Eu Joaquim transmito aqui a indignação do meu irmão partilhada por milhares de emigrantes que sempre se sentiram explorados pelo governo, e quando alguns regressam, ainda o nosso governo lhes retira as economias ganhas fora do nosso País e não tem em conta que durante dezenas de anos estes emigrantes ajudaram a desenvolver Porugal .
Amador Duarte Seco Pereira
rua Principal nº 1295
Moinhos de Carvide
2425-384
Assunto: Pedido de Isenção de
Imposto sobre Veículo matricula
estrangeira 963BXC78
Dossier fornecido pela Agência Matos
07-07-2010
Direcção-Geral das Alfandegas de Leiria
Exmo. Senhor: António Melo Director de Serviços
È com bastante tristeza que estou novamente a tentar fazer compreender:
Ao fim de 44 anos de emigração em França nunca beneficiei do imposto automóvel. Estava à espera do meu regresso definitivo para o desfrutar.
Vendi certos imóveis em França para investir, no nosso Portugal. Esta razão também contribuiu para a minha vinda cá muitas vezes. Nos primeiros anos tinha cá um procurador o qual me fazia o IRS. Ultimamente como já disse dividia a minha estadia cá e lá, evidentemente, aproveitei de ir cá ao medico, e era normal que estas despesas fossem declaradas visto pagar tanto IRS.
Se as despesas de saúde foram a causa do indeferimento :- Porquê não ser informado logo nos primeiros passos a dar ? Eu teria seguido outra via, e não andaria talvez com stresse e com problemas cardíacas, que me levou a ser internado 3 dias em Coimbra na semana passada. Enfim, não esperava que aos 73 anos voltaria definitivamente à minha terra natal para ser massacrado, torturado, dum certo modo.
Ao contrário do que pensava; em vir tranquilamente desfrutar dos meus sacrifícios que passei assim como todos os emigrantes que sai-em para longe para ter uma vida melhor, regressando mais tarde para gozar da a sua reforma. Esperando que as autoridades não nos complique a vida vendo que já não temos idade para enfrentar certos problemas assim como estes.
Não me sai do pensamento:- Uma vez que apresentei todos os elementos que me foram exigidos pelo consulado em Paris, e que me foi deferido por esta entidade tão importante:- Porquê esta Direcção-das Alfandegas, pedir-me muitos outros documentos, entre os quais declaração originais dos meus impostos franceses, que já me foram precisos, e os quais já os tinha fornecido ao consulado ?
Exmo. Sr. Pela minha boa fé, não me compliquem a vida: em 1965, emigrei não tinha nada, se hoje tenho alguma coisa, foi á custa de tanto trabalhar e honestamente, não me queiram tirar um direito que tenho ou que teria. Senão me quiser ceder este direito, queira-me dizer quanto me vai custar o imposto com taxas totalmente incluído a pagar, pois que o carro vai para 10 anos, e penso que a melhor solução é devolver-me todos os documentos, para poder tornar a frança resolver este problema; Meu 2º País onde vivi a maior parte da minha vida sem complicações.
Lamento profundamente, algumas leis do nosso país, que não são aplicadas para todos iguais.
Com os meus cumprimentos
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