novembro 2018
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.