Hospital Garcia de Orta
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Hospital Garcia de Orta - Ilegalidades/negligencia

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Isabel Santos
Isabel Santos apresentou a reclamação
29 de agosto 2018

Denúncia de negligência de serviços de saúde
Hospital Garcia de Orta e Hospital São Bernardo em Setúbal

Setúbal, 29 de agosto de 2018
Exmos. Senhores,
Assunto: Negligência dos serviços do Centro de Saúde de Hospital Garcia de Orta em Almada e ilegalidades cometidas Pela Dra. Cristina Pedrosa – Pediatra do Desenvolvimento
Venhonpor este meio dar conhecimento da atuação dos serviços médicos do Hospital Garcia de Orta em Almada (ano 2013) e da médica pediatra do desenvolvimento Cristina Pedrosa no Hospital São Bernardo em Setúbal (2014-2016) que neste momento exerce também funções no Hospital Garcia de Orta em Almada. Exponho a seguinte situação:
A minha filha que tem neste momento 5 anos de idade nasceu dia 27 de junho de 2013 no Hospital Garcia de Orta em Almada. Prematura de 32 semanas e baixo peso, 1620 gramas. Dois dias depois do nascimento foi submetida a uma intervenção cirúrgica, pois nasceu com atresia do esófago. A partir daí toda a condição de prematura foi negligenciada? Questiono eu neste momento. Após recuperação da intervenção cirúrgica foi enviada para casa com encaminhamento para o Hospital Rainha Dona Estefânia onde será vigiada até aos 18 anos de idade em consultas de gastroenterologia. Consultas de acompanhamento a prematuros, rastreios aos ouvidos e à visão até aos três anos de idade foram completamente descartados! Nem eu como mãe e cuidadora fui informada de tal vigilância médica obrigatória para com a minha filha tal como o é para com todos os bebés grandes e extremos prematuros. Apenas tive conhecimento de que este procedimento é geral para com os bebés nas condições da minha filha, numa consulta de otorrinolaringologia no Hospital de Rainha Dona Estefânia no dia 22 de maio de 2017, estando a menina naquela data a um mês de completar 4 anos. Nessa consulta ouvi, pela primeira vez, da Doutora Isabel Ferreira Martins otorrinolaringologista, de que legalmente a Carolina teria que ser encaminhada pelo Hospital Garcia de Orta, antes de lhe ser dada alta após o nascimento, para a Pediatria do Desenvolvimento do hospital são Bernardo em Setúbal (zona de residência) para realizar exames médicos dentre os quais rastreios à visão e aos ouvidos, obrigatórios até aos 3 anos de idade. Tal não foi feito e eu como mãe, mesmo sem conhecimento dessa vigilância médica obrigatória (pois não fui devidamente informada) mas ainda assim consciente da condição mais frágil da minha filha, para que não lhe faltasse o devido acompanhamento médico levei-a a uma oftalmologista pediátrica e uma pediatra particular, solicitando que acompanhasse o seu desenvolvimento a par do acompanhamento prestado pela nossa médica de família, Drª Cristina Branco e pelo Dr. José Cabral, gastroenterologista do hospital Rainha Dona Estefânia.
