Holmes Place - Serviço inqualificável

1. Sou cliente do Holmes Place em Oeiras (Virgin) há cerca de um ano. Paguei sempre por débito directo todas as minhas contas, sendo que durante boa parte deste tempo gastei cerca de 600 euros por mês por ter uma lesão cervical com necessidade de personal trainer três vezes por semana.
2. No período Covid, paguei as mensalidades de Março e Abril na íntegra, serviços de ginásio e personal trainer.
3. Fi-lo por solidariedade com os trabalhadores, uma vez que poderia simplesmente ter recusado pagar, já que que o ginásio iria fechar.
4. O ginásio fechou a 12 de Março (covid19), pelo que paguei serviços dos quais não usufrui, mensalidade e personal trainer até ao fim do mês de Março e o mês inteiro de Abril.
5. Quando voltei aos treinos disseram-me que tinha valores em dívida! Queriam continuar a cobrar-me como se nada me devessem.
6. Cheio de paciência, apesar de estar a ser incomodado e até ofendido, uma vez que nunca devi nada a ninguém, expliquei a situação, como se o ginásio não soubesse do caso.
7. Pedi acerto de contas ao director do ginásio. Esse acerto foi feito no início do corrente mês de Julho, ou seja, há cerca de uma semana (pasme-se!) sendo que o combinado foi: 1) em relação à mensalidade de ginásio, pagar metade do mês de Julho (fiz logo o pagamento), uma vez que não teria usufruído de Março e contar a mensalidade de Junho paga, uma vez que paguei o mês de Abril e o ginásio esteve fechado.
2) em relação ao personal trainer, ser-me-iam dadas as aulas em falta, 10 naquele momento, e depois decidiria se queria ou não renovar o serviço.
8. Neste momento tenho as contas em dia e devem-me ainda 8 sessões de Personal trainer. Tenho a mensalidade de Julho paga e ainda é dia 10, faltam 20 dias para o fim do mês, todos pagos.
9. Ontem ligaram-me a dizer que devia dinheiro. Perplexo, expliquei de novo a situação e disse que não queria ser mais incomodado com a situação.
10. Hoje, durante a minha ida ao ginásio, fui abordado de novo e ameaçaram que me barrariam a entrada se não pagasse mais sessões de personal trainer.
11. Ainda me devem 8 sessões! Querem obrigar-me a comprar mais sob pena de não entrar no ginásio e ver-me impedido de usufruir das que já paguei e me são devidas.
12. Incomodado com a ameaça abandonei o treino e dirigi-me à recepção.
13. Pedi o livro de reclamações e foi-me negado o acesso ao livro pela recepcionista dizendo que eram ordens superiores.
14. Liguei à minha advogada para saber o que fazer.
15. O director do ginásio apareceu na recepção e interpelei-o, manifestando a minha incredulidade e pedindo-lhe que falasse com a minha advogada. O pedido foi negado, num tom absolutamente arrogante, alegando o director que não sabia com quem estava ao telefone e que não falava com desconhecidos.
16. Disse-lhe mais uma vez que era a minha advogada e que isso deveria bastar. O director voltou a negar atender, aconselhando-me a baixar o tom.
17. O tom era normal, o normal de alguém que está numa situação de injustiça, desrespeito e coação moral.
18. Em momento algum houve um movimento do director no sentido de solucionar a situação, pelo contrário, houve uma postura de inflexibilidade e provocação, procurando tratar-me como se fosse um menino pequeno que teria que ser posto na ordem, terminando com um lapidar, e cito "assim não leva nada daqui".
19. Nunca, em nenhum momento fui ofensivo, não usei linguagem desapropriada, nem caluniei o director do clube. Estava naturalmente agastado por estar a ser acusado de ter dívidas quando sou eu o único lesado e o único a quem são devidos serviços já pagos.
20. É da competência do director do clube, aliás uma das suas principais atribuições, lidar com a insatisfação dos clientes, com reclamações e críticas ao serviço e procurar consensos. Não é comum as reclamações serem feitas em tom de conversa de cocktail.
21. Ora, falhando redondamente às suas responsabilidade e competências, o director do clube usou um tom completamente indelicado, desadequado, chegando ao ponto de me convidar a sair do ginásio, abrindo a cancela e apontando-me a rua.
22. Estupefacto, por em 44 anos de vida nunca ter estado perante uma situação do género, perguntei se estava mesmo a por-me na rua e perguntei quanto devia. Exigi que me dissesse qual era a minha dívida uma vez que eu sou credor de aulas e não devedor.
23. A resposta do director reflecte toda a sua falta de profissionalismo, respondeu e cito: "precisa de ajuda médica?" sugerindo que seria louco. Tudo isto em espaço público. Uma absoluta vergonha. Tenho provas disto.
24. Estamos perante uma situação escandalosa de maus tratos, quebra contratual na prestação do serviço, e ofensa à minha honra e bom nome.
25. Estou há um ano no Holmes Place e fui sempre um cliente cordato, aliás como em todos os sectores da minha vida. Tenho uma relação excelente com o meu personal trainer, e uma vida pessoal e profissional inatacáveis, como posso provar facilmente. Sou um membro cumpridor e respeitado na comunidade. Nunca fui submetido a uma situação de tamanha humilhação!!! Nem sei como recuperarei psicologicamente deste episódio.
26. Fui operado há um ano a uma hérnia discal cervical que carece de tratamento tri-semanal.
27. Neste momento estou impedido de treinar, mesmo com as contas em dia e estando o ginásio a dever-me 8 sessões de personal trainer.
28. O impedimento de treinar pode ter graves consequências físicas, uma vez que o trabalho que faço no Holmes Place tem a ver com a recuperação da minha lesão e prevenção de futuras cirurgias.
29. Foi no âmbito da minha recuperação que entrei para o Holmes Place por se afirmarem especialistas também em recuperação de lesões. Por isso me indicaram um personal trainer especifico, com formação na área, e me recomendaram 3 sessões semanais de uma hora cada.
30. Já dei instruções à minha advogada para fazer valer os todos meus direitos legais, nomeadamente a reposição dos danos à minha honra e bom nome.
31. Acho vergonhoso um ginásio que se afirma de prestígio ter ao serviço um trabalhador com esta falta de categoria. Espero que os serviços centrais do Holmes Place não tenham uma postura corporativa de defesa cega de um funcionário errante e estejam a altura do serviço de rigor, educação, respeito e competência, que afirmam ter e que me fizeram ( e à minha restante família) escolher este ginásio. Espero que arranjem forma de reparar minimamente a situação.