Hospital Beatriz Ângelo
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Hospital Beatriz Ângelo - Doentes “esquecidos”

Sem resolução
Carla Alves
Carla Alves apresentou a reclamação
18 de dezembro 2019
No dia 18/12 pelas 18h55 deu entrada no Hospital Beatriz Ângelo o meu avô. Um senhor com 79 anos e demente. Teve que ser transportado de ambulância junto com a minha avó.
Ao chegar são dirigidos a uma Doutora que o encaminha para realizar um TAC antes de ser suturado. Perto das 19h15 está a aguardar para fazer a TAC visto que só pode estar acompanhado da minha avó até às 20h. Passadas as 20h a minha avó tem que abandonar o meu avô ( que como já mencionei é demente e NÃO pode ficar sozinho).
Passadas várias tentativas da minha avó para perceber onde estava o meu avô, lá consegue falar com a Doutora que pelas 22h30 manda de novo fazer o TAC.
Às 00h o meu avô continua na maca deitado, saturado de estar ali, com a ligadura que lhe foi colocada na cabeça pelos bombeiros e a minha avó nervosíssima pela situação.
Acho ridículo deixarem doentes esquecidos em macas no meio de corredores e fingirem que nada se passa. Doentes vulneráveis.. são seres humanos caso não saibam.
Afinal, os médicos e enfermeiros estudam psicologia humana e comportamentos que devem ser utilizados com os doentes ou são meras máquinas ?!
É para isto que o meu avô descontou a vida toda e continua a descontar?! Para chegar a um hospital e estar 5h pra fazer um TAC e saber o resultado?! Ahhh e ainda ter que ser suturado.
Havia de haver mais dignidade perante o próximo. É vergonhoso sermos portugueses e no nosso próprio país e perante esta vulnerabilidade não se querer fazer nada.
Haja a coragem para ajudar quem precisa nestes momentos, a mesma coragem que há para deixar idosos numa maca durante horas em corredores frios.
Data de ocorrência: 18 de dezembro 2019
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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