No dia 26/02/2020 pedi o cancelamento da minha inscrição no Holmes Place La vie, Porto. Informaram-me que o cancelamento entraria em vigor a partir de 01/04/2020, o que significou que ainda pagaria a mensalidade de Março de 2020. Até aqui, tudo bem.
Acontece que, com a situação instalada devido à Pandemia SARS-Cov 2/ Covid-19, não houve notícias do ginásio até ao dia 20/03/2020, quando recebi um e-mail a anunciar o encerramento das instalações. Anteriormente já havia contactado o ginásio, no dia 14 do mesmo mês, a questionar de que maneira o ginásio iria proteger os seus clientes e que medidas de higiene e segurança iriam tomar, em que questionei também se poderia suspender a minha última mensalidade até voltar a ser pertinente a devida utilização do ginásio. Reforço que não frequentei as instalações no mês de Março em nenhum dia, por já não me parecer seguro nem, uma vez mais, pertinente.
Depois deste meu contacto via e-mail, sucede-se uma resposta com um e-mail automático com uma série de ofertas que incluíam descontos em mensalidades futuras (volto a referir que Março era o último mês em que deveria pagar mensalidade, portanto não se aplicava a mim). A mensalidade de Março foi-me debitada na totalidade no dia 13/03/2020 e, depois disto, gerou-se uma série de troca de e-mails entre mim e as senhoras Lígia Ferreira e Sandra Pinto, representantes do Holmes Place La Vie, em que nunca responderam diretamente a de que maneira me iriam recompensar o período em que o ginásio esteve fechado. Num dos e-mails ainda me foi dito que apenas poderiam resolver a situação aquando a reabertura das instalações, ainda sem data prevista. Sem concordar em ter que esperar pela reabertura das instalações, ainda me foi respondido, uma vez mais, que, depois da tal reabertura, seria realizada a respetiva compensação do período pago e não usufruído, sem menção a que compensação se referiam. Simultaneamente, continuei a receber uma série de e-mails do Holmes Place a apelar à ajuda e autorização dos sócios para poderem debitar as mensalidades durante o período em que os ginásios se encontravam fechados. Não deixa de ser incrível e inoportuno, uma vez que não conhecem os sócios nem percebem que foi, e é, uma altura muito complicada para uma cadeia mundial pedir auxílio monetário aos seus sócios, que certamente terão outras prioridades.
Continuei a não ter resposta e a situação arrastou-se por Abril e Maio. Avancei com uma reclamação no livro de reclamações da empresa, mas a resposta foi irrisória – uma vez mais, não obtive qualquer tipo de resposta pertinente, como se estivessem propositadamente a desviar o assunto ou a tratar-me já como uma não-sócia por ter cancelado o contrato em Março. Aqui, comecei a perder a paciência. A situação agravou-se quando fui contactada através de um número privado (atenção que sempre reforcei que preferia comunicação por escrito) pela senhora Sandra Pinto, em que justificou o seu contacto dizendo que a comunicação por escrito comigo não estava a ser fácil e que estava a utilizar os seus recursos pessoais (na sua casa e a utilizar o seu telefone pessoal) para me contactar e que o número privado seria para proteger os seus dados. Ora, não dei autorização ao Holmes Place para utilização dos meus dados fora das instalações, muito menos sem identificarem a fonte de comunicação. Também sempre manifestei o meu interesse em ter tudo por escrito. Informo ainda que sempre fui clara e sempre foi do meu único interesse a devida compensação pelo período que paguei (porque o ginásio se sentiu no devido direito de me debitar a mensalidade na totalidade), portanto se a comunicação entre mim e as representantes do clube não foi clara, foi porque se recusaram, até hoje, a informar-me de que maneira me iriam compensar, sendo que, depois deste longo e inoportuno período, não me interessa já poder voltar a frequentar as instalações, mas sim a devolução do respetivo valor monetário.
Depois de ter pedido, novamente, esclarecimentos nos últimos e-mails trocados, ainda me foi respondido que “não se opunham à minha utilização do clube por 15 dias”, como se me estivessem a fazer um favor e, pouco depois, recebi um e-mail em CC da senhora Sandra Pinto para a senhora Lígia Ferreira, em que comunicou, exactamente, que: “Ligia, termina por aqui a comunicação com esta sócia. Obrigada!”. Concluo que o Holmes Place ignorou os meus e-mails de solicitação da devida compensação que me deve e agora, depois de ter arrastado este pequeno filme ao longo de três meses, recusa-se a continuar a comunicação comigo e, portanto, recusa-se a apresentar a devida compensação que sabe que me deve.
Estamos no fim do mês de Junho, as instalações já reabriram e o Holmes Place não me apresentou nenhuma forma de compensação pelo período que paguei (foi-me cobrado por débito direto) e não usufruí devido ao encerramento das instalações a propósito da Pandemia mundial SARS Cov 2/ Covid-19. Protesto toda esta falta de respeito, consideração e prontidão em resolverem uma situação que podia ter sido tão simples. É completamente inaceitável. Agradeço que agora, de uma vez por todas, resolvam a situação e procedam à devolução do valor debitado.
Data de ocorrência: 29 de junho 2020
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