Aos oito meses de idade a Carolina foi encaminhada para a Pediatria do Desenvolvimento do Hospital São Bernardo em setúbal pela nossa médica de família Dra Cristina Branco da unidade Sub-Familiar São Filipe Viso em Setúbal. A Dra. Cristina Branco elucidou-me então na altura que a Pediatria do Desenvolvimento se trata de uma área da medicina de intervenção mais alargada, mais minuciosa, de diagnósticos, acompanhamentos mais detalhados e específicos aos bebés prematuros de baixo peso como era o caso da minha que não se sentava com o desenvolvimento de uma criança de seis meses, apesar de já ter oito. Acompanhei a minha filha a todas as consultas marcadas onde foi sempre assistida pela Dra Cristina Pedrosa desde o verão de 2014 até ao verão de 2016. A Drª Cristina Pedrosa, sem intenção de prestar qualquer acompanhamento médico (realização de exames e rastreios comuns e obrigatórios por lei aos prematuros de baixo peso até aos 3 anos) encaminhou a Carolina para a Unidade de Intervenção Precoce de Setúbal imediatamente na primeira consulta, descartou por completo os exames/rastreios obrigatórios e com isto praticou descaradamente o “jogo do empurra” comprometendo seriamente o desenvolvimento global da minha filha. A Dra Cristina Pedrosa nunca falou sequer num único exame, rastreio a que legalmente os prematuros têm direito, nunca questionou a audição, a visão da menina e esses sim seriam procedimentos da sua competência e responsabilidade como médica pediatra do desenvolvimento, porque se fosse necessário encaminhar a menina para a Unidade de Intervenção Precoce todos os outros médicos que a acompanham desde o nascimento sabiam que cá estava a mãe para fazê-lo e por isso mesmo nenhum deles o fez! A Drª Cristina Branco (médica de família) foi bem explícita no relatório que elaborou para a Pediatria do Desenvolvimento ao se referir à criança como grande prematura de baixo peso. Isto seria para que tivesse um acompanhamento médico mais específico que proporcionasse um leque mais alargado de exames e diagnósticos que permitissem realizar os despistes adequados para assim chegar a conclusões corretas e deste modo poder intervir o mais cedo possível e com terapêuticas adequadas à causa de desenvolvimento atípico que a criança apresentava. A doutora Cristina Pedrosa limitou-se a negligenciar a condição de prematura da minha filha. Solicitou a uma fisioterapeuta da Intervenção Precoce que visitasse a Carolina na creche ou em casa e tudo ficou por ali. Quando a fisioterapeuta fez a sua primeira visita já a Carolina se sentava sem dificuldade e estava a começar a dar os primeiros passos por volta dos 14 meses. Com cerca de 15 meses a Carolina já andava sem dificuldade e continuava sem realizar os rastreios essenciais. A presença da fisioterapeuta resumiu-se a “ver”. Nos dois primeiros anos de vida da minha filha tive um horário restringido ao período da manhã para poder passar o resto do dia a dar-lhe assistência. Assim foi. Como mãe professora e educadora procurei estimular o seu desenvolvimento, fazendo análises e diagnósticos informais, mas que me permitiriam estabelecer um plano de trabalho com a criança. Não frequentou a creche até aos 26 meses, mas para que não lhe faltasse o convívio com os pares, antes dos 12 meses a Carolina já frequentava na minha companhia sessões de música para bebés no Conservatório Regional de Setúbal e praticava natação na Clinica Tiagus em Setúbal. A drº Cristina Pedrosa foi sempre informada disto, pois eu referia-o sempre a cada vez que ia às consultas. Igualmente informada estava a fisioterapeuta que visitava a Carolina todas as 5ªs feiras, pelas 11 horas e trinta minutos, em minha casa, mas que em nada ajudou. Limitava-se a dar diretrizes de senso comum, quando eu fazia bem mais do que cantar uma canção de embalar, contar uma história ou fazer gracinhas para a criança rir. Nada do que me dizia me fazia, portanto, sentido. Estava a ensinar-me “as vogais” quando eu já sabia “ler, consultar o dicionário e fazer pesquisas em bibliotecas, guiando-me pela ordem alfabética” Na natação fui sempre eu a acompanhar a minha filha nos exercícios dentro de água e nas sessões de música também fui sempre eu a orientar a Carolina nos exercícios. Em casa sempre a estimulei com atividades lúdico-pedagógicas e aos dois anos a menina já identificava por nomeação, classificação e seriação atributos tais como as cores (todas sem hesitação) e as formas geométricas básicas, contava até 10, conhecia todas as letras do alfabeto, estabelecia correspondências termo a termo e identificava emoções sem dificuldade. No campo social não interagia com os pares, só o fazia com os adultos por iniciativa destes. Começou a palrar com 4 meses, mas não houve fase de balbucio e aos 2 anos não havia sequer ecolalia. Não revelava, portanto, um processo de desenvolvimento da fala, o qual estava limitado a palavras soltas e por vezes descontextualizadas.
