Venho, por este meio, apresentar uma reclamação relativa à forma como fui atendida no vosso hospital, no serviço de urgência, no dia 8 de Abril de 2024..
Após contactar a linha Saúde 24, como recomendado, e expor a minha situação de dor aguda na zona inferior do abdómen, com dificuldade em andar, fui encaminhada para o Hospital de Vila Franca de Xira. Na triagem inicial, foi-me atribuída pulseira amarela e encaminharam-me para o serviço de ginecologia.
Contudo, ao chegar à segunda triagem nesse serviço, fui informada por uma enfermeira de que não poderia ser observada por um médico, uma vez que apenas estavam a atender utentes com pulseira vermelha. Mesmo perante as minhas dores intensas, foi-me dito que nem sequer podiam administrar qualquer tipo de medicação. Pedi expressamente para ser observada por um médico, não para realizar exames naquele momento, mas apenas para perceber a gravidade da minha situação e decidir, com alguma orientação clínica, se deveria deslocar-me a um hospital privado. Ainda assim, o pedido foi recusado.
Para meu espanto, fui ainda aconselhada pela enfermeira a procurar um hospital privado caso quisesse ser avaliada. Fui então enviada para casa com a promessa de um contacto da administração hospitalar para marcação de uma consulta no centro de saúde – onde, importa referir, nem sequer tenho médica de família atribuída. Além disso, encontro-me há três meses à espera de uma consulta pelo SNS, apesar de já ter exames médicos prescritos e pendentes.
Sinto que fui completamente desrespeitada como utente do Serviço Nacional de Saúde, não tendo tido sequer a oportunidade de ser avaliada ou medicada num quadro de dor intensa. Esta situação é, no mínimo, inaceitável e revela uma grave falha no funcionamento dos serviços de urgência.
Solicito que esta queixa seja devidamente analisada, que me seja fornecida uma explicação formal sobre o sucedido e que se tomem medidas para garantir que outros utentes não passem por situações semelhantes.
Com os melhores cumprimentos,
Joana Filipa Pinheiro Santos
Data de ocorrência: 8 de abril 2025
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