No dia 14 de novembro de 2016, a paciente com o n.º de processo referido deu entrada nas urgências do Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca, pelas 23H44, tendo sido previamente encaminhada pelo seu médico para este serviço, dada a gravidade do seu estado.
A paciente chegou de ambulância ao hospital, sendo que, após triagem, lhe foi atribuída a pulseira amarela - que traduz urgência no tratamento. A paciente foi atendida à 9H30 do dia 15 de novembro!!! Passadas mais de 10 HORAS após a sua entrada. O placard informativo indicava uma espera para a pulseira amarela de 2H47, informação completamente errónea. Contactado o balcão de atendimento, o funcionário - com grande displicência - referia que havia doentes há mais de 10 horas no hospital, que não tinham ainda sido chamados. Na altura, pareceu um exagero, mas, infelizmente, veio a confirmar-se a demora.
Eram unânimes os comentários: há auxiliares; há enfermeiros; NÃO há médicos!
Pergunta-se como é possível? Dos presentes no hospital, pelos dados do placard informativo, cerca de 90% tinham pulseira amarela, carecendo atendimento urgente. A maioria das pessoas era idosa. A falta de dignidade na área de espera dos doentes era chocante: macas; cadeiras de rodas; pessoas em estado de desespero; WC´s imundos...
A área de espera dos acompanhantes que têm de permanecer do lado de fora não tem condições, com cadeiras orientadas para a porta de entrada e um frio terrível.
Todo este cenário é lamentável. É grave que num país onde os descontos são tão altos, os utentes não vejam correspondência no usufruto de um serviço essencial, que é a saúde.
É premente dotar as estruturas de médicos em n.º suficiente para dar resposta às necessidades de duas tão grandes áreas limítrofes de Lisboa: Amadora e Sintra.
A reclamação não retira o reconhecimento do atendimento profissional verificado após as 9H30 da manhã até às 18H30, hora em que a paciente saiu, quase 24 horas depois de ter entrado para uma urgência.
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