Perante o meu desespero e nervosismo a pediatra do desenvolvimento, Cristina Pedrosa, a qual sempre viu os ouvidos da menina, chamava me ansiosa e garantia sempre que os ouvidos da menina estavam muito bem. Sem nunca fazer referencia a amigdalites, adenoides aumentados, necessidade de ida ao otorrino, fazia-me, em cada consulta, a mesma conversa sem sentido da fisioterapeuta passando-me deste modo um atestado de otária e intensificando cada vez mais o “jogo do empurra” com a minha filha ao invés de lhe prestar os serviços médicos que eram da sua obrigação e real competência Dirigia-se a mim com frases do tipo: “Calma senhora! Eu também era hiperativa… até pode passar tudo com o crescimento“. Ou então: “…Você não deve é saber estimular a criança… olhe, os meus são cá uns rufias… qual é o problema de se baterem, de caírem e se espojarem na lama e andarem à chuva? ”
Perante tais incongruências comecei a pressionar a fisioterapeuta Diana Nobre e esta vendo-se sem resposta resolveu chamar uma psicóloga para substitui-la. A psicóloga ajudou-me muito, pois forneceu-me diretrizes para complementar o trabalho a nível de desenvolvimento que até então eu tinha vindo a desenvolver por conta própria sem qualquer diretriz por parte da fisioterapeuta nem da pediatra. Trabalhei sempre com a minha filha a nível da interação social e linguagem com jogos de bola e canções acompanhadas de mimica e coreografia, trabalho esse que ainda hoje é complementado com sessões de música aos sábados desde cerca dos 12 meses da Carolina. Estimulo-a desde cedo a nível gráfico-motor proporcionando-lhe atividades com digitínta, pincéis, lápis e canetas adequados à faixa etária. Tenho trabalhado, igualmente, as cores e o desenvolvimento das tarefas matemáticas da primeira infância, tais como conceitos de grandeza, opostos, grafismos, puzzles, correspondência termo a termo, contagem, associação do número à quantidade, conservação da quantidade, seriação, classificação… etc. A minha filha evoluiu, atingindo, nalgumas tarefas marcos de uma faixa etária superior à sua, no entanto a sistematização da linguagem não desenvolvia apresentando uma ecolalia cada vez mais acentuada aos três anos de idade. O meu desespero era crescente e a psicóloga finalmente, em meados de novembro de 2016 (altura em que a Dr Cristina Pedrosa seria transferida do Hospital São Bernardo para o Hospital Garcia da Orta) conseguiu autorização da Pediatra do Desenvolvimento, dra Cristina Pedrosa, para me dar um diagnóstico. Cá veio: “A carolina tem franjas de autismo…”
Isto foi algo que me suou a estranho depois de tantos meses de desprezo pelas minhas queixas, pela condição da minha menina e pela falta de respeito pela minha condição, papel de mãe e cuidadora. Foi quando suspeitei do “jogo do empurra”. Desabafei com o Dr José Cabral que vigia a Carolina regularmente no Hospital Rainha dona Estefânia, que foi quem me alertou para aquele diagnóstico sem bases e acrescentou que a respiração ofegante da Carolina poderia indiciar problemas de ouvidos, adenoides, perda de audição e consequentemente atraso na aquisição da linguagem e no desenvolvimento global …Telefonei de imediato à psicóloga Teresa Carvalho da ELI de Setúbal que se manifestou desagradavelmente surpreendida pois segundo afirmou nunca suspeitou de que a Dra. Cristina Pedrosa não tivesse realizado os exames médicos obrigatórios nem os rastreios de despiste do autismo. Afirmou: “… é até ilegal chamar a psicóloga sem os exames fisiológicos realizados, por isso acreditei que estava tudo feito. Assim sendo não farei o relatório que iria elaborar esta semana, pois se a Carolina não ouve bem, como psicóloga jamais poderei fazer qualquer diagnóstico e a hipótese de autismo está descartada… “ Acrescentou ainda: “…O desenvolvimento global da menina está comprometido e a culpa foi da médica que passou o tempo a meter-se em aspetos privados da vida dos pais e fez juízo de valor por preconceito…” O mesmo ouvi da boca da primeira terapeuta da fala da Carolina, na presença da sua educadora Celeste Severino Santos. A primeira terapeuta da fala da Carolina foi a terapeuta Rita Sousa.
Não esperei pela consulta do estado. Fui imediatamente, em dezembro de 2016 por iniciativa própria e muito assustada, com a Carolina a uma consulta de otorrino particular no Hospital da Luz de Setúbal onde se constatou que a menina tinha os tímpanos em muito mau estado por otites serosas, há anos sem nunca ter tido qualquer tratamento médico. Tinha também os adenoides muito aumentados e as amígdalas muito inflamadas. A otorrino Dra. Beatrice Neves estava incrédula e afirmava que não compreendia como uma Pediatra do Desenvolvimento poderia ter agido de modo tão irresponsável. Foi a própria que me instruiu para fazer a queixa. Foi marcada uma cirurgia aos adenoides, amígdalas e ouvidos num espaço de um mês que foi adiada umas semanas por a menina estar constipada. Foi operada no dia 24 de fevereiro e colocou os drenos ventiladores em ambos os ouvidos.
