Hospital São João
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Hospital São João - Erro na avaliação do estado de saúde de um recém nascido e consequências

Sem resolução
Dário Jorge dos Reis Osório
Dário Osório apresentou a reclamação
23 de agosto 2018

É meu dever apontar duas falhas, na minha opinião graves, nos serviços que no meu entender puseram em risco o meu filho, recém nascido de 3 dias apenas. (nascido a 19-08-2018 às 16:39).
Note-se que descrevo o contexto vivido no Hospital onde a percepção de sintomas foi referenciada pela equipa de enfermagem e não pretendo, e nem posso fazer, uma avaliação técnica sendo que apenas tento detalhar a realidade vivida por forma a contextualizar o meu desagrado.
Peço-vos apenas que avaliem os casos em questão para que se evitem situações destas que a meu ver facilmente podem ser evitadas.
Caso1:
A primeira falha no serviço de internamento de obstetrícia deve-se a uma falha na avaliação do estado do meu filho que apresentava logo no dia 20 e 21 sinais de desidratação (pés secos e cristais na urina) e cólicas reportadas à equipa de enfermagem que diversas vezes foi chamada em auxilio. As cólicas durante este período fizeram com que fosse cada vez mais difícil conseguir amamentar convenientemente o meu filho devido às dores que ele tinha e dessa forma não pegava na mama. Isto levou a que a desidratação se fosse agravando e praticamente toda a equipa de enfermagem neste período sabia desta dificuldade e a equipa de enfermagem que trabalhou neste período conhecia o problema estando certamente o caso reportado nos relatórios dos serviços.
Durante a estadia no internamento ele apresentou cristais na fralda cerca de 3 vezes e em todas elas foi informada a equipa de enfermagem.
Após todos os pedidos de auxilio a equipa de enfermagem passou a indicação à pediatra que desvalorizou o caso quer das cólicas quer da desidratação, penso eu, e acabou por conceder alta ao meu filho.
Esta desvalorização e apreciação supostamente errada foi comprovada à posteriori nas urgências de pediatria que o colocou a soro para o hidratar.
Após a alta dirigimo-nos para casa e cerca de 3h depois (aprox) o meu filho volta a ter cólicas (perfeitamente normal nesta fase) e ao remover a fralda para lhe fazermos massagens verificamos que apresentava novamente cristais na urina (segundo a equipa de enfermagem indicava desidratação) e sentimos que ele estava um pouco quente e decidimos por isso medir a temperatura corporal via anus e via axila e esta era de 38 e 37.9 respectivemente.
Ligamos para a linha indicada no boletim (referente ao serviço de internamento de obstetrícia) mas referiram que era apenas para questões de amamentação e que deveríamos ligar para a saúde 24.
Assim o fizemos.
A Saúde 24 recomendou a ida imediata às urgências do HSJ.
Esta visita às urgências leva-me à segunda falha que ocorreu no serviço de triagem e isolamento de doentes no serviço de urgência pediátrica.

Caso 2:
Ao fazerem a triagem ao meu filho, visto ser um recém nascido de apenas 3 dias, encaminharam a minha esposa para uma área clinica restrita (certamente com a melhor das intenções) mas o problema surge quando logo de seguida aquando da mudança de turno encaminham para a mesma sala um outra mãe em que a suspeita para o(a) seu(ua) filho(a) era miningite.
Só passados cerca de 20 minutos numa conversa entre mães é que a minha esposa sabe, pela outra mãe, da suspeita e decide abandonar de imediato a sala e chamar a atenção da equipa de enfermagem do sucedido dizendo que esta situação não deveria ocorrer. Tal chamada de atenção foi desvalorizada.
Pelo que sei (se não estiver errado) a transmissão não é imediata mas o risco existe e têm/devem ser tomadas medidas preventivas sérias. Penso que não podemos "brincar" com estas situações
Desta forma sinto que puseram, no mesmo dia, o meu filho em risco por duas vezes.

No presente momento, enquanto reclamo ele e a minha mulher passam a noite nas Observações do serviço de urgência pediátrica por forma a perceberem se existe algo mais para além da desidratação devido à febre que teve após a alta que mencionei no caso 1.

Em relação ao Caso 2. espero que não exista nenhuma consequência para a saúde do meu filho devido à falha no isolamento de doentes. Para mim a responsabilidade na selecção e isolamento de doentes é do serviço e este terá de melhorar por forma a eliminar os riscos dos restantes utentes.
Penso que deverão reduzir a possibilidade de, tanto o caso 1 como o caso 2, se possam repetir com outras pessoas/utentes/doentes.
Penso que estas reclamações são minimamente compreensivas e estou certo que entendem o meu desagrado, preocupação e pedido de melhoria por forma a eliminar as situações que descrevi acima.

Data de ocorrência: 23 de agosto 2018
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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