Iberdrola - RECLAMAÇÃO SOBRE CONTRATO FRAUDULENTO

Exmo. Senhor Presidente da
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

Excelência,

António José Carvalho Oliveira da Silva, nascido a 16-11-1966, solteiro, titular do cartão de cidadão n.º 07730036, contribuinte fiscal n.º 183255291, Oficial de Polícia, com domicílio profissional na 4.ª Esquadra, Corujeira, Rua São Roque da Lameira, S/N, 4350 – 304 - Porto e residente na Rua Nossa Senhora de Fátima, n.º 12, 4605-307 – Vila Meã, vem, reclamar a V. Ex.ª o seguinte:

Dos Factos:
Ontem (10-5-2018), o seu pai, António Oliveira da Silva, nascido a 6-9-1936 (82 anos), viúvo, fragilizado em razão da idade e do falecimento da mulher, titular do cartão de cidadão n.º 00909832, válido até 24-11-2027 e do NIF: 108598306, residente na Rua Nossa Senhora de Fátima, n.º 12, 4605-307 – Vila Meã, recebeu a Fatura n.º FT 18201/0566846, emitida em 27 de Abril de 2018, referente ao contrato n.º 627810640 e do código CPE – PT0002000016297104LC, da empresa denominada “IBERDROLA CLIENTES PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA”, com sede social: Avenida da Liberdade, n.º 180ª – 6.º, Edifício Tivoli Fórum, 1250-146 – Lisboa.
Estranhando o recebimento da aludida fatura, uma vez que, o contrato da energia da residência foi realizado com a EDP-Comercial há cerca de 2 anos e, é desconhecido qualquer contrato com a Iberdrola.
Portanto, o exponente questionou o seu pai sobre a carta recebida, tendo este dito que nos finais de Março, inícios de Abril, foi contactado por um jovem, colaborador da empresa Iberdrola a propor a mudança de operador de fornecimento de energia, dizendo-lhe que estava a pagar muito dinheiro na EDP, pelo que devia passar para a empresa que representava, pois iria pagar muito menos, cerca de 5% daquilo que atualmente estava a pagar.
O meu pai, respondeu ao colaborador da empresa sob reclamação que o assunto em causa teria de ser tratado com os filhos, pois não faria nada sem o consentimento deles.
Ocorre que,
O colaborador da Iberdrola de forma ardilosa solicitou o cartão de cidadão do meu pai para preenchimento de dados de forma a comprovar na empresa que contactou o cidadão, pois segundo o mesmo, teria uma comissão pelo facto de ter contactado um possível cliente.
Posteriormente, após preencher um formulário, pediu ao meu pai que assinasse o documento, pois, só assim provaria perante a empresa que estabeleceu contacto, contudo, não deixou qualquer documento na posse dele, informando-o que se tratava de mera burocracia para efeitos contabilísticos da empresa.
O meu pai de boa-fé, julgou estar a ajudar o colaborador da empresa Iberdola, assinando sem ler o documento preenchido pelo mesmo, pensando que apenas se tratava de um comprovativo de contacto, tanto assim foi, que o colaborador não entregou qualquer comprovativo.
Foi com estupefação, que hoje, após contacto com a EDP comercial, constatei que foi rescindido o contrato com a mesma no dia 12 de Abril de 2018, passando a vigorar um contrato com a empresa IBERDROLA.
Face ao que antecede, solicita-se que seja notificada a empresa Iberdrola, para anular de imediato o contrato elaborado de forma fraudulenta e que seja reposto o anterior contrato com a EDP Comercial.
Solicita-se que os valores de toda a faturação relativa ao contrato n.º 627810640 da empresa denominada “IBERDROLA sejam da responsabilidade da mesma, em virtude do contrato ter iniciado de forma ilícita.
Requer-se que a empresa Iberdrola seja notificada para indicar a identidade do funcionário/colaborador a fim de ser acionado procedimento criminal contra o mesmo.

Vila Meã, 13 de Maio de 2018

O Reclamante,

António José Carvalho Oliveira da Silva