Por antipatia, falta de perfil para as funções que desempenha, maldade, incompetência, má formação, desdém ou puro preconceito a Dra. Cristina Pedrosa subestimou a minha condição de educadora, de mãe, cuidadora e comprometeu não só a audição como também todo o desenvolvimento global da minha filha. Não lhe fez os rastreios obrigatórios aos prematuros de baixo peso, ouvidos, visão…e chamou uma psicóloga ilegalmente. Isto é, não poderia ter centrado o diagnóstico somente no comportamento sem antes ter realizado todos os despistes fisiológicos e neurológicos. Na mais remota das hipóteses poderia ter solicitado o acompanhamento da psicóloga sem descurar de realizar os rastreios obrigatórios em simultâneo, mas ao invés disso a minha filha foi “empurrada” para a Unidade de Intervenção Precoce de Setúbal, tal procedimento e acompanhamento dai decorrente foi inadequado, descontextualizado, contraproducente e comprometedor do desenvolvimento global da criança que hoje aos cinco anos de idade está muito distante dos seus pares ao nível de áreas como a linguagem e a psicomotricidade. Realizou na passada semana avaliações no Hospital são Bernardo em Setúbal pela Terapeuta Cristina que refere que ao nível da compreensão e expressão oral a Carolina encontra se num percentil que oscila entre os 10 e os 25, em contrapartida em termos cognitivos está no percentil 95.
Sou uma mãe muito atenta, que investe no bem-estar da filha, que a acompanha a todas as consultas e terapias. Coloco em prática todas as diretrizes dadas pelos profissionais envolvidos nas terapias da Carolina e ainda procuro complementar esse trabalho com os meus conhecimentos pré adquiridos e outros resultantes de pesquisas que considero vantajosas. Vejo neste momento a minha filha que é inteligentíssima com o desenvolvimento comprometido. Já me foi informado pela atual terapeuta da fala da ELI Andreia Damásio que aquando da entrada para a escola primária a Carolina terá que integrar inevitavelmente o decreto-lei das NEE e ser acompanhada por uma equipa de Educação Especial. Vivo na angústia de não saber se este pesadelo irá um dia terminar e de não saber se a minha menina um dia virá a estar à altura dos seus pares e se se libertará destas “muletas” que poderiam ter sido evitadas com a administração de fármacos tão simples como um mero anti-inflamatório. Tudo estava à distância de um anti-inflamatório. O facto de não ter havido sinais ou sintomas das otites serosas é desculpa para leigos, nunca para um médico, muito menos quando se trata de uma Pediatra do Desenvolvimento e de uma criança grande prematura e com evidente no atraso do desenvolvimento da linguagem. Aguardamos ainda exames médicos para saber se a audição foi completamente recuperada.
Abono por deficiência também não me foi informado de que a Carolina tem direito. Soube há poucos meses numa sala de espera de uma das terapias através de uma outra mãe. Pedi ajuda nesse sentido à Dra. Manuela Gaspar que disse não ter falado de tal, pois como já deveria estar tratado há muito tempo partiu do princípio que a carolina já estaria a receber essa ajuda para pagar consultas de psicologia, psicomotricidade e terapia da fala que considera serem necessárias extra ELI.
O comportamento supracitado (por parte da Dra. Cristina Pedrosa) é de extrema gravidade e dotado de grande falta de responsabilidade e competência profissional, venho, por este meio solicitar que sejam tomadas as medidas disciplinares previstas para tais soluções, pois caso contrário eu recorrerei a todas as instâncias não só para que se faça justiça mas também para salvaguardar outras crianças de correr o mesmo risco nas mãos da mesma médica. Estou disponível para dar todos os esclarecimentos e comprovativos que considerem necessários.
. Sem outro assunto de momento, subscrevo-me apresentando os meus melhores cumprimentos,
Agradeço a confirmação da receção deste email.
29/8/2018
Isabel Santos
 

Data de ocorrência: 29 de agosto 2